Olá, pessoal !
Hoje vamos fala de canibalismo.
O canibalismo acontece desde os primórdios da existência humana.
É difícil entender o que leva um ser humano praticar um ato tão selvagem.
O canibalismo é o ato de um animal comer o outro da própria espécie. O canibalismo é conhecido também como antropofagia do grego "antropos" que significa homem e "paghein" que significa comer.
A primeira pessoa a usar esse termo foi o historiador grego Heródoto no século V a.C.
Canibalismo é um termo mais genérico e significa qualquer espécie que come outro de igual espécie, e não apenas seres humanos.
O termo canibalismo é mais recente e data do século XVI, durante as incursões de Cristovão Colombo ao novo mundo.
Quando ele passou pelas Pequenas Antilhas, hoje Caribe, os nativos da região tinham o hábito de comer carne humana, em atos religiosos à qual chamavam de "cariba", significando ato corajoso. Os europeus não entenderam bem a pronúncia e passaram a chamar o ritual de caniba, originando mais tarde a palavra canibal.
Os aborígenes acreditavam que comendo a carne de seus inimigos ficariam com a coragem deles.
No Brasil, os tupinambás e os caetés que habitavam o litoral brasileiro na época do descobrimento eram canibais.
Uma história famosa foi do frei Pero Fernandes Sardinha, que foi devorado pelos Caetés, no litoral das Alagoas, quando o seu barco naufragou naquelas águas.
Frei Sardinha
Outra história conhecida da História do Brasil foi do aventureiro e mercenário alemão Hans Staden, que ficou prisioneiro dos Tupinambás, por nove meses no litoral de Bertioga. O final foi mais feliz para o alemão que conseguiu sobreviver sem ser devorado pelos gentios.
Hans Staden
Existem casos de canibalismo, que embora também terríveis, são até certos termos aceitáveis, trata-se do canibalismo famélico; onde para evitar a morte por inanição as pessoas se alimentam de outras já mortas.
Em 1846, um grupo de colonos americanos partiram de Springfield Illinois rumo à São Francisco, Califórnia. 89 deles tomaram um atalho por Sierra Nevada, e foram impedidos de prosseguir viagem devido à forte nevasca no local. Ficaram presos por muito tempo e a ração que levavam foi se esgotando, assim como os animais.
Por fim para sobreviverem foram forçados a comer os mortos.
Outro caso conhecido foi a da colônia inglesa de Jamestown na Virgínia. No terrível inverno de 1609-1610, com poucos suprimentos devido a uma grande seca, com os poços de água secos e sem água potável, a população comeu os animais, e até sola de sapatos, por fim comeram também aqueles que morreram de fome.
Teve o caso dos jogadores de rubgi uruguaios no acidente de avião nos Andes, onde depois de vários dias, eles se viram obrigados a comer os companheiros mortos no acidente.
O acidente ocorreu em dezembro de 1972, 16 morreram na hora, e dos 29 sobreviventes, 13 morreram de fome e dos ferimentos, sendo 16 resgatados depois de 72 dias, sendo forçados a comer carne humana para sobreviver.
Existem outros casos de canibalismo tidos como patológicos.
O primeiro caso, mais antigo, aconteceu em 2001. O técnico de informática alemão, Armin Weives, colocou na internet um anúncio procurando por pessoas que quisessem ser mortas e devoradas. Incrivelmente uma pessoa respondeu a esse anúncio. Bernd Juergen Brandes, engenheiro, se mostrou disposto a participar do ritual. Quando se encontraram, decidiram iniciar pelo pênis de Brandes, que foi amputado, flambado e degustado pelos dois homens juntos, como em um jantar romântico, enquanto toda a cena era filmada. Depois disso Weives assassinou Brandes, o esquartejou e guardou a carne, com a qual se alimentou pelos dias seguintes. Esse caso teve uma repercussão enorme e um julgamento difícil, uma vez que a vítima havia concordado com o ato. Mesmo assim, o canibal do caso foi condenado à prisão perpétua 5 anos depois. Weives, que ficou mundialmente conhecido como O Canibal de Rotembrugo, confessou ter praticado o crime por motivações sexuais.
O segundo caso é mais recente e mais próximo de nós. Em 2012, aqui no Brasil, foram descobertos um grupo de 3 criminosos que atraíam as vítimas, assassinavam-nas, comiam sua carne e usavam o que sobrasse para fazer empadas, que eram vendidas em locais movimentados da cidade. O caso ficou conhecido como Os Canibais de Garanhuns (PE).
Participavam do grupo Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, que era líder do grupo e o responsável pela execução das vítimas; Isabel Cristina Pires, esposa de Jorge há 30 anos, atraia as vítimas e preparava/vendia os salgados recheados de carne humana; e Bruna Cristina Oliveira da Silva, amante de Jorge, que morava com ele e sua esposa desde sua adolescência, sendo o triangulo amoroso do conhecimento dos 3 envolvidos.
Segundo a polícia, o grupo afirmava comer a carne por acreditarem que se tratava de um ritual de purificação, onde a vítima em seus últimos momentos de vida se arrependia de seus pecados e eles ingeriam essa carne purificada. Diziam que isso fazia parte de uma seita, que pregava a purificação do mundo e o controle populacional. Para isso eles deviam matar 3 mulheres por ano, já que essas mulheres teriam “úteros malditos que geravam filhos”. Assim, cada assassinato era chamado de missão e eles diziam estar fazendo uma limpeza humanitária.
Fontes:
psicologiaparacuriosos.com.br
isote.com.br
wikipedia.org
indios-brasileiros.info
publico.pt
google.com.br
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