segunda-feira, 30 de abril de 2018

Olá, pessoal !


Hoje vamos falar sobre o jornalista e escritor Cyro dos Anjos.


Sua obra de estreia e talvez a mais conhecida é Amanuense Belmiro, de 1937,  que conta a história, em primeira pessoa,  de Belmiro Borba. Homem tímido, solteiro, e empregado numa repartição pública, onde exerce a função de amanuense (uma espécie de contínuo, encarregado de tirar cópias e fazer ofícios), que se apaixona por uma jovem numa noite de carnaval, de nome Carmélia, por quem nutre uma paixão muito forte, porém sem nunca ter se declarado.

A vida de Belmiro é refugiada em sonhos e divagações, sobre sua infância e sua juventude.

O amanuense Belmiro é uma obra com mistura entre lirismo e ceticismo, e um toque de ironia, inspirado nos romances de Machado de Assis.

O autor fala de suas amizades, a quem descreve como num diário, as vicissitudes e anedotismo em cada um deles. Chegando a transformar uma vida burocrática e monótona num romance.



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Cyro dos Anjos é um jornalista e escritor mineiro, nascido em 05 de Outubro de 1906 em Montes Claros.


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Passou a infância na cidade natal, fazendo os estudos de forma irregular enquanto auxiliava o pai e os irmãos no comércio da família. Em 1923, foi para Belo Horizonte. Em 1927 iniciou-se no jornalismo e no ano seguinte matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, concluído o curso em 1932.

Em 1928, ainda estudante, trabalhou nos jornais: Diário da Tarde, Diário do Comércio, Diário da Manhã, na Tribuna e no Diário de Minas, e ingressou no funcionalismo público. Já formado, teve rápida passagem no foro de Monte Carlos, porém não se adaptou à profissão e retornou para Belo Horizonte, retomando o jornalismo e o cargo de funcionário público.



Cyro dos Anjos ocupou altos cargos públicos na esfera estadual, foi oficial de gabinete do secretário de finanças, oficial de gabinete do governador, diretor da Imprensa Oficial, membro do Conselho Administrativo do Estado e presidente do mesmo Conselho. Lecionou Literatura Portuguesa na Faculdade de Filosofia de Minas Gerais, entre 1940 e 1946. Em 1946 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde voltou a exercer funções públicas, agora na administração federal.
Durante o governo de do Presidente Eurico Gaspar Dutra, Cyro ocupou as funções de assessor do Ministro da Justiça, Diretor do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE), chegando a presidente do mesmo Instituto em 1947. Em 1952, a convite do Itamarati, ministrou um curso de Estudos Brasileiros na Universidade do México e em seguida na Universidade de Lisboa. Nessa cidade, publicou o ensaio “A Criação Literária” (1954).
Em 1956, publicou “Montanha”, romance político, onde tenta apresentar um painel da atualidade brasileira. Entre os anos de 1957 e 1960 foi nomeado subchefe da Casa Civil do Governo Kubitschek. A partir de 1960 passou a residir em Brasília, quando assumiu a função de conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Foi um dos fundadores da Universidade de Brasília (1962), passando a ser professor da universidade e coordenador do Instituto de Letras.
Em 1963, publica “Exploração no Tempo” volume de crônicas memorialistas, um desenvolvimento da obra de mesmo nome, já publicada anteriormente. Publicou ainda “Poemas Coronários” (1964). No dia 1º de abril de 1969, foi eleito para a Cadeira n.º 24 da Academia Brasileira de Letras.
Cyro dos Anjos aposentou-se em 1976 e mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a ministrar um curso denominado “Oficina Literária”, na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Cyro dos Anjos faleceu no Rio de Janeiro (RJ), no dia 4 de agosto de 1994.



Fontes:
ebiografia.com
vestibular.uol.com.br
google.com.br
wikipedia.org

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