quarta-feira, 15 de novembro de 2017


Olá, pessoal !



Hoje vamos falar da proclamação da República.

A proclamação da República no Brasil, em 15 de novembro de 1892, foi um golpe militar contra o imperador D.Pedro II, já doente e distantes das principais discussões sobre as questões brasileiras.



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Além disso a linha sucessória de D.Pedro II estava ameaçada, já que o imperador não tinha filhos, só filhas, e a sua linha de sucessão estava para ser deixada para um estrangeiro, o francês Conde D´eu casado com a princesa Isabel.

Nas Américas, e especialmente nos EUA, a república já estava instalada, assim como em outros países americanos.

Além disso, a questão escravagista, com a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, que irritou muito os fazendeiros que não tiveram nenhuma compensação.

D.Pedro II ainda entrou em conflito com a Igreja Católica. Grupos liberais e grupos progressistas atacavam as políticas de controle estatal pelos primeiros e conservadoras pelos segundos.

Sabe-se que países estrangeiros pressionaram para que o Brasil se tornasse uma República, em busca de interesses próprios;como facilidades no comércio, e oportunidades de investimentos em obras públicas.

O positivismo foi uma corrente filosófica que surgiu na França no século XIX e que ganhou força no Brasil no final deste século. Militares, profissionais liberais e intelectuais defendiam os ideais positivistas. Estes ideais  eram favoráveis ao regime republicano e, portanto, contrários à Monarquia. A inscrição "Ordem e Progresso" na bandeira brasileira, criada após a Proclamação da República, reflete a importância do Positivismo no processo republicano brasileiro.

A própria maçonaria, teve uma influência muito grande na Proclamação da República.

Antes mesmo da proclamação da República houve no Brasil quatro tentativas por parte dos maçons de transformar o país numa república.

A primeira foi a chamada "Inconfidência mineira" em 1789, a segunda foi a revolução Pernambucana de 1817, liderada por Domingos José Martins, a terceira foi a chamada "Confederação do Equador" que teve como um dos seus líderes o Frei Caneca, por fim a quarta foi liderada por Bento Gonçalves, e foi chamada de revolução dos farroupilhas.
Os maçons se inspiravam na Revolução francesa e principalmente na Independência dos Estados Unidos.

Diversas rebeliões pelo Brasil, já pediam a República, culminando na Revolução dos farroupilhas.

No Rio de Janeiro, os republicanos insistiram que o Marechal Deodoro da Fonseca, um monarquista, chefiasse o movimento revolucionário que substituiria a monarquia pela república.

Depois de muita insistência dos revolucionários, Deodoro da Fonseca concordou em liderar o movimento militar.

Segundo relatos históricos, em 15 de novembro de 1889, comandando algumas centenas de soldados que se movimentavam pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro, o marechal Deodoro, assim como boa parte dos militares, pretendia apenas derrubar o então Chefe do Gabinete Imperial (equivalente a primeiro-ministro), o Visconde de Ouro Preto. "Os principais culpados de tudo isso [a proclamação da República] são o conde D'Eu e o Visconde de Ouro Preto: o último por perseguir o Exército e o primeiro por consentir nessa perseguição", diria mais tarde Deodoro.

golpe militar, que estava previsto para 20 de novembro de 1889, teve de ser antecipado. No dia 14, os conspiradores divulgaram o boato de que o governo havia mandado prender Benjamin Constant, Botelho de Magalhães e Deodoro da Fonseca. Posteriormente confirmou-se que era mesmo boato. Assim, os revolucionários anteciparam o golpe de estado, e, na madrugada do dia 15 de novembro, Deodoro dispôs-se a liderar o movimento de tropas do exército que colocou um fim no regime monárquico no Brasil.

Os conspiradores dirigiram-se à residência do marechal Deodoro, que estava doente, com dispneia, e acabaram por convencê-lo a liderar o movimento. Aparentemente decisivo para Deodoro foi saber que, a partir de 20 de novembro, o novo Presidente do Conselho de Ministros do Império seria Silveira Martins, um velho rival. Deodoro e Silveira Martins eram inimigos desde o tempo em que o marechal servira no Rio Grande do Sul, quando ambos disputaram as atenções da baronesa do Triunfo, viúva muito bonita e elegante, que, segundo os relatos da época, preferira Silveira Martins. Desde então, Silveira Martins não perdia oportunidade para provocar Deodoro da tribuna do Senado, insinuando que malversava fundos e até contestando sua eficácia enquanto militar.

Além disso, o major Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro dissera a Deodoro que uma suposta ordem de prisão contra ele havia sido expedida, argumento que convenceu finalmente o velho marechal a proclamar a República no dia 16 e a exilar a Família Imperial já à noite, de modo a evitar uma eventual comoção popular.

Proclamação da República no Rio de Janeiro   (por Georges Scott, publicado em Le Monde Illustré, nº 1.708, 21/12/1889).
Atentado contra o Barão de Ladário, então ministro da Marinha.
Desembarque de Dom Pedro II em Lisboa: a canoa imperial atraca no Arsenal da Marinha.
Convencido de que seria preso pelo governo imperial, Deodoro saiu de sua residência ao amanhecer do dia 15 de Novembro, atravessou o Campo de Santana e, do outro lado do parque, conclamou os soldados do batalhão ali aquartelado, onde hoje se localiza o Palácio Duque de Caxias, a se rebelarem contra o governo. Oferecem um cavalo ao marechal, que nele montou, e, segundo testemunhos, tirou o chapéu e proclamou "Viva a República!". Depois apeou, atravessou novamente o parque e voltou para a sua residência. A manifestação prosseguiu com um desfile de tropas pela Rua Direita, atual rua 1.º de Março, até o Paço Imperial.

Os revoltosos ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro e depois o Ministério da Guerra. Depuseram o Gabinete ministerial e prenderam seu presidente, Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto.

No Paço Imperial, o presidente do gabinete (primeiro-ministro), Visconde de Ouro Preto, havia tentando resistir pedindo ao comandante do destacamento local e responsável pela segurança do Paço Imperial, general Floriano Peixoto, que enfrentasse os amotinados, explicando ao general Floriano Peixoto que havia, no local, tropas legalistas em número suficiente para derrotar os revoltosos. O Visconde de Ouro Preto lembrou a Floriano Peixoto que este havia enfrentado tropas bem mais numerosas na Guerra do Paraguai. Porém, o general Floriano Peixoto recusou-se a obedecer às ordens dadas pelo Visconde de Ouro Preto e assim justificou sua insubordinação, respondendo ao Visconde de Ouro Preto:
Em seguida, aderindo ao movimento republicano, Floriano Peixoto deu voz de prisão ao chefe de governo Visconde de Ouro Preto.
O único ferido no episódio da proclamação da república foi o Barão de Ladário, que resistiu à ordem de prisão dada pelos amotinados e levou um tiro. Consta que Deodoro não dirigiu crítica ao Imperador dom Pedro II e que vacilava em suas palavras. Relatos dizem que foi uma estratégia para evitar um derramamento de sangue. Sabia-se que Deodoro da Fonseca estava com o tenente-coronel Benjamin Constant ao seu lado e que havia alguns líderes republicanos civis naquele momento.

Na tarde do mesmo dia 15 de novembro, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi solenemente proclamada a República.

À noite, na Câmara Municipal do Município Neutro, o Rio de Janeiro, José do Patrocínio redigiu a proclamação oficial da República dos Estados Unidos do Brasil, aprovada sem votação. O texto foi para as gráficas de jornais que apoiavam a causa, e, só no dia seguinte, 16 de novembro, foi anunciado ao povo a mudança do regime político do Brasil.

Ou seja, o movimento partiu da elite brasileira, e o povo mais uma vez, como tem sido comum na História brasileira só foi comunicado depois do fato concretizado.

Dom Pedro II, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio de Janeiro. Pensando que o objetivo dos revolucionários era apenas substituir o Gabinete de Ouro Preto, o Imperador D. Pedro II tentou ainda organizar outro gabinete ministerial, sob a presidência do conselheiro José Antônio Saraiva. O imperador, em Petrópolis, foi informado e decidiu descer para a Corte. Ao saber do golpe de estado, o Imperador reconheceu a queda do Gabinete de Ouro Preto e procurou anunciar um novo nome para substituir o Visconde de Ouro Preto. No entanto, como nada fora dito sobre República até então, os republicanos mais exaltados espalharam o boato de que o Imperador escolhera Gaspar Silveira Martins, inimigo político de Deodoro da Fonseca desde os tempos do Rio Grande do Sul, para ser o novo chefe de governo. Deodoro da Fonseca então convenceu-se a aderir à causa republicana. O Imperador foi informado disso e, desiludido, decidiu não oferecer resistência.

No dia seguinte, o major Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro entregou a dom Pedro II uma comunicação, cientificando-o da proclamação da república e ordenando sua partida para a Europa, a fim de evitar conturbações políticas. A família imperial brasileira exilou-se na Europa, só lhes sendo permitida a sua volta ao Brasil na década de 1920.

Assim, proclamou-se a República, sem praticamente ser disparado nenhum tiro, e onde a população em sua maioria, só teve noticias dias depois.


Fontes:

wikipedia.org
historiadobrasil.net
suapesquisa.com
freemasons-freemasonry.com

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