domingo, 28 de janeiro de 2018

Olá, pessoal !


Hoje vamos falar de ritmos nordestinos na música brasileira.

Baião, forró, xaxado, maracatu, axé, frevo.


O Frevo é um  ritmo eletrizante que é típico do carnaval de Recife. Nascido em Pernambuco, é uma fusão do forró, com a marcha e o maxixe, na dança também aparecem elementos acrobáticos como os da capoeira. Assistir pessoas dançando o frevo com suas roupas coloridas e todo aquele fôlego é impressionante! O nome frevo vem de fervura, ferver, já que o ritmo é frenético. Nos anos 70 o frevo ganhou visibilidade nacional através de Gil e Caetano que levaram o ritmo para o popular carnaval de Salvador. Uma das vozes mais marcantes do frevo é de Elba Ramalho.

A sombrinha - Outro elemento complementar da dança, o passista à conduz como símbolo do frevo e como auxílio em suas acrobacias. A sombrinha em sua origem não passava de um guarda-chuva conduzido pelos capoeiristas pela necessidade de ter na mão como arma para ataque e defesa, já que a prática da capoeira estava proibida.



                                        Elba Ramalho


Forró é o ritmo mais popular em todo o nordeste e extremamente cativante. O forró é tão completo que o mesmo engloba outros estilos como o Baião, Xote, Quadrilha, Pé de Serra, Eletrônico, Universitário, etc. Pode ser dançado junto, em par, ou separado, de forma acrobata, ou coladinho e devagar. Os instrumentos musicais utilizados são praticamente apenas a sanfona ou acordeão, o triângulo e a zabumba.
Alguns dizem que o nome “forró” vem do inglês “for all”, que eram bailes promovidos por ingleses que vieram construir uma ferrovia e davam um baile para os trabalhadores de Pernambuco, Alagoas e Paraíba. De onde quer que tenha vindo o nome e o ritmo, agradecemos muito! A cultura brasileira não seria a mesma sem um forrózinho gostoso e animado.


                               Forró dançado na França


Maracatu: Tem origem negra e religiosa. Grupos de negros acompanhavam os reis do Congo, eleitos pelos escravos, que eram coroados nas igrejas, em que depois faziam um batuque em homenagem à padroeira ou, em especial, a Nossa Senhora do do Rosário, padroeira dos homens negros. A tradição religiosa se perdeu e o grupo convergiu para o carnaval, mas conservou elementos próprios, diferentes dos de outros cordões ou blocos carnavalescos. À frente do grupo vão rei e rainha, príncipes, embaixadores, dançarinas e indígenas. Não há enredo. Simplesmente se desfila ao ritmo dos tambores. O ritmo surgiu em Pernambuco, mas também se encontra em outros estados do Nordeste.

                                Grupo Maracatu Estrela


Baião, xote e xaxado:

O baião, segundo o folclorista Câmara Cascudo, associa os termos "baiano" e "rojão", pequenos trechos musicais executados por viola, no intervalo dos desafios entre os cantadores de improviso. 
O gênero se popularizou com o cantor Luiz Gonzaga.


                                      Dança do baião 

O xote é um ritmo mais lento, para se dançar a dois, de origem alemã, mas que se radicou no Nordeste e mistura os passos de valsa e de polca. 



                               Xote da Alegria  - Fala Mansa

Existe a variação do xote gaúcho, também com origem na polca e na valsa, enquanto o xote nordestino lembra mais o forró tradicional, o gaúcho lembra mais a valsa.



Quanto ao xaxado, originalmente, era uma dança exclusivamente masculina, executada pelos cangaceiros, sem acompanhamento musical para o canto, marcando o ritmo com as batidas da coronha das espingardas no chão.


                                              Grupo Xaxado Lampião

Maxixe ou tango brasileiro, tipo de dança de salão criada pelos afrodescendentes no final do século XIX e início do século XX, com origem no Rio de Janeiro.
Dançado num ritmo mais frenético teve suas origens no lundu, na  polca, e nas habaneras (ritmo cubano).





O lundu foi o primeiro gênero afro-brasileiro de canção popular. Originalmente era uma dança sensual praticada por negros e mulatos em rodas de batuque, fixando-se como canção apenas no final do século XVIII. Posteriormente, no século XIX, com harmonização erudita, chegou aos salões das elites cariocas. Contudo, o ritmo desapareceu no início do século 20, ou melhor, misturou-se ao tango e à polca e deu origem ao maxixe.


                                   Lundu marajoara

Axé: Surgiu na Bahia na década de 90, durante o carnaval de Salvador. Misturando samba reggae, frevo, merengue, forró e ritmos do candomblé, popularizou-se por todo o Brasil, por grupos como Olodum, Filhos de Gandhi e por cantoras como Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Claudia Leite, e cantores como Netinho, além de bandas como Chiclete com 




                                         Netinho - Milla


A variedade de ritmos na música nordestina, advindas do rico folclore da região, embala até hoje os "bailões" do Brasil afora, levando à alegria e a descontração.

Fontes:
wikipedia.org
educação.uol.com.br
youtube.com
basilio.fundaj.gov.br

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