sexta-feira, 29 de janeiro de 2021




Em um dia como este, no ano de 1845, era publicado o famoso poema O Corvo (The Raven), do escritor norte-americano Edgar Allan Poe. A obra apareceu pela primeira vez nas páginas do jornal New York Evening Mirror. O poema traz a figura do misterioso corvo que pousa no busto de Atena e representa o caráter implacável da morte e seu impacto sobre o personagem, que lamenta e sofre profundamente a perda de sua amada Leonora. O que torna o poema diferenciado, principalmente, é a sua musicalidade, a atmosfera sobrenatural e seus jogos fonéticos, além do talento de Poe, um dos maiores nomes do romantismo e da literatura norte-americana.


The Raven 


Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary, Over many a quaint and curious volume of forgotten lore, While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping, As of some one gently rapping, rapping at my chamber door. "'Tis some visitor," I muttered, "tapping at my chamber doorOnly this, and nothing more." Ah, distinctly I remember it was in the bleak December, And each separate dying ember wrought its ghost upon the floor. Eagerly I wished the morrow;—vainly I had sought to borrow From my books surcease of sorrow—sorrow for the lost LenoreFor the rare and radiant maiden whom the angels name LenoreNameless here for evermore. And the silken sad uncertain rustling of each purple curtain Thrilled me—filled me with fantastic terrors never felt before; So that now, to still the beating of my heart, I stood repeating, "'Tis some visitor entreating entrance at my chamber doorSome late visitor entreating entrance at my chamber door;- This it is, and nothing more." Presently my soul grew stronger; hesitating then no longer, "Sir," said I, "or Madam, truly your forgiveness I implore; But the fact is I was napping, and so gently you came rapping, And so faintly you came tapping, tapping at my chamber door, That I scarce was sure I heard you"—here I opened wide the door;- Darkness there, and nothing more. Deep into that darkness peering, long I stood there wondering, fearing, Doubting, dreaming dreams no mortals ever dared to dream before; But the silence was unbroken, and the stillness gave no token, And the only word there spoken was the whispered word, "Lenore!" This I whispered, and an echo murmured back the word, "Lenore!"- Merely this, and nothing more. 

São precisamente cento e oito versos que narram o desespero do eu-lírico que perde a sua amada, Lenora.

Um corvo entra subitamente na casa do narrador e pousa sobre uma estátua (o busto de Pallas Atenas, considerada a deusa da sabedoria grega). O corvo e o eu-lírico, então, passam a dialogar:





E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado, Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".

Na noite em que o corvo invade a casa chove torrencialmente. É uma noite do mês de dezembro, nos Estados Unidos o período é marcado pelo princípio do inverno. O ambiente é soturno e sombrio, típico das obras de Poe.

A tradução do poema para o português não foi nada fácil diante do desafio de preservar a conhecida musicalidade do original em inglês. As versões mais conhecidas para o idioma são as de Machado de Assis e Fernando Pessoa.


Fontes:
history.uol.com.br
google.com
culturagenial.com
cdn.culturalgenial/arquivos/the-raven.pdf


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