domingo, 15 de abril de 2018

Olá, pessoal !

Hoje retomamos o assunto da mitologia grega e sua comparação com a mitologia judaica.




Quando a bela Helena, esposa de Menelau foi raptada por Páris, os príncipes gregos organizaram uma poderosa expedição contra Troia, liderada por Agamenon, rei de Micenas e irmão de Menelau. 

Transportado em mais de mil navios, o exército helénico preparava-se para partir de Aulis, na Beócia, onde se reunira. Mas Artemis, despeitada com o sacrilégio de Agamenon, que pouco antes abatera uma corça num dos bosques sagrados da deusa, suscitou uma súbita calmaria que impediu as naves de se fazerem à vela. Ártemis anunciou em seguida a Agamenon que a sua cólera só ficaria aplacada com o sacrifício de Ifigênia, uma das filhas do rei. Só assim o exército poderia partir. Agamenon, cuja crueldade e rapacidade eram sobejamente conhecidas, aceitou o preço determinado pela deusa, decidindo-se a sacrificar a própria filha. 


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Mas a deusa mudou de ideias no decorrer do ritual; Ártemis compadeceu-se de Ifigénia, substituindo-a por uma corça, sem que no entanto Agamémnon se desse conta da substituição. E entretanto, Artémis levou Ifigénia para a Táurida, onde se tornou sua sacerdotisa. Isto, contudo, sem que ninguém mais soubesse que ela ainda vivia. 

Dez anos depois, Agamémnon regressou finalmente de Tróia. Mas Clitmenestra, mãe de Ifigénia, que jamais perdoara ao marido a morte da filha, estava desejosa de vingança. Com a ajuda do seu amante Egisto, planeou o assassínio de Agamémnon. E juntos, num episódio que a literatura grega imortalizou (Sófocles, Ésquilo, etc), mataram o rei quando este saía do banho. Cassandra, a princesa troiana irmã de Páris que Agamémnon recebeu como despojo de guerra, caíu também assassinada. 

A tragédia da família Átrida ficou completa quando os filhos de Agamémnon e Clitmenestra, Orestes e Electra, vingaram a morte do pai assassinando a mãe e o amante. 

Entretanto, Orestes ficou a saber que Ifigénia ainda vivia e que se encontrava na Táurida. Com a ajuda do seu amigo Pílades, libertou-a e levou-a para a Ática, onde se tornou sacerdotisa de Ártemis no santuário de Brauron. 


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Em Gênesis 22, a lenda se repete, agora com Abraão e seu filho Isaac, seu primogênito.


"E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. 2 E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi. 3 Então, se levantou Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera. 4 Ao terceiro dia, levantou Abraão os seus olhos e viu o lugar de longe. 5 E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós. 6 E tomou Abraão a lenha do holocausto e pô-la sobre Isaque, seu filho; e ele tomou o fogo e o cutelo na sua mão. E foram ambos juntos. 7 Então, falou Isaque a Abraão, seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? 8 E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim, caminharam ambos juntos.

9 E vieram ao lugar que Deus lhes dissera, e edificou Abraão ali um altar, e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaque, seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha. 10 E estendeu Abraão a sua mão e tomou o cutelo para imolar o seu filho. 11 Mas o Anjo do Senhor lhe bradou desde os céus e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. 12 Então, disse: Não estendas a tua mão sobre o moço e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus e não me negaste o teu filho, o teu único. 13 Então, levantou Abraão os seus olhos e olhou, e eis um carneiro detrás dele, travado pelas suas pontas num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho. 14 E chamou Abraão o nome daquele lugar o Senhor proverá; donde se diz até ao dia de hoje: No monte do Senhor se proverá."




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Imaginem o sofrimento de um pai que é obrigado a oferecer um filho para os caprichos de um deus cruel, arrogante e prepotente.

O que dizer então das crianças, o que teriam pensado Ifigênia e Isaac, qual o crime que teriam cometido para que fossem sacrificados pelos próprios pais!


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Dirão alguns, ah! mas na hora da morte deus não permitiu! Mesmo assim, a obediência cega a um ser superior que mostrou não ter nada de superioridade, fez o sofrimento e a angustia de todos nesses episódios míticos, superarem a generosidade e a sabedoria de um ser divino.



Fontes:
wikipedia.org
biblegateway.com
google.com
acasadevidro.com
mitologia.blogs.sapo.pt




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