Olá, pessoal !
Em tempos de epidemia da febre amarela no Brasil, que volta depois de ter sido declarada erradicada no século passado, pelo menos na áreas urbanas, vamos falar hoje da história da febre amarela no Brasil.
A febre amarela é originada na África Central, onde o flavivírus infecta alguns primaras, mais especificamente macacos e o homem, e é transmitido por mosquitos, o Hemagogos e o Aedes.
Já dizimou exércitos na América do Sul e Central, como o exército francês enviado por Napoleão Bonaparte, para conter a revolução dos escravos de Santo Domingos, que resultou com a independência do Haiti, no século XIX.
Os franceses também desistiram da construção do Canal do Panamá, devido à epidemia de febre amarela, principalmente.
Na construção da ferrovia Madeira Mamoré, dos 20.000 trabalhadores, 6.500 morreram de doenças tropicais, especialmente malária e febre amarela.
O médico sanitarista Osvaldo Cruz foi chamado para conter a epidemia, como ele tinha feito no Rio de Janeiro.
O primeiro surto documentado no Brasil foi em 1865, na Grande Recife e interior, seguida pela região de Salvador um ano depois.
A primeira grande epidemia no Rio de Janeiro foi em 1849, trazida por um navio vindo de Nova Orleans - EUA, que havia passado em Havana e Salvador, infectando todo o litoral brasileiro.
Nesta época o Rio de Janeiro não tinha esgotos, o lixo não era recolhido, e hábitos como manter uma cabeça de porco na porta do cortiço, onde morava a maioria da população era normal.
Com a República e os progressos da medicina vieram uma sucessão de datas importantes.
Em 1902 em Sorocaba - São Paulo, foi realizado o 1º combate ao vetor da doença, sob orientação do Dr. Emílio Ribas.
Em 1903, Oswaldo Cruz iniciou a campanha contra a fere amarela no Rio de Janeiro.
Em 1928 a doença reapareceu no Rio, causando 436 mortes. Foi então iniciada uma campanha em associação com a Fundação Rockfeller.
Oswaldo Cruz começou o trabalho com os 85 homens da Saúde Pública os famosos mata – mosquitos, com o emblema de uma cruz nos bonés. Eles percorriam quintais, jardins, sótãos e porões, aplicando inseticidas. Lacravam caixas-d´água, jogavam petróleo nos alagados e removiam os doentes para os hospitais de isolamento. Era uma verdadeira revolução na ainda provinciana cidade.
A ignorância do povo e os ataques que sofria por parte da imprensa e setores da elite que o acusavam de causar o pânico, e que suas incursões em residências atrás dos mosquitos era uma invasão de privacidade e atentado contra as liberdades individuais.
Mesmo assim, ele continuou, tendo para isso apoio decisivo do governo do presidente Rodrigues Alves.
Em 1940 foi criado no Brasil o "Serviço Nacional de Febre Amarela"
Em 1957, após ampla campanha de combate ao Aedes aegypt, essa espécie foi declarada erradicada no Brasil, na XV Conferência Sanitária Pan Americana.
Agentes chamados de "mata mosquitos" dedetizando uma casa no Rio de Janeiro
No século XXI, por incrível que possa parecer o inseto voltou a ser noticia no Brasil, e doenças como dengue e febre amarela voltaram a surgir no espaço urbano das cidades.
No dia 23 de janeiro de 2017 eram mais de 450 casos notificados nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, e as mortes estão chegando a 80. O número de 500 casos notificados e 100 mortes, nunca visto desde 1942, foi atingido em janeiro, com em torno de 6 semanas de evolução de uma epidemia que deveria ter sido reconhecida no início, antes do Natal de 2016. Em março de 2017 o número oficial de casos passava de 1500 (notificados), quando ocorreram os primeiros casos com mortes no litoral norte do Rio de Janeiro.
O Ministério da Saúde informou em 16 de Janeiro de 2018 já havia registrado 35 casos desde julho de 2017.
Em 2018 já foram registrados 20 mortes devido à doença. Os Estados de São Paulo e Minas Gerais são os que tem o maior número de infectados, 20 e 11 casos respectivamente.
A única solução é a vacina, municípios como Mairiporã e Atibaia, estão fazendo amplas campanhas de vacinação. a recomendação é evitar lugares de matas fechadas e parques, os sintomas são parecidos com uma gripe ou dengue, dores pelo corpo nas articulações, dores de cabeça e febre.
Os casos mais graves da doença atacam os rins e o fígado e poderão levar ao óbito.
Portanto procure se vacinar, e se tiver sintomas procure um médico com urgência.
Para viajar um dos documentos necessários é o certificado da ANVISA.
Segundo a Anvisa, as vacinas levam de 10 dias a seis semanas para efetivarem a imunização. Por isso, é importante ter em vista essa janela entre o dia da vacinação e a data da viagem, já que alguns países impedem a entrada dos viajantes em períodos mais curtos do que esse. A exigência internacional é pela dose padrão da vacina.
Fontes:
wikipedia.org
g1.globo.com
super.abril.com.br
projetomemoria.art.br
dimpna.com
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