quarta-feira, 22 de novembro de 2017


Olá, pessoal !



Hoje vamos falar da imigração alemã no Brasil.





A primeira colônia alemã no Brasil foi fundada ainda antes da independência de Portugal. No sul da Bahia, em 1818, o naturalista José Guilherme Freyreiss criou a colônia Leopoldina, onde foram distribuídas sesmarias para colonos alemães, porém o projeto não foi bem sucedido. Os colonos se dispersaram e a mão de obra imigrante nas sesmarias foi substituída pela escrava. As outras duas tentativas de assentamentos alemães na Bahia, de 1821 e 1822, foram também mal sucedidas. Trazidos a mando do Rei Dom João VI em 1819 o governo português assentou famílias suíças nas serras fluminenses. Estas fundaram o atual município de Nova Friburgo A colônia também resultou infrutífera, vez que foi mal estruturada, situando-se longe do mercado consumidor, o que levou muitos dos suíços a abandonarem os assentamentos. De forma a evitar a sua extinção, em 1824 a colônia recebeu 350 alemães.


                                         Pomerode S.Catarina



A definição de “alemão” – A Alemanha só se tornou a Alemanha em 1871, quando Bismarck conseguiu reunir sob a mesma coroa os muitos países de língua comum – com exceção da Áustria. Antes disso, não existia uma nação alemã ou um Estado alemão, coeso e homogêneo. A Alemanha do início do século 19 era composta por vários Estados, dos mais diferentes tamanhos. Eles compunham a Confederação Alemã, criada após o Congresso de Viena (1815). Além da Áustria e da Prússia, haviam 33 Estados e quatro cidades-livres, em sua maioria com dialeto próprio, leis e características culturais muito diferentes. Entre os pioneiros de 1824, em São Leopoldo, havia hamburgueses, bávaros e hessianos.

Assim, a referência a “alemães” está associada ao conceito linguístico-cultural. Nos últimos anos alguns historiadores passaram a usar termos como “germânicos”, “germanidade” ou “presença teuta”, para se referir à imigração que envolveu os muitos países de língua alemã antes da formação do Império Alemão (1871), ou seja, o que se pode chamar de Alemanha moderna;


2- Houve presença de alemães no Brasil antes de 1824 – Os primeiros alemães a pisar o solo brasileiro estavam junto com a esquadra de Pedro Álvares Cabral, em abril de 1500. Eram artilheiros de uma unidade militar portuguesa que acompanhava a esquadra. São textos em alemão, inclusive, os primeiros a usar o termo “Brasil” para as terras em que Cabral havia desembarcado. Tentativas isoladas de implantação de colônias alemãs foram realizadas na Bahia, entre 1816 e 1818.

Todas, no entanto, sem alcançar o sucesso esperado. Somente depois do casamento de D. Pedro com a arquiduquesa austríaca Leopoldina de Habsburg-Lorena, a vinda de cientistas de língua alemã para a América e a independência brasileira, com a necessidade de colonos e soldados, o país finalmente deu início, de modo organizado, ao processo imigratório de populações alemãs.

Suíços de língua alemã já haviam chegado ao Rio de Janeiro, em 1819, e fundado Nova Friburgo, na região serrana do estado. Em janeiro de 1824, para lá também foram enviados os primeiros colonos de língua alemã do Brasil Independente. Em 3 de maio eles chegaram à colônia carioca, dois meses antes de São Leopoldo, no sul.


3- Houve presença alemã no Rio Grande do Sul antes do século 19 – Alguns alemães chegaram ao RS durante o século 18, de forma isolada, sem fazerem parte de um processo de povoamento. A família Schramm, que aqui ganhou as grafias “Xarão” ou “Charão”, é um exemplo. O médico Johann Adolph Schramm, de Braunschweig, casou em 1727 no Rio de Janeiro com Cecília de Sousa da Conceição, com quem teve o filho Antônio Adolfo Charão. Antônio, alferes dos Dragões em Rio Pardo, casou em Viamão, em 1758, com Joana Velosa Fontoura. Os descendentes deste casal tiveram ativa participação nas guerras e revoluções gaúchas.

Ainda do ponto de vista militar, importante personagem da história gaúcha é o general alemão J. Heinrich Böhm (1708-1783), natural de Bremen, no norte Alemanha, e comandante do exército português que retomou Rio Grande aos espanhóis em 1776. Böhm é conhecido como “o libertador do Rio Grande”.

4- São Leopoldo: o berço da Colonização Alemã no Brasil – A ideia de imigração e colonização no Brasil passava pela necessidade de criação de uma nova classe média, branca e pequena proprietária, que desenvolvesse a policultura agrícola e o artesanato, povoasse áreas de fronteira e que fosse capaz de abastecer cidades importantes. E São Leopoldo cumpriu muito bem esse papel, muito mais do que Nova Friburgo ou qualquer outra tentativa anterior. Daí que, mesmo não sendo o projeto pioneiro, é considerado o berço da colonização alemã no Brasil, justamente pelo sucesso no empreendimento, em que pesem todos os custos e dificuldades iniciais.





5- A contribuição dos alemães – Além da contribuição no desenvolvimento da agricultura (criação do minifúndio e da agricultura familiar) e na produção industrial(artesanal), o imigrante alemão teve um importante papel no processo de diversificação cultural do país, especialmente na língua, na gastronomia e na arquitetura. A presença alemã ainda consolidou no país a atuação dos protestantes (evangélicos luteranos e calvinistas, entre outros).






6- Contribuição militar – Além da criação do minifúndio, da agricultura familiar e da produção industrial, os alemães tiveram destacada atuação na área militar. O projeto de imigração do Primeiro Reinado também colaborou com a criação do Exército Imperial. Os alemães formaram dois batalhões de granadeiros (o 2º e o 3º, que protegiam a Família Imperial e cidade do Rio de Janeiro) e dois batalhões de caçadores (o 27º e 28º, que lutaram na Guerra Cisplatina e na Confederação do Equador).

7- Os colonos alemães mantinham escravos – Por lei imperial, os colonos imigrantes não poderiam comprar e manter escravos, mas os alemães adotaram a prática portuguesa sem pudor. Até mesmo os pastores, como Carl Leopold Voges (1801-1893) e Friedrich Christian Klingelhöffer (1784-1834), no RS, mantinham escravos em suas propriedades. Em Nova Friburgo, no RJ, o pastor Friedrich Sauerbronn (1784-1867) mantinha um escravo e cerca de 15% das famílias fazia o mesmo.


A época em que mais imigrantes alemães chegaram ao Brasil foi entre os anos de 1920 e 1930, após a I Guerra Mundial, mas antes do início da Segunda Grande Guerra, quando cerca de 75 mil alemães desembarcaram no Brasil fugindo das tensões de sua nacionalidade.
Os novos integrantes do Brasil, que antes iam para regiões do interior, passaram a trabalhar como operários, professores, entre outras coisas. Essa mão de obra especializada que vinha ao país era de grande importância para sua industrialização.
No ano de 2000 foi feita uma pesquisa que teve como resultado uma estimativa da quantidade de brasileiros que tem descendência alemã. Nessa época, cerca de 5 milhões de pessoas tinham pelo menos um antepassado alemão.

Imigração Alemã para o Brasil


As principais causas desse grande volume de alemães que chegaram como imigrantes ao Brasil foram os frequentes problemas sociais que assolavam não só Alemanha, como também outros países da Europa, mas também o encanto que tinham pelo Brasil devido às grandes quantidades de terras do país.



                                          Oktoberfest


Os alemães ainda são chamados de tedesco, relacionado à língua falada por uma de suas etnias.


Fontes:
wikipedia.org
estudopratico.com.br
rodrigotrespach.com
dicio.com.br
pt.wiktionary.org

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