sexta-feira, 31 de março de 2023

 Vamos falar da obra de Ribeiro Couto - Chão de França.







Rui Esteves Ribeiro de Almeida Couto, conhecido como Ribeira Couto, nasceu em Santos, São Paulo, no dia 12 de março de 1898. Cursou a Escola de Comércio José Bonifácio.

Em 1912, estreou no jornalismo ao ingressar no jornal A Tribuna. Em 1915, mudou-se para a capital, para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.

Ao mesmo tempo que cursava Direito, escrevia para o Jornal do Comércio e depois para o Correio Paulistano.

Em 1918, após vencer o concurso literário da revista “A Cigarra” com o poema “Anhangabaú”, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde concluiu o curso de Direito na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais.

Colaborou com os periódicos “Gazeta de Notícias” e “A Época”. Nesse período, iniciou uma amizade com o poeta Manuel Bandeira.

Ficou conhecido pela obra Cabocla de 1931, transformado em telenovela pela Globo.

Ribeiro Couto foi jornalista e diplomata na França, Suíça e Portugal.

Nesse livro em seu prefácio o autor diz: 

" Um livro sobre a França ? 
- Não:  um pouco da poeira das estradas, reflexo de águas, farrapos de nuvens;  e pedaços do chão de França, que pisei amorosamente...."

Como faziam os viajantes europeus em suas viagens para a terra nova, onde suas excentricidades e de seus povos que andavam nus, suas belezas naturais, fauna e flora desconhecidas no velho continente, assim como já o fizera Gilberto Amado na sua obra !"A primeira viagem à Europa", assim faz Ribeiro Couto, trazendo suas narrativas da viagem para França.

"Pelas nove horas da noite, quando os lampiões domésticos principiavam-se a apagar-se anunciando o sono do arrabalde, eu saia para descoberta das sombras." (p. 13)

" Agora, é muito mais difícil. Depois de longa travessia, é a França que está perto. Antecipada tristeza, a de saber que vou encher a memória de novas imagens e que elas me ficarão afeiçoadas! Dentro de mim há sempre um gesto de amor para cada encontro do caminho.''  (p.14).

Ribeiro Couto, em visita a Paris, em 1935, irá também reforçar o laço entre o saber do sujeito que viaja e a sua experiência de leitura, ao contemplar a cidade como cenário de ficção montado por seus escritores ilustres. O olhar subjetivo dirigido à cidade é, contudo, mediatizado pela literatura, que irá fornecer as pistas de reconhecimento dos lugares simbólicos, registrados e ficcionalizados pelo gesto do escritor, responsável pela construção de signos urbanos a serem decifrados por um leitor especial. Ter na bagagem um guia turístico não se compara à prática de leitura do intelectual que viaja com outro tipo de bagagem, que lhe permite penetrar, mais facilmente, na cultura do país visitado: “Esta noite quem sabe, se eu for olhar de perto a fachada de Notre-Dame, sou capaz de ver lá em cima, perto do sino, o perfil de Quasímodo (e Esmeralda andará por aí). É por isso que, no Jardim de Luxemburgo, ainda há pouco, vi Jean Valjean levando pela mão Cosette, que tossia. “Os Miseráveis” e outros romances lidos na meninice andam a seguir-me os passos, neste fim de tarde.

Como viajante levamos em nossas memórias reminiscências daquilo que vimos ou sabemos dos locais visitados. A cada passo que damos é uma nova experiência e uma nova visão da realidade apresentada.

Compete ao leitor a tarefa de preferir a leitura da cidade através de um repertório composto de citações intelectualizadas ou de outra natureza; criticar a leitura apressada dos signos urbanos e o desconhecimento dos verdadeiros tesouros aí escondidos traduz uma concepção ainda racionalista do comportamento intelectual moderno, que define o conhecimento como traço diferencial de certa classe social. Felizmente, nos dias atuais, os mal-nascidos talvez consigam desfrutar, ao seu estilo, dos prazeres que a cidade de Paris oferece: seja em momento mais popular, como aquele transcorrido durante a Copa do Mundo, seja em encontros específicos, dos quais escritores e intelectuais brasileiros participaram por ocasião da Feira do Livro do Brasil, ocorrida em 1998. A cidade-luz, privada no século XX do título de capital, encontra-se povoada de imigrantes de todas as partes do planeta, os virtuais construtores de narrativas urbanas que pululam das periferias e se infiltram nas grandes avenidas. Narrativa pós-moderna, construída com fragmentos de culturas diversas e composta de personagens cuja sina são o constante deslocamento, o embaralhamento de identidades e a crise social, sintomas da falta de representatividade de classe e do apagamento do sentido de nação. A alta cultura encontra-se, paradoxalmente, disseminada nas baixas esquinas do mundo: nos viadutos de Nova York, na bolsa de valores de Tóquio e no centro das maiores cidades brasileiras.


Fontes:
wikipedia.org
google.com
ebiografia.com
O não lugar da literatura - Eneida Maria de Souza
Couto, Ribeiro - Chão de França - Companhia Ed.Nacional - 1935

quarta-feira, 29 de março de 2023

 Vamos falar da obra de Joaquim Nabuco - Minha Formação.









Capítulo I


 Colégio e academia


"Não preciso remontar ao colégio, ainda que ali, provavelmente, tenha sido lançada no subsolo da minha razão a camada que lhe serviu de alicerce: o fundo hereditário do meu liberalismo. Meu pai nessa época (1864-1865) tinha terminado a sua passagem do campo conservador para o liberal, marcha inconscientemente começada desde a Conciliação (1853-1857), consciente, pensada desde o discurso que ficou chamado do uti possidetis (1862). Houve diversas migrações em nossa história política do lado liberal para o conservador. Os homens da regência, que entraram na vida pública ou subiram ao poder representando a ideia de revolução, foram com a madureza dos anos restringindo as suas aspirações, aproveitando a experiência, estreitando-se no círculo de pequenas ambições e no desejo de simples aperfeiçoamento relativo, que constitui o espírito conservador. O senador Nabuco, porém, foi quem iniciou, guiou, arrastou um grande movimento em sentido contrário, do campo conservador para o liberal, da velha experiência para a nova experimentação, das regras hieráticas de governo para as aspirações ainda informes da democracia."

Minha Formação foi um livro de memórias escrito pelo político, diplomata e escritor membro da Academia Brasileira de Letras - Joaquim Nabuco, um dos grandes nomes do movimento abolicionista, publicado em 1900. Neste livro, o autor aborda livremente fatos de sua vida intelectual, política e diplomática. Ele narra sua experiência no exterior e as influências marcantes de países como a Inglaterra, os EUA e a França, nos quais viveu por tempo considerável. Relata também o seu contato com grandes personalidades, como o filósofo Ernest Renan, a escritora George Sand e o papa Leão XIII. O livro conta com grandes digressões sobre o percurso do pensamento político do autor, sua inicial tentativa literária (posteriormente abandonada) e, principalmente, sobre a sua ativa e marcante participação no movimento abolicionista.








Capítulo V

 Primeira viagem à Europa 


"De diversos modos a minha primeira ida à Europa influiu para enfraquecer as tendências republicanas que eu porventura tivesse, e fortificar as monárquicas. Antes de tudo, o republicanismo francês, que era e é o nosso, tem um fermento de ódio, uma predisposição igualitária que logicamente leve à demagogia – a sua maior figura é Danton, o homem da Setembrizada –, ao passo que o liberalismo, mesmo radical, não é só compatível com a monarquia, mas até parece aliar-se com o temperamento aristocrático. Se fosse preciso personificar o liberalismo, poder-se-ia chamar-lhe Lafayettismo, por ter sido Lafayette o principal representante dos gentilhommes libéraux de 1789. Esse estreito republicanismo, que confina nos dias de crise com a demagogia, e, exasperado pelo perigo ou excitado pela posse repentina, imprevista, do poder, chega à epidemia sanguinária do Terror, é um fato, pode-se dizer, de reclusão mental: dá-se somente quando o espírito se encerra em algum sistema filosófico ou fanatismo religioso, em uma doutrina ou em uma previsão social qualquer, e aí se isola inteiramente do mundo externo. A intolerância é, ou era, o característico do republicanismo agressivo francês, e a intolerância é uma fobia da liberdade e do mundo; é um fenômeno de retração intelectual, produzindo a hipertrofia ingênua da personalidade."




"Nós, brasileiros - o mesmo pode-se dizer dos outros povos americanos - pertencemos à América pelo sedimento novo, flutuante, do nosso espírito, e à Europa, por suas camadas estratificadas. Desde que temos a menor cultura, começa o predomínio destas sobre aquele. A nossa imaginação não pode deixar de ser europeia, isto é, de ser humana; ela não para na Primeira Missa no Brasil [...]. A instabilidade a que me refiro provém de que na América falta à paisagem, à vida, ao horizonte, à arquitetura, a tudo o que nos cerca, o fundo histórico, a perspectiva humana; que na Europa nos falta a pátria, isto é, a forma em que cada um foi vazado ao nascer. De um lado do mar sente-se a ausência do mundo; do outro, a ausência do país. O sentimento em nós é brasileiro, a imaginação europeia. As paisagens todas do Novo Mundo, a floresta amazônica ou os pampas argentinos, não valem para mim um trecho da Via Appia, uma volta da estrada de Salerno a Amalfi, um pedaço do cais do Sena à sombra do velho Louvre"

Esta passagem do terceiro capítulo de Minha Formação deu origem a expressão Mal de Nabuco ou Moléstia de Nabuco, se referindo a um sentimento de brasileiros de pertencimento à cultura europeia, imaginada como universal e mais valorosa que a brasileira.

Hoje, podemos dizer que esse sentimento transferiu-se para a cultura norte-americana. Continuamos, pois, com nosso complexo de inferioridade.


Fontes:
wikipedia.org
google.com
dominiopublico.gov.br
jornalopcao.com.br

domingo, 26 de março de 2023

 Morreu ontem aos 84 anos o cantor e compositor,  Juca Chaves, o menestrel maldito. 

Juca estava internado há 15 dias num hospital de Salvador -Bahia.

Juca Chaves nasceu Jurandyr Czaczkes Chaves, em 22 de outubro de 1938, no Rio de Janeiro. Formado em música clássica, ele já vivia há algumas décadas na capital baiana. Começou a carreira profissional em 1955, na TV Tupi, e chamava a atenção por um humor ácido e inteligente. Era músico, compositor, humorista e crítico.




sábado, 25 de março de 2023

 

Rua Vinte e cinco de Março - 1894 (pintura de Antonio Ferrigmno)


A Rua 25 de Março é uma das mais importantes ruas da cidade de São Paulo. Conhecida com o seu comércio pujante, recebe milhares de pessoas todos os dias.

Vinte e cinco de Março - dias atuais


25 de Março é a data da Primeira Constituição Brasileira, promulgada  por D.Pedro I em 25 de Março de 1824.





A rua 25 de Março se localiza no centro da cidade de São Paulo e é considerada o maior centro comercial da América Latina, e também um dos mais movimentados centros de compras de atacado e varejo da cidade.

Mas não é só uma rua como seu nome sugere, e sim, um conglomerado de lojas e galerias que vai desde o Mosteiro de São Bento até o Mercado municipal, onde se vende uma grande gama de produtos importados a baixo custo.


Fontes:

wikipedia.org
google.com
viagensecaminhos.com

 Guerra dos cem anos ( 1337 - 1452).









A guerra durou portanto 116 anos, mas não foi ininterrupta;  tendo três ou quatro períodos, conforme ponto de vista distintos de alguns historiadores.



A Guerra dos Cem Anos foi um conflito bélico que envolveu a Inglaterra e a França entre 1337 e 1453. A disputa era pelo trono francês e teve início quando os ingleses tentaram tomar o poder, motivados por interesses comerciais com Flandres, uma importante zona de indústria têxtil.




A guerra acabou sem um tratado que marcasse seu término, ao contrário da maioria. Franceses conseguiram reaver seus territórios enquanto os ingleses estavam se consumindo internamente com a Guerra das Duas Rosas. A Guerra dos Cem Anos trouxe como uma de suas consequências principais a consolidação da monarquia absolutista da Era Moderna.

Seu término 1453 coincidiu com a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, o que segundo historiadores pôs fim à chamada Idade Média. 


Carlos IV




Como tudo começou:  Em 1328, o rei francês Carlos IV morreu sem deixar um herdeiro. O então rei da Inglaterra, Eduardo III, considerou-se um pretendente legítimo ao trono vago, pois, além de súdito, era sobrinho de Carlos IV. O problema era que outros nobres franceses reivindicavam o mesmo trono e uma assembleia acabou escolhendo um conde chamado Felipe – que ganhou o título de Felipe VI. A relação de 
desconfiança entre os monarcas dos dois reinos e a disputa entre eles por territórios franceses – Eduardo III tinha herdado os direitos sobre as regiões da Gasconha, da Guiana e de Ponthieu – resultou na guerra. A França tinha uma população quase quatro vezes maior que a da Inglaterra e também era mais rica, mas não se encontrava tão unida e organizada enquanto nação. A Inglaterra, por sua vez, possuía uma monarquia mais forte e se deu melhor no início da guerra. 




Primeiro período (1337 - 1364)

A Inglaterra saiu vitoriosa no primeiro período da Guerra dos Cem Anos, nas batalhas que ocorreram entre 1337 e 1364. Isso aconteceu porque as tropas inglesas eram bem maiores do que as francesas, dessa forma, Eduardo III tomou o norte do litoral francês.


Eduardo III da Inglaterra






Como dito anteriormente, os flandrenses apoiaram os ingleses; mais tarde, os nobres da Bretanha fizeram o mesmo, chegando a patrocinar o exército da Inglaterra.

Durante esse período, a Europa estava sendo assolada pela peste negra, que durou de 1346 a 1352 e matou 1/3 da população europeia. Por esse motivo, as batalhas foram temporariamente cessadas.

Quando a guerra foi retomada, a Inglaterra continuou em vantagem, avançando sobre terras francesas. A França, por sua vez, não possuía unidade; via-se que os nobres não eram muito fiéis à coroa francesa, pelo contrário, além de Flandres e Bretanha, outras regiões também passaram a se rebelar contra os danos e prejuízos causados pela guerra.

Esse fato levou Carlos V, monarca francês, a dar fim ao primeiro período da guerra, assinando um tratado com Eduardo III que liberava e reconhecia as terras da França que a Inglaterra havia tomado. Para tal acordo, os ingleses se comprometeram a não requisitar mais o trono francês.

Batalha de Crecy - Eduardo III da Inglaterra derrota Filipe VI da França


Segundo período (1364 - 1380)


Em 1364, o mesmo rei francês, Carlos V, que tinha assinado o acordo anterior com a Inglaterra, passou a não mais reconhecer o tratado, e as batalhas recomeçaram. As tropas da França atacaram as tropas inglesas, iniciando a reversão das derrotas do primeiro período.

Grande parte das vitórias da França no segundo período foram graças a Bertrand Du Guesclin. O maior feito desse cavaleiro foi fazer a integração das tropas e utilizar a forma de guerrilha para derrotar a Inglaterra. Essa unificação comprovou a relevância da centralização do poder, pois foi dessa maneira que a França conseguiu organizar os nobres – que já estavam até apoiando a nação inimiga – e ainda aumentar os tributos.

A utilização de uma  nova arma chamada de besta também foi valiosa na batalha.




A besta, arma medieval para lançar setas, foi um dos destaques do arsenal militar usado na guerra. Sob certas condições, o arco se mostrou superior, disparando mais flechas por minuto, com maior alcance e precisão. Mas a besta possuía suas vantagens: exigia menor esforço, era mais fácil de transportar e de ser disparada por um homem a cavalo.



Com a morte dos monarcas, tanto de um lado quanto de outro, a guerra ficou amortecida. Quando Eduardo III faleceu, em 1377, o seu sucessor ao trono inglês, Ricardo II, era uma criança de apenas 10 anos. Três anos depois, morreu o monarca francês Carlos V, atenuando o exército francês.




Terceiro período (1380 - 1422)

Durante o terceiro período da Guerra dos Cem Anos, os dois reinos enfrentavam batalhas internas em seus próprios territórios. Do lado inglês, o rei Ricardo II foi destituído pela sua própria nobreza, que colocou Henrique V em seu lugar.

O grande escritor, poeta e dramaturgo Willian Shakespeare falou do Monarca em sua peça Henrique V; onde trata da  batalha de Agincourt, em 1415, foi a última grande vitória inglesa na guerra. Cerca de 9 mil soldados do rei inglês Henrique V conseguiram derrotar 25 mil cavaleiros franceses .

Henrique V



Do lado francês, aconteciam confrontos em Borgonha, os nobres dessa região dividiram-se entre Armagnacs e Borguinhões. Essa rivalidade se transformou em uma guerra civil entre os que apoiavam os nobres de Borgonha e os apoiadores de Orléans.

Essas batalhas duraram quase trinta anos e enfraqueceram bastante a França, que já estava em guerra com a Inglaterra há tantos anos. Para aprofundar ainda mais a crise, o rei Carlos VI era apontado como alguém sem condições para governar, devido a problemas mentais. Ele foi chamado de louco e, por fim, substituído por uma junta governativa.




Quarto Período (1422 - 1453)

O quarto e último período da Guerra dos Cem Anos é caracterizado principalmente pela participação da famosa Joana d’Arc, uma camponesa visionária. Ela lutou na guerra, comandando um regimento (unidade militar com vários batalhões) das forças armadas francesas e alcançou êxito, conferindo diversos fracassos à Inglaterra.

Joana D`Arc
]


Dessa vez, quem estava em conflito interno eram os ingleses, que vivenciavam a Guerra das Duas Rosas. A reação francesa organizada por Joana D’Arc começou internamente, agindo contra os ingleses em regiões que eles haviam ocupado na França, mas logo passou também para áreas do território rival, aproveitando a crise que havia se instalado na Inglaterra. A França conseguiu retomar porções de terras que estavam nas mãos dos ingleses, mas ainda assim os Borguinhões mandaram prender Joana d’Arc. Em 1430, ela foi capturada e entregue aos ingleses, sendo julgada no Tribunal da Santa Inquisição e condenada à morte um ano depois.




Fim da Guerra dos Cem Anos

A Guerra dos Cem Anos chegou ao fim quando os ingleses praticamente abandonaram as batalhas para contornarem conflitos internos. Ademais, Joana d’Arc, a grande guerreira condenada pela Inquisição (mas que depois virou santa), passou por um verdadeiro tormento antes de morrer. Esse sofrimento impulsionou os soldados franceses que por ela haviam sido comandados a dar continuidade à guerra, em sua memória.



Joana D`Arc


Em 1453, a cidade de Bordeaux foi retomada pela França. Mesmo que não tenha tido um acordo ou tratado de paz formal, essa derradeira conquista selou o fim da longuíssima guerra, marcada por inúmeros conflitos não só externos, como também internos nos dois reinos.



Fontes:

wikipedia.org
google.com
brasilescola.uol.com.br
historiadomundo.com.br
super.abril.com.br

sexta-feira, 24 de março de 2023

 Hoje vamos falar de verbos defectivos e abundantes.





VERBOS DEFECTIVOS:


Vejamos abaixo a definição:

Pode-se dizer que os VERBOS DEFECTIVOS tem comportamento contrário ao dos verbos abundantes, pois enquanto estes apresentam mais de uma forma verbal para representar um mesmo modo, tempo e pessoa, aqueles apresentam uma ausência de algumas formas verbais, ou seja, não possuem determinadas formas conjugadas.


Vejamos os exemplos:


Verbo PARTIR (regular, 3ª conjugação, conjugado no presente do indicativo)
EU - parto
TU - partes
ELE - parte
NÓS - partimos
VÓS - partis
ELES - partem




Verbo ABOLIR (irregular, 3ª conjugação, defectivo, conjugado no presente do indicativo)
EU - ???
TU - aboles
ELE - abole
NÓS - abolimos
VÓS - abolis
ELES - abolem




Verbo COMER (regular, 2ª conjugação, conjugado no presente do indicativo)
EU - como
TU - comes
ELE - come
NÓS - comemos
VÓS - comeis
ELES - comem


Verbo REAVER (irregular, 3ª conjugação, defectivo, conjugado no presente do indicativo)
EU - ???
TU - ???
ELE - ???
NÓS - reavemos
VÓS - reaveis
ELES - ???






Os verbos defectivos impessoais não têm sujeito. Além dos verbos que manifestam fenômenos naturais, o verbo haver (no sentido de existir) e o verbo fazer (no sentido de tempo decorrido) são verbos impessoais e, assim, são normalmente conjugados na 3.ª pessoa do singular.

Exemplos:

Anoitece mais tarde no verão.

Trovejou durante todo o dia.

Venta muito naquela cidade.

Portanto o correto é: Houve muita gente na festa. e NÃO houveram muita gente...

O correto é: Faz muitos anos que não vou à São Paulo, e NÃO Fazem muitos anos....


Os VERBOS ABUNDANTES são um dos tipos de verbos irregulares existentes na língua portuguesa. Como o próprio nome já diz, os verbos irregulares são aqueles que se diferenciam dos demais verbos pois não seguem regularmente as conjugações a que pertencem. Ou se diferenciam nas terminações, como é o caso dos verbos anômalos, ou não apresentam alguma forma verbal como é o caso dos verbos defectivos, ou podem ser, ainda, VERBOS ABUNDANTES, ou seja, apresentam mais de uma palavra correspondente à mesma forma verbal.

DEFINIÇÃO:


VERBOS ABUNDANTES são aqueles verbos irregulares que apresentam mais de uma forma de conjugação, ou seja, apresentam duas ou mais formas equivalentes para o mesmo tempo e pessoa.
A incidência de verbos abundantes se dá especialmente na forma do particípio do verbo, pois temos dois tipos de particípio, um com a forma regular, ou seja, com as terminações ADO, IDO, ADA e IDA, e um com a forma irregular, ou seja, com terminações diferentes destas previstas.





Na Nova ortografia da Língua Portuguesa


Vejamos alguns exemplos de verbos que possuem duas formas no particípio, ou seja, VERBOS ABUNDANTES:







ENCHER - enchido, cheio
FIXAR - fixado, fixo
CORRIGIR - corrigido, correto
ACENDER - acendido, aceso
ACEITAR - aceitado, aceito
ELEGER - elegido, eleito
ENTREGAR - entregado, entregue
EXTINGUIR - extinguido, extinto
FRITAR - fritado, frito
EXPELIR - expelido, expulso
LIMPAR - limpado, limpo
MATAR - matado, morto




Fontes:
infoescola.com/portugues
google.com
portugues.com.br
todamateria.com.br


quinta-feira, 23 de março de 2023

Vamos falar do livro Cabocla, de Ribeiro Couto, mais conhecido pelas duas versões apresentadas pela Rede Globo como Telenovela.





O livro foi publicado em 1931, e conta a história de Jerônimo, filho de um um rico comerciante, que devido a sua vida desregrada e de boemia, acaba de descobrir uma lesão no pulmão direito.

"O doutor dissera que eu tinha uma lesão de primeiro grau no pulmão direito. Sua luneta de tartaruga, de cordão preto atrás da orelha, dava-lhe um ar de sábio infalível. Eu não acreditava na lesão, mas acreditava no doutor."

O jovem, acostumado à boa vida e as mordomias que a riqueza do pai lhe proporcionam, espera ir para Europa, mas contrariado é mandado para Vila da Mata, interior esquecido do Espírito Santo, na casa de seu  primo , coronel Bonerges.

Chegando na estação ferroviária de Pau d´Alho encontra, de maneira inesperada, o amor de Zuca – a “Cabocla” – filha do proprietário do hotel da estação ferroviária da vizinha localidade de Pau D’Alho. Esse idílio faria com que se identificasse por completo com o novo ambiente e transformasse seus planos de vida. Trocaria afinal a futura profissão de engenheiro pela de agricultor, estabelecendo-se definitivamente na Serra de Caparaó, onde implantaria fazenda pioneira no cultivo de frutas europeias. O pano de fundo de “Cabocla” retrata com fidelidade a vida simples do interior, desvendando os mistério da “cidadezinha quieta, a vilazinha de aparência morta”, mas que encerra “um mundo de agitações, ciúmes, ambições, heroísmos, conformações”, embora seus habitantes aparentem “brincar de tomar conta da natureza”. 


"Eu ia agradecer a Siá Bina as boas palavras, quando surgiu da cozinha, num vestido de chita vermelha, uma espécie de Nossa Senhora morena, com um rostinho redondo em que tudo era gracioso: o queixo, a boca, o nariz. Apenas a fronte era larga, por cima de uns olhos pretos de expressão austera; parecia que aqueles olhos não sorriam nunca."


O jovem que vivia rodeado de mulheres no Rio de Janeiro, como a bela Pequetita Novaes. Acostumado pela agitação da cidade grande, Jerônimo encontra a paz e o amor que acalmam seu coração.



A menina que, na frente dos pais, apresenta-se de “olhos baixos” e “envergonhada”, muda de comportamento ao ver-se sozinha com Jerônimo. Torna-se falante, ri, confundindo o protagonista:

"Que significava aquele desembaraço, aquele tom? O vestido de chita e o chinelo cara-de-gato, de repente, se me afiguraram um disfarce. Não era mais a filha do José da Estação, era uma menina da cidade em travesti de moça de roça. Minha expressão de surpresa devia parecer-lhe cômica, porque ela se pôs a rir, divertida."

Essa personalidade algo complexa, insinuante, delineada já no Capítulo II, mescla-se ao perfil idealista de Jerônimo, também anunciado desde seu primeiro momento na roça:

"[…] Súbito, pensei em Pequetita Novais, irônica, citadina, com um brilho de malícia nos grandes olhos verdes. Pensei em Pepa la Sevilhana, festiva, mercenária, pública. Uma ternura indefinível me invadiu, não apenas por aquela mocinha, mas também por todas as outras, pelo país afora, nos lugarejos apagados; todas as que, como Zuca, eram criadas nos arranjos da casa, sem vaidades, nem ambições, e amanhã seriam mães, educariam com a mesma simplicidade e para o mesmo fim outras brasileirinhas de cara redonda. Até eu não conhecia do Brasil senão a multidão do Rio, atormentada de dificuldades de dinheiro e do desejo incontentável de divertir-se. Pela primeira vez me pareceu doce o destino de viver obscuramente, acordando com o sol e dormindo com o recolher das galinhas, no ar livre dos campos, longe dos carnavais e dos cassinos."

O  romance trata com simplicidade a vida no campo, a realidade nas falas de seus habitantes, seus gostos nada sofisticados, o ar puro, o canto dos pássaros, a água cristalina do riacho, coisas que juntas trazem tranquilidade e uma felicidade interior muito grande.


O romance foi adaptado para a televisão em 1959, para extinta TV Rio, com Glauce Rocha, como Zuca e Sebastião Vasconcelos, como Jerônimo.

Vinte anos mais tarde em 1979, a TV Globo reapresentou a trama com Glória Pires e Fábio Jr, vivendo o casal principal.


Abertura 1979





 A história foi regrava mais uma vezem 2004, pela Globo, agora com Vanessa Giácomo e Daniel Oliveira vivendo Zuca e Jerônimo.



Abertura da telenovela de 2004




Fontes:

wikipedia.org
google.com
rodrigogurgel.com.br
linguagemviva.com
memoriaglobo.globo.com
youtube.com

terça-feira, 21 de março de 2023

Vamos falar da obra de Alexandre Dumas, O conde de Monte Cristo.





O Conde de Monte Cristo é um dos maiores clássicos da literatura francesa há mais de 150 anos. Alexandre Dumas também é o escritor do clássico "Os Três Mosqueteiros" que igualmente foi um grande sucesso mundial.



Alexandre Dumas



O livro gira em torno de Edmond Dantès, preso por um crime que não cometeu, Edmond é inspiração do romancista em uma história real, Pierre Picaud, um sapateiro preso injustamente num esquema político na época do Primeiro Império.

Edmond após anos preso sai em busca de vingança contra seus inimigos. Nessa aventura incrível escrita de forma meticulosa e detalhista, passamos a sentir todo o sofrimento do Edmond e gritamos assim como o personagem por justiça.



A história se inicia em Marselha (uma cidade portuária conhecida pelo comércio e imigração), e depois o foco central passa a ser em Paris (grande aristocracia). Edmond ao longo dos anos trama sua vingança de forma complexa e bem estruturada. Ele toma-lhe o lugar do Anjo Vingador e Recompensador, e assume diversos nomes e personalidades ao longo do livro para manipular pessoas e situações.

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1. Marselha —


A chegada No dia 28 de fevereiro de 1815, o vigia de Notre-Dame de la Garde avistou os três mastros do Pharaon, veleiro proveniente de Esmirna, Trieste e Nápoles. Como de praxe, um piloto-costeiro partiu imediatamente do porto, passou rente ao castelo de If e abordou a embarcação entre o cabo de Morgion e a ilha de Riou. Como de praxe também, não demorou para a plataforma do forte SaintJean ficar apinhada de curiosos; pois a chegada de um paquete é sempre um grande acontecimento em Marselha, sobretudo quando este paquete, como o Pharaon, foi construído, aparelhado e arrimado nos estaleiros da velha Fócida 1 e quando pertence a um armador da cidade. Enquanto isso, o brigue avançava. Atravessara com destreza o estreito que algum abalo vulcânico escavou entre a ilha de Calasareigne e a ilha de Jaros; dobrara Pomègue, e seguia em frente sob suas três velas da gávea, sua polaca e sua brigandina, mas tão lentamente e de modo tão triste que os curiosos, com o instinto que pressagia a desgraça, perguntavam-se que incidente poderia ter acontecido a bordo. Os peritos em navegação, porém, constatavam que, se porventura um incidente acontecera, não devia ter sido no corpo da embarcação, pois esta avançava nas perfeitas condições de um navio normalmente pilotado: a âncora estava no poço, os ovéns do gurupés, desenganchados; e, ao lado do piloto, que se preparava para manobrar o Pharaon pelo estreito acesso ao porto de Marselha, postava-se um moço de gestos rápidos e olhar irrequieto, que supervisionava cada movimento do paquete e repetia cada ordem do piloto. (Cap 1)


Edmond Dànte



Edmond Dantès, um audacioso mas ingênuo marinheiro de 19 anos, é preso sob falsa acusação de ser espião de Napoleão Bonaparte, em 1815, por ter ido à Ilha de Elba, e ter recebido uma carta do mesmo em seu exílio. Na verdade, era vítima de um complô entre três pessoas interessadas: o juiz de Villefort, filho do destinatário da carta de Napoleão, que, mesmo atestando sua inocência, quis silenciá-lo; seu amigo, Danglars, que desejava o posto de capitão do navio, já que Dantès recebeu o posto por mérito; Fernand Mondego, catalão interessado em Mercédès (noiva de Dantès), que invejava Dantès por ser o alvo de seu amor, tornando-se o futuro marido da catalã (que, porém, nunca o esqueceu).





Após 14 anos na prisão do Castelo de If, Edmond consegue fugir, angariando uma grande fortuna, devido a ajuda de um amigo, vizinho de cela, o abade Faria, um preso político que lhe indicou o local do tesouro do Cardeal Spada, além de tê-lo educado por vários anos sobre diversas artes e ciências (química, esgrima, línguas e história em geral).

Capítulo 20 

 cemitério do castelo de If

"Mas agora irão me esquecer aqui, e só sairei da minha masmorra como Faria. Ao dizer isso, contudo, Edmond ficou imóvel, os olhos esbugalhados, como um homem golpeado por uma ideia súbita, mas a quem essa ideia apavora; levantou-se de repente, levou a mão à testa como se fosse vítima de uma vertigem, deu duas ou três voltas ao redor da cela e voltou a parar diante da cama... — Oh, oh! — murmurou. — Quem me envia esse pensamento? Sereis vós, meu Deus? Já que apenas os mortos saem livremente daqui, ocupemos o lugar dos mortos. E sem se dar tempo de voltar atrás nessa decisão, como que para não dar chance ao pensamento de destruir aquela resolução desesperada, debruçou-se em direção ao saco hediondo, abriu-o com a faca que Faria fabricara, retirou o cadáver do saco, levou-o para sua cela, deitou-o em sua cama, vestiu-o com o farrapo de pano que ele próprio tinha o costume de usar, cobriu-o com sua coberta, beijou uma última vez aquela fronte gelada, tentou fechar aqueles olhos rebeldes, que insistiam em permanecer abertos, aterradores pela ausência de pensamento, girou a cabeça para a parede, de modo a que o carcereiro, ao trazer a refeição da noite, julgasse que ele estava deitado, como era seu hábito, voltou a entrar no túnel, puxou a cama para a muralha, entrou na outra cela, pegou no armário a agulha, a linha, tirou seus andrajos para que sentissem claramente a carne nua sob a lona, enfiou-se no saco rasgado, assumiu a postura do cadáver e fechou a costura por dentro. Se porventura alguém entrasse naquele momento, poderia ouvir seu coração batendo.''




 Mesmo não acreditando muito, Edmond investe na aventura e confirma a história de seu velho amigo de prisão, tornando-se milionário. Até lá, sobrevive trabalhando com piratas, incluindo Jacopo, marinheiro do navio "The Young Amelia". Junta ao seu séquito, o corso Bertuccio e a princesa grega, Haydée, cujo pai, o sultão Ali Paxá, foi destronado.

Anos depois, Edmond cria uma grande teia para se vingar dos seus inimigos, assumindo vários nomes: Lord Wilmore na Inglaterra; Simbad, na Itália, e também o misterioso abade Busoni. Salva a família de seu ex-patrão, Morrel, da miséria. Salva Albert, Visconde de Morcerf, filho de Mondego, agora Conde de Morcerf, de um sequestro em Roma, para se aproximar da sociedade parisiense. No papel de Conde de Monte-Cristo (o tradicional "nobre de toga" — noble de robe — da época, ou burguês que compra título de nobreza), é imediatamente reconhecido por Mercédès, criando divisões entre seus inimigos. Em sua vingança, provoca o seguinte :Faz com que Danglars, agora Barão, desmanche o noivado de sua filha Eugénie com Albert (do qual não se gostavam) para casar com o Marquês Andrea Cavalcanti. Danglars, com suas várias ações que faliram, foge para Roma, é capturado e passa um tempo sob cativeiro de Luigi Vampa, sendo depois perdoado por Monte-Cristo.





Mondego, oficial do exército francês, é julgado por má conduta e Haydée o acusa como testemunha. Desonrado, arruinado e abandonado pela família, suicida-se.
Cavalcanti é preso por falsa identidade (seu nome seria Benedetto) e uma série de crimes, e revela no tribunal que é o filho de Villefort, o que enlouquece o juiz, além da suposta morte da filha, Valentine.

A história não acaba sem Edmond juntar Valentine e Maximilien, filho de monsieur Morrel, na Ilha de Monte-Cristo, onde terá seu romance com a grega Haydée.

A obra foi levada ao teatro e por 10 vezes ao cinema, a primeira em 1918 e a última em 2002. Foi adaptado também como um seriado para a televisão, com Gérard Depardieu, interpretando Edmond Dantè.




Fontes:

ufmg.br
wikipedia.org
skoob.com.br
google.com
tvbrasil.ebc.com.br
apreciandoaleitura.com

sábado, 18 de março de 2023

 Vamos falar do filósofo alemão Max Weber.




"Karl Emil Maximilian Weber (1864 – 1920) foi um sociólogo, jurista e economista alemão. Nascido em uma família de posses liderada por um advogado, Weber foi educado com a rigidez da religião protestante e com o despertar do gosto pelo estudo e pelo trabalho. Quando ainda jovem, ele presenciou a unificação da Alemanha promovida pelo estadista Otto von Bismarck. (O Estado alemão ainda não existia. Existiam vários reinos de origem germânica independentes, e Bismarck promoveu uma política de integração desses reinos, formando a Alemanha tal como a conhecemos hoje.)"






Max Weber tornou-se conhecido pela “Teoria dos Tipos Ideais”. Foi um grande renovador das Ciências Sociais em vários aspectos, inclusive na metodologia: diferente dos precursores da sociologia, Weber compreendia que o método dessas disciplinas não poderia ser uma mera imitação dos empregados para as ciências físicas e naturais, uma vez que nos estudos sociais estão presentes indivíduos com consciência, vontade e intenções que precisam ser compreendidos.

Max Weber criou então o método dos “Tipos Ideais”, que descrevem a intencionalidade dos agentes sociais mediante casos extremos, puros e isentos de ambiguidades, uma vez que tais casos não estariam condizentes com a realidade.

Desse modo, estabeleceu os fundamentos do método de trabalho da “Sociologia Moderna”, uma base para se construir modelos teóricos centrados na análise e na discussão sobre conceitos rigorosos.

"Tendo sido precedido por outros dois grandes pensadores da área da Sociologia, Karl Marx e Émile Durkheim, Weber também tentou compreender as mudanças sociais que se desenvolviam no cerne das grandes cidades que viviam a Revolução Industrial. Por meio de estudos com base em observações empíricas, Weber identificou pontos centrais sobre os quais construiu conceitos-chave que serviram como base do restante de suas teorias."


Karl Max e Max Weber




Sua obra mais famosa são os dois artigos que compõem "A ética protestante e o espirito do capitalismo" com o qual começou suas reflexões sobre a sociologia da religião argumentou que a religião era uma das razões não exclusivas do porquê as culturas do Ocidente e o do Oritente se desenvolveram de formas diversas, e salientou a importância de algumas características específicas do protestantismo  ascético, que levou ao nascimento do capitalismo, da burocracia e do  estado racional e legal nos países ocidentais. Em outro trabalho importante, "A política como vocação", Weber definiu o Estado como "uma entidade que reivindica o monopólio do uso legítimo da força física", uma definição que se tornou central no estudo da moderna ciência política no Ocidente. Em suas contribuições mais conhecidas são muitas vezes referidas como a "Tese de Weber".


A ética protestante e o espírito do capitalismo




Weber acredita que o materialismo histórico é extremamente importante. Mas diferente de Marx, sugere que sua aplicabilidade é condicionante e não determinante como no viés de Marx. Assim, Weber critica o marxismo dizendo que ele está muito preso na economia, ou seja, a economia determina as condições sociais, políticas e culturais. Para Weber a economia não é tão determinista, a economia também pode sofrer algum tipo de influência, não é apenas a economia que determina.

Weber quer pensar o capitalismo de acordo com suas influências na questão social e cultural, como uma ética profissional o capitalismo vai racionalizando a vida de acordo com suas funções, ou seja, nesse caso o materialismo histórico seria condicional e não determinante,



Fontes:

wikipedia.org
google.com
brasilescola.uol.com.br
ebiografia.com
pragmatismopolitico.com.br

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...