Olá, pessoal !
Hoje vamos falar da peça "O rei da vela" de Oswald de Andrade.
Escrita em 1933, só foi publicada em 1937. Só foi encenada, porém 30 anos depois, devido às dificuldades de sua encenação.
Logo após a grande depressão da bolsa de Nova York em 1929, a peça abrange o empobrecimento de muitas pessoas com a recessão.
A obra O Rei da Vela foi escrita por Oswald de Andrade em 1933, mas a sua estreia ocorreu somente em 1967, nesta produção do Teatro Oficina. Encenada durante a revolução cultural do final dos anos 60 e no limiar do AI-5 de1968 – o período mais violento da ditadura brasileira –, ela tornou-se um símbolo para o movimento da contracultura. A casa de teatro do Oficina tinha sido destruído por um incêndio em 1966 e, buscando uma peça que pudesse simbolizar uma nova fase, a companhia decidiu que essa obra de vanguarda do dramaturgo brasileiro lhes oferecia os elementos necessários para refletir a crise do seu momento cultural e histórico. Uma fábula sobre um fabricante de velas e credor, sob a pressão de empréstimos para o imperialismo norte-americano, a obra retrata a condição de subdesenvolvimento do país, alvo de uma mentalidade autoritária, construída com base em superficialidades. Com elementos visuais fortes e agressivos de Hélio Eichbauer e uma canção de Caetano Veloso, esta produção tornou-se uma referência para diversos artistas que formaram o Movimento Tropicália, influenciando a música, o cinema, as artes plásticas e a literatura.
Dina Sfat
A peça dirigida por Zé Celso, teve a participação de Renato Borghi, Zé Celso, Marcelo Drummond, Sylvia Prado, Camila Mota. Tulio Starling. Ricardo Bittencourt, Vera Barreto Leite, Regina França, Roderick Himeros, Elcio Seixas, Joana Medereiros, Danielle Rosa e Tony Reis.
Trecho da peça, com Renato Borghi, José Wilker e Ester Góes
SINOPSE
No escritório de usura de Abelardo & Abelardo, o protagonista Abelardo I (Renato Borghi e Marcelo Drummond), banqueiro, agiota, o Rei da Vela, com seu domador de feras, o empregado socialista Abelardo II (Túlio Starling) subjugam clientes numa jaula – devedores, impontuais, protestados… Burguês, Abelardo faz um negócio para a compra de um brasão: casar com Heloísa de Lesbos (Sylvia Prado) que se negocia como valiosa mercadoria para manutenção da família, falida pela crise do café, no seleto grupo dos 5% da elite. Abelardo I, submisso ao capital estrangeiro do Americano (Elcio Nogueira Seixas), no terceiro ato leva um golpe de Abelardo II, que o sucede na manutenção da usura do capital.
A peça faz uma crítica à sociedade da época, em plena ditadura militar, ataca a burguesia, e a exploração do capital.
Foi encenada, pela primeira vez no Teatro Oficina de São Paulo, depois foi levada para o Rio, no teatro João Caetano e outros estados do Brasil, sendo encenada até na Europa.
Na diversas montagens que se seguiram, outros atores e atrizes consagrados fizeram parte do elenco, como Dina Sfat, Dirce Migliaccio, Esther Góes, Etty Fraser, Henriquieta Brieba, Liana Duval, Otávio Augusto, Othon Bastos, dentre outros.
Nos cinquenta anos da primeira exibição o teatro Oficina reapresenta a peça em S.Paulo, ainda com Zé Celso, como diretor e ator e Renato Borghi, do elenco original.
Danilo Santos de Miranda, Zé Celso e Renato Borghi
Teatro Oficina
- Fontes:
- wikipedia.org
- hemisphericinstitute.org
- memorialdademocracia.com.br
- teatroficina.com.br
- enciclopedia.itaucultural.org.br
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