Olá, pessoal !
Hoje vamos falar dos fenômenos fonéticos na língua portuguesa.
Em primeiro lugar vamos definir o que é fonética.
Fonética é o ramo da Linguística que estudo a emissão dos sons pelo aparelho fonador.
Funcionamento:
O ar é expelido dos pulmões por via dos brônquios, penetra na traqueia e chega à laringe. É a abertura entre duas pregas musculares das paredes superiores da laringe, conhecidas com o nome de cordas vocais. O fluxo de ar pode encontrá-la aberta ou fechada. Se estiver aberta, o ar força a passagem através das cordas vocais retesadas, fazendo-as vibrar e produzir o som musical característico das articulações sonoras. Se estiver fechada, relaxada as cordas vocais, o ar se escapa sem vibrações da laringe e as articulações produzidas, denominam-se surdas.O fluxo de ar pode encontrá-la fechada ou aberta, em virtude de estarem aproximados ou afastados os bordos das pregas vocais.
Fenómenos Fonéticos
1- Queda ( retira-se uma letra)
espiscopu > bispo - aférese (queda de uma letra no início da palavra)
Manu > maÜs > mãos - síncope (queda de uma letra no meio da palavra)
Plenum > pleno - apócope (queda de uma letra no fim da palavra)
2- Adição (acrescenta uma letra)
scribere > escrever - prótese (acrescenta-se uma letra no início da palavra)
Humile > humilde - epêntese (acrescenta-se uma letra no meio da palavra)
Ante_ > antes - paragoge (acrescenta-se uma letra no fim da palavra)
3- Transformação ou Permatura
feria > feira metátese (mudança de lugar de um som dentro da sílaba ou da palavra)
ànostru > nosto > nosso à assimilação (um som, por influência de outro q lhe é vizinho, torna-se igual ou semelhante)
àliliu > lírio - dissimilação (sons iguais ou semelhantes tornam-se diferentes)
àocto > oito vocalização (transformação de uma consoante em vogal)
à sonorização (transformação de uma consoante surda em sonora)
àlacu > lagu (c > g)
Lupu > lobo (p > b)
Totu > todo (t > d)
àlana > lãa > lã à nasalação (uma vogal oral passa a nasal, por influência de um som próximo –m e -n)
àluna > lÜa > lua à desnalação (perda da qualidade nasal de um som, q assim se torna oral)
Cl
clamare > chamar
palatalização (quando a língua toca o palato "céu da boca" alterando a palavra não palatal). Em algumas regiões do país as consoantes t e d são pronunciadas como palatais.
Ex: tio (tsiw) dia (dzia)
Ex: tio (tsiw) dia (dzia)
Fl - CH
flamma > chama
Pl - CH
plumbu > chumbu
Ni
nh
ciconia > cegonha
Li
lh
filiu > filho
Di
j
hodie > hoje
àpede > pee > pé à contração-crase (duas vogais iguais passa, a uma só)
àlege > lee > lei à contracção-sinérese (contracção de duas vogais num ditongo)
O caso da pronúncia do b e do v.
Como ensina Said Ali em sua “Gramática histórica”, “ao constituir-se o idioma português, a oclusiva b do latim clássico, vindo em posição intervocálica, pronunciava-se como constritiva [v]. Este fato é atestado pelos vocábulos dever(de debere), haver (de habere), trave (de trabe), fava (de faba), escrever (de scribere)…”.
Modo de articulação: é a forma pela qual as consoantes são articuladas. Quanto ao modo de articulação, as consoantes podem ser oclusivas ou constritivas.
a- Nas oclusivas existe um bloqueio total do ar.
b- Nas constritivas existe um bloqueio parcial do ar.
2- Ponto de articulação: é o lugar onde a corrente de ar é articulada (lábios, dentes, palato...). De acordo com o ponto onde é articulada, as consoantes são classificadas em:
Zonas de articulação:
1. Exo-labial, 2. Endo-labial, 3. Dental, 4. Alveolar, 5. Pós-alveolar, 6. Pré-palatal, 7. Palatal (palato duro), 8. Velar (palato mole), 9. Uvular, 10. Faríngea, 11. Glotal, 12. Epiglotal, 13. Radical, 14. Pós-dorsal, 15. Pré-dorsal, 16. Laminal, 17. Apical, 18. Subapical
a - bilabiais- lábios + lábios. Fonemas p/b/m
Ex: bola, pato, macaco.
Ao pronunciar as palavras acima, notamos que as mesmas são articuladas pela junção dos nosso lábios.
Ex: bola, pato, macaco.
Ao pronunciar as palavras acima, notamos que as mesmas são articuladas pela junção dos nosso lábios.
b- labiodentais- lábios + dentes superiores. Fonema f/v
Ex: faca, vaca
Para articular as palavras acima, juntamos o lábio inferior com os dentes superiores.
Ex: faca, vaca
Para articular as palavras acima, juntamos o lábio inferior com os dentes superiores.
c- linguodentais- língua + dentes superiores. Fonemas t/d
Ex: tapete, dente
Para articularmos essas palavras, usamos a língua atingindo os dentes superiores.
Ex: tapete, dente
Para articularmos essas palavras, usamos a língua atingindo os dentes superiores.
d- alveolares- língua + alvéolos dos dentes. Fonemas s/z/r/l
Ex: sapo, zero, rato, longe
As palavras acima são articuladas nos alvéolos, ou seja próximo do céu da boca
Ex: sapo, zero, rato, longe
As palavras acima são articuladas nos alvéolos, ou seja próximo do céu da boca
e- palatais- dorso do língua + céu da boca. Fonemas x/j/lh/nh.
Ex: xarope, jogar, palha, apanhar.
Ex: xarope, jogar, palha, apanhar.
f- velares- parte superior da língua + palato mole.
Por fim os sons que se articulam próximos da garganta k/g/rr
Ex: kibon, gato, arranhar
Por fim os sons que se articulam próximos da garganta k/g/rr
Ex: kibon, gato, arranhar
Houve outras palavras, anota o gramático, em que a troca inicial de b por v acabou revertida. Foi assim que as formas bêvado, avorrecer e távoa, que foram usadas até o século XVI, deram lugar, respectivamente, a “bêbado”, “aborrecer” e “tábua”.
Os termos “bassoura” (de versoria) e “barrer” (de verrere) não se enquadram exatamente no padrão acima, uma vez que o v já existia nas palavras latinas que lhes deram origem. Ocorre que o trânsito de mão dupla entre v e b na língua portuguesa não demorou a adquirir dinâmica própria.
Há outros casos em que se admite, ainda hoje, empregar as duas formas. Por exemplo: “vasco” é uma versão não preferencial de “basco”; “basculhar”, uma variante menos usada de “vasculhar”. Nenhuma delas, porém, é condenada pelos lexicógrafos.
O caso mais presente na língua contemporânea parece ser o do par “assobio” e “assovio”, em que o primeiro, mesmo tido como preferencial, ainda tem trabalho para competir com o segundo pelos favores dos falantes.
Em palavras como tábua (tauba) perguntar (preguntar) flecha (frecha), temos o fenômeno da metátese.
Embora sejam imprecisões da linguagem escrita, na língua falada esses fenômenos são tidos como "menor esforço" de articulação, que nada mais é que a facilitação de articular uma palavra de forma mais simples.
Fontes:
notapositiva.com
pt.slideshare.net
veja.abril.com.br
wikipedia.org
portugues.uol.com.br
educacao.uol.com.br
paulohernandes.pro.br
educacao.uol.com.br
paulohernandes.pro.br
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