domingo, 17 de dezembro de 2017

Olá, pessoal !


Hoje vamos falar de Tenório Cavalcanti, o homem da capa preta.

Natalício Tenório Cavalcanti, era a personificação do que chamamos de caudilho.

Adorado pela população da Baixada Fluminense, cercado de seguranças, agia na região de Duque de Caxias no Rio de Janeiro como se fosse um líder supremo, acima das leis vigentes e das autoridades constituídas.

Era o chamado "manda-chuva" a quem todos deviam obediência, e não respeitava nada que não fosse a sua própria vontade.

Nasceu no município de Palmeiras dos Índios (AL_ em 27 de setembro de 1906, do lado pobre da família, seus pais eram produtores rurais e vivam com dificuldades.



Tenório Cavalcanti comandou o império do terror na Baixada ...






Em 1926, com muito pouco dinheiro, transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Trazia uma carta de apresentação de seu padrinho, a qual, no entanto, pouco o auxiliou. Hospedado em pensões humildes ou em casas de parentes no subúrbio, trabalhou como lavador de garrafas na cervejaria Brahma, servente, copeiro e ajudante de enfermeiro no Hospital dos Marítimos, garçom de pensão, porteiro de hotel, empregado em loja de roupas e motorista de caminhão. Ao mesmo tempo, matriculou-se no Ginásio Guanabara.



Em 1927 ocorreu o fato que determinou o rumo de sua vida: foi convidado a administrar uma fazenda em Duque de Caxias, à época parte do município de Nova Iguaçu (RJ). O proprietário das terras, Edgar de Pinho, era cunhado de Otávio Mangabeira, então ministro das Relações Exteriores, e necessitava substituir um empregado assassinado em conflito pela posse e demarcação das glebas. Na ocasião, a construção da rodovia Rio-Petrópolis, cruzando o território caxiense, provocava a valorização dos terrenos, em boa parte ainda não saneados e cobertos de pântanos. Consta que Tenório teria prestado ajuda à construção da estrada, fornecendo materiais.

Como administrador da fazenda, Tenório envolveu-se em sucessivos choques armados, com saldo freqüente de mortes e feridos, e viu prosperar sua fama de pistoleiro de boa pontaria. Acusado de envolvimento em tiroteios, conheceu nesse período sua primeira prisão, em Petrópolis (RJ), tendo sido libertado por força de habeas-corpus.





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Pela mão do político local Getúlio de Moura — mais tarde deputado federal e seu adversário — filiou-se à União Progressista Fluminense (UPF), em cuja legenda elegeu-se em 1936 vereador à Câmara Municipal de Nova Iguaçu, representando o distrito de Duque de Caxias.




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Sua indefectível capa preta e a metralhadora "lurdinha" símbolos de sua autoridade e marcas de sua brutalidade.



Ao longo desse período esteve envolvido em tiroteios que produziram grande número de vítimas, provocados, segundo afirmaria mais tarde, a mando do delegado Joaquim Façanha, adversário político que derrotara nas eleições. Num desses entreveros, foi atingido por vários tiros e hospitalizado. Antes, contudo, matou seu atacante. Pouco tempo depois, o delegado Façanha foi assassinado no interior de um trem e Tenório, acusado do crime, recolhido à Casa de Detenção. Novamente beneficiado por um habeas-corpus, refugiou-se em Alagoas.



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De volta ao Rio, deparou-se com nova ordem de prisão, sendo recolhido à penitenciária de Niterói, onde passou 42 dias. Libertado, reinstalou-se em Duque de Caxias, retomando sua trajetória pontilhada de choques armados e episódios de violência. Atribuía esses conflitos a Ernâni Amaral Peixoto, interventor federal no estado do Rio durante todo o Estado Novo (1937-1945), e ao secretário de Segurança Agenor Barcelos Feio. Em diversas ocasiões, afirmou que as cicatrizes de bala — mais de 40 — distribuídas por seu corpo haviam sido obra dos “pistoleiros do senhor Amaral Peixoto”. O antagonismo entre Tenório e o interventor foi duradouro, e marcou a política fluminense, especialmente na década de 1950.

Foi acusado do assassinato do delegado Albino Imparato, convocado para acabar com o poder do Home da Capa Preta na Baixada Fluminense.

Imparato foi atingido por rajada de metralhadora dentro de seu carro no centro do Rio de Janeiro.

Cercado de muito folclore, alguns mera invenções outras nem tanto, como da vez que já como deputado federal em Brasília atacava da tribuna o presidente do Banco Central da época, o qual foi defendido veemente pelo então jovem deputado da Bahia, Antonio Carlos Magalhães.

No calor da discussão A.C.M. o chamou de protetor de bandidos e ladrão. Tenório sacou uma arma e apontou para o deputado baiano, que dizem, urinou nas calças dizendo para atirar.


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Ambos foram contidos por seguranças da Casa Parlamentar, mas o episódio passou para os livros de História.

Outra vez conta-se que o sensacionalista jornalista Flávio Cavalcanti, tido como muito duro em entrevistas com artistas e políticos, foi entrevistá-lo para um programa de TV.

Chegando na fortaleza de Tenório em Duque de Caxias, esse mandou trancar a casa com o jornalista e equipe dentro, e dizem que as perguntas  foram bem amáveis e suaves para o entrevistado.

Outra história que é atribuída a ele, é que depois do golpe militar de 64,  teria abrigado o hoje senador José Serra e Marcelo Cerqueira, então presidente e vice presidentes da U.N.E., União Nacional de Estudantes em sua fortaleza em Duque de Caxias.


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Baseado na sua história o ator José Wilker viveu o personagem no filme "O homem da capa preta". Filme de Sérgio Rezende de 1986.

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Depois do golpe militar de 1964, Tenório teve seus direitos 

políticos cassado, ficando então mais restrito à sua região e 

sua casa.



Tinha perdido grande parte do poder, e só o que ficara era a 

lenda a respeito de seu nome.





Morreu de pneumonia em 5 de maio de 1987.



Fontes:

wikipedia.org
youtube.com
odia.ig.com.br
infoescola.com.br
google.com.br
forum.outerspace.com.br
desmanipulador.blogspot.com.br
congressoemfoco.uol.com.br


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