segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Olá, pessoal !


Hoje vamos falar dos fenômenos fonéticos na língua portuguesa.

Em primeiro lugar vamos definir o que é fonética.

Fonética é o ramo da Linguística que estudo a emissão dos sons pelo aparelho fonador.

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Funcionamento:



O ar é expelido dos pulmões por via dos brônquios, penetra na traqueia e chega à laringe. É a abertura entre duas pregas musculares das paredes superiores da laringe, conhecidas com o nome de cordas vocais. O fluxo de ar pode encontrá-la aberta ou fechada. Se estiver aberta, o ar força a passagem através das cordas vocais retesadas, fazendo-as vibrar e produzir o som musical característico das articulações sonoras. Se estiver fechada, relaxada as cordas vocais, o ar se escapa sem vibrações da laringe e as articulações produzidas, denominam-se surdas.O fluxo de ar pode encontrá-la fechada ou aberta, em virtude de estarem aproximados ou afastados os bordos das pregas vocais.



Fenómenos Fonéticos



1- Queda ( retira-se uma letra)

espiscopu > bispo -   aférese (queda de uma letra no início da palavra)


Manu > maÜs > mãos  -  síncope (queda de uma letra no meio da palavra) 


Plenum > pleno -    apócope (queda de uma letra no fim da palavra)






2- Adição (acrescenta uma letra)

scribere > escrever -  prótese (acrescenta-se uma letra no início da palavra)


Humile > humilde -  epêntese (acrescenta-se uma letra no meio da palavra)


Ante_ > antes -  paragoge (acrescenta-se uma letra no fim da palavra)






3- Transformação ou Permatura 

feria > feira  metátese (mudança de lugar de um som dentro da sílaba ou da palavra)


ànostru > nosto > nosso à assimilação (um som, por influência de outro q lhe é vizinho, torna-se igual ou semelhante)


àliliu > lírio -  dissimilação (sons iguais ou semelhantes tornam-se diferentes)


àocto > oito  vocalização (transformação de uma consoante em vogal)


à sonorização (transformação de uma consoante surda em sonora)

àlacu > lagu (c > g)

Lupu > lobo (p > b)

Totu > todo (t > d)


àlana > lãa > lã à nasalação (uma vogal oral passa a nasal, por influência de um som próximo –m e -n)


àluna > lÜa > lua à desnalação (perda da qualidade nasal de um som, q assim se torna oral)




Cl 

clamare > chamar 

palatalização (quando a língua toca o palato "céu da boca" alterando a palavra não palatal). Em algumas regiões do país as consoantes t e d são pronunciadas como palatais.
Ex: tio (tsiw) dia (dzia)


Fl - CH

flamma > chama


Pl - CH

plumbu > chumbu


Ni 

nh 

ciconia > cegonha


Li 

lh 

filiu > filho


Di 


hodie > hoje


àpede > pee > pé à contração-crase (duas vogais iguais passa, a uma só)


àlege > lee > lei à contracção-sinérese (contracção de duas vogais num ditongo)



 




O caso da pronúncia do b e do v.




Como ensina Said Ali em sua “Gramática histórica”, “ao constituir-se o idioma português, a oclusiva b do latim clássico, vindo em posição intervocálica, pronunciava-se como constritiva [v]. Este fato é atestado pelos vocábulos dever(de debere), haver (de habere), trave (de trabe), fava (de faba), escrever (de scribere)…”.



Modo de articulação: é a forma pela qual as consoantes são articuladas. Quanto ao modo de articulação, as consoantes podem ser oclusivas ou constritivas. 

a- Nas oclusivas existe um bloqueio total do ar.

b- Nas constritivas existe um bloqueio parcial do ar.


2- Ponto de articulação: é o lugar onde a corrente de ar é articulada (lábios, dentes, palato...). De acordo com o ponto onde é articulada, as consoantes são classificadas em: 





Zonas de articulação:
1. Exo-labial, 2. Endo-labial, 3. Dental, 4. Alveolar, 5. Pós-alveolar, 6. Pré-palatal, 7. Palatal (palato duro), 8. Velar (palato mole), 9. Uvular, 10. Faríngea, 11. Glotal, 12. Epiglotal, 13. Radical, 14. Pós-dorsal, 15. Pré-dorsal, 16. Laminal, 17. Apical, 18. Subapical



a - bilabiais- lábios + lábios. Fonemas p/b/m
 Ex:  bola, pato, macaco.
Ao pronunciar as palavras acima, notamos que as mesmas são articuladas pela junção dos nosso lábios.

b- labiodentais- lábios + dentes superiores. Fonema f/v

Ex: faca, vaca

Para articular as palavras acima, juntamos o lábio inferior com os dentes superiores.

c- linguodentais- língua + dentes superiores. Fonemas t/d

Ex: tapete, dente

Para articularmos essas palavras, usamos a língua atingindo os dentes superiores.

d- alveolares- língua + alvéolos dos dentes. Fonemas s/z/r/l

Ex: sapo, zero, rato, longe

As palavras acima são articuladas nos alvéolos, ou seja próximo do céu da boca

e- palatais- dorso do língua + céu da boca. Fonemas x/j/lh/nh.

Ex: xarope, jogar, palha, apanhar.



f- velares- parte superior da língua + palato mole.

Por fim os sons que se articulam próximos da garganta k/g/rr

Ex: kibon, gato, arranhar

Houve outras palavras, anota o gramático, em que a troca inicial de b por v acabou revertida. Foi assim que as formas bêvado, avorrecer e távoa, que foram usadas até o século XVI, deram lugar, respectivamente, a “bêbado”, “aborrecer” e “tábua”.

Os termos “bassoura” (de versoria) e “barrer” (de verrere) não se enquadram exatamente no padrão acima, uma vez que o v já existia nas palavras latinas que lhes deram origem. Ocorre que o trânsito de mão dupla entre v e b na língua portuguesa não demorou a adquirir dinâmica própria.


Há outros casos em que se admite, ainda hoje, empregar as duas formas. Por exemplo: “vasco” é uma versão não preferencial de “basco”; “basculhar”, uma variante menos usada de “vasculhar”. Nenhuma delas, porém, é condenada pelos lexicógrafos.


O caso mais presente na língua contemporânea parece ser o do par “assobio” e “assovio”, em que o primeiro, mesmo tido como preferencial, ainda tem trabalho para competir com o segundo pelos favores dos falantes.

Em palavras como tábua (tauba) perguntar (preguntar) flecha (frecha), temos o fenômeno da metátese.
Embora sejam imprecisões da linguagem escrita, na língua falada esses fenômenos são tidos como "menor esforço" de articulação, que nada mais é que a facilitação de articular uma palavra de forma mais simples.





Fontes:
notapositiva.com
pt.slideshare.net
veja.abril.com.br
wikipedia.org
portugues.uol.com.br
educacao.uol.com.br
paulohernandes.pro.br



























































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