Guerra dos Emboabas.
Em 1695 as chamadas Entradas, operações financiadas pela coroa portuguesa, levavam os bandeirantes para ao interior do Brasil para descobrirem riquezas minerais como ouro e pedras preciosas.
Em 1695,os bandeirantes descobriram um caminho que levava à Sabará em Minas Gerais, onde descobriram minas de ouro.
Nessa época o Brasil já tinha o cultivo da cana de açúcar em declínio, uma vez que os holandeses levaram o conhecimento e o cultivo da cana para as Antilhas, para onde se mudaram depois de expulsos do Brasil.
Assim a descoberta do ouro foi muito comemorada pelos bandeirantes.
Como sabemos bandeirantes como Fernão Dias, Borba Gato, Raposo Tavares desbravaram o interior do Brasil em busca de riquezas.
Numa dessas expedições encontraram as minas de ouro na região de Sabará.
Em princípio cerca de 6000 pessoas foram garimpar as riquezas, mas com a noticia da abundância de ouro na região, milhares de pessoas foram para o local, principalmente vindos da Bahia.
Esses eram chamados de "emboabas", do tupi mbóaba, pata peluda, pois esses "estrangeiros" calçavam longas botas, ao contrário dos bandeirantes que andavam descalços e maltrapilhos s, ao contrário que mostram os desenhos que conhecemos.
Os bandeirantes queriam ter a supremacia sobre as minas de ouro, uma vez que eles que descobriram, mas os emboabas eram em muito maior número e acabaram por expulsar os paulistas.
O grande número de pessoas levou a uma crise de abastecimento, a qual também foi percebida como uma oportunidade de lucro pelos comerciantes, que desejavam o monopólio do comércio de gêneros para o abastecimento dos arraiais, com destaque para o fornecimento de animais para o abate e o consumo. Portanto, o monopólio na exploração das minas de ouro, bem como na comercialização de gêneros de primeira ordem, foram as principais causas do conflito.
O grande número de pessoas, famintas e ambiciosas pelo ouro gerou conflitos entre as partes.
Datam de 1706 as primeiras dissensões no arraial da Ponta do Morro, depois do Rio das Mortes, pela "morte injusta e tirânica que fez um paulista de um humilde forasteiro que vivia de uma pobre agência". Outro cronista diz por haver alguns índios carijós embriagados matado um português. Diogo de Vasconcelos, por sua vez, descreve: "Viajando por ali uns carijós para São Paulo, entraram a beber na venda de um novato reinol; rivalidade era tema assentado de todas as conversas; os carijós começam a falar de reinóis, defendidos pelo novato, pouco experiente, entre a bebida, houve altercação, e no ardor da discussão, foi morto o português pelos carijós. Fugiram estes pelo brejo do vale, saindo assim na lagoa Jucunem, e houve dois dias de batida para os descobrir – voltaram os do arraial, os moradores tinham-se reunido e determinado enviar ao Rio uma comissão de procuradores pedir a dom Fernando martins Mascarenhas Lencastre compadecer-se da situação e lhes mandar autoridade para reprimir malfeitores e bandidos."
Em 1707, no Arraial Novo do Rio das Mortes, dois chefes importantes dos paulistas foram linchados pelos emboabas. Com medo de uma vingança, fugiram para a mata, ficando apenas um pequeno grupo na resistência. Os paulistas, apesar de terem motivos para agir, limitaram-se a enterrar seus chefes, e não enfrentaram os emboabas. Isso encorajou os emboabas que haviam fugido para a mata a voltar e a não mais se aterrorizarem com os paulistas.
Em novembro de 1708, os emboabas lançam um grande ataque contra os paulistas estabelecido em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, Capitania de Minas Gerais, expulsando os bandeirantes e tomando o controle de duas das três principais áreas de mineração da colônia. Na sequência, nomearam seu líder, Nunes Viana, governador da região mineradora, o que provocou a reação da Coroa portuguesa.
Em 1709, com a intervenção da Coroa e do governador do Rio de Janeiro, Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, Nunes Viana foi destituído e expulso da região das minas, se refugiando em sua fazenda no rio São Francisco, encerrando o conflito definitivamente.
O conflito durou de 1707 a 1708, nele morreram cerca de 300 pessoas.
Fontes:
wikipedia.org
brasilescola.uol.com.br
stoodi.com.br
todamateria.com.br
escolakids.uol.com.br
google.com
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