Olá, pessoal !
Faleceu no último dia 05/01/2018, o jornalista e escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, Carlos Heitor Cony.
Cony, como era conhecido, nasceu em 14 de março de 1926, na cidade do Rio de Janeiro.
Com dificuldades na fala, só começou a falar com 5 anos de idade.
Apoiou a derrubada de João Goulart, tendo se arrependido mais tarde, ao descobrir que as liberdades individuais, seriam suprimidas, bem como censura seriam instalada, alem de torturas, prisões ilegais, sem mandado judicial, e sem habeas corpus.
Ele próprio provou do autoritarismo, sendo forçado a se demitir do Jornal "O Correio da Manhã", por suas críticas ao governo da época.
Publicou diversos, romances, contos e crônicas, sendo "Quase memória" o seu livro mais conhecido.
Ganhou o prêmio Jabuti de literatura com o livro "A casa do poeta trágico".
Dizia sempre não ter disciplina para ser de esquerda, firmeza para ser de direita ou competência para ser de centro.
Em 23 de março de 2000, foi eleito para a cadeira número 3 da ABL.
Sobre isso, sempre dizia que jamais iria querer ser eleito para Academia Brasileira de Letras.
Numa reportagem exibida pela Globo, com Geneton de Moraes, ao ser perguntado quem errou para que ele fosse eleito um imortal da Academia, ele disse: "ambos erramos, a Academia e eu."
Numa reportagem em seu blog, o jornalista Juca Kfouri diz sobre Cony:
Numa reportagem em seu blog, o jornalista Juca Kfouri diz sobre Cony:
"Tão logo ouvi o apito final no Stade de France, botei também um ponto final em minha coluna para a “Folha de S.Paulo” saudando a justiça do 3 a 0 para a França contra o Brasil na Copa do Mundo de 1998 e me levantei na tribuna de imprensa, com pressa para ir embora, antes mesmo de ver a entrega da taça.
Carlos Heitor Cony me olhou com ar de desaprovação e disse, severo: “Isso não se faz, Juca. Saiba perder e fique até o fim”. Tive de explicar a ele que precisava atravessar Paris inteira para chegar ao centro de imprensa e fazer ao vivo, o “Cartão Verde” para a TV Cultura/ESPN Brasil.
Então, ele consentiu...
Cony era assim por vezes severo ao extremo, por vezes amável, e por vezes sarcástico
Outra questão abordada na entrevista com Geneton, foi o fato de Cony, dizer que preferia o Cemitério do Cajú, ao cemitério São João Batista no Rio de Janeiro.
Todos sabem que o mausoléu da ABL fica no cemitério João Batista.
Geneton de Moraes perguntou como ele iria fazer, e ele respondeu que tentaria não morrer, mas que se isso acontecesse preferia ser cremado e suas cinzas, jogadas no morro do convento onde ele estudou quando mais jovem.
Cony e Geneton de Moraes
Apresentou durante muitos anos ao lado de Artur Xexeu, sob o comando de Heródoto Barbero na rádio CBN, o programa "Liberdade de expressão"
Xexéu e Cony
Cony morreu por falência múltipla dos órgãos em 05 de janeiro de 2018.
Fontes:
wikipedia.org
globo.com.br
blogdojuca.uol.com.br
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