domingo, 10 de dezembro de 2017

Olá, pessoal !



Hoje vamos falar de um fato importante do período colonial do Brasil, a Confederação dos Tamoios.




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Quando começamos a aprender a História do Brasil, e principalmente a História do descobrimento do Brasil e de sua colonização pelos portugueses, muitas vezes, nos dá a impressão de uma harmonia entre os primitivos habitantes da terra e seus invasores.

Palavras como descobrimento soam meio estranhas uma vez que o país já era habitado anteriormente. Na própria carta de Caminha a palavra usada era "achamento".


"Senhor: Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que ora nesta navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que — para o bem contar e falar — o saiba pior que todos fazer. Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade. "


O próprio tratamento dado pelos portugueses de "gentios" aos índios brasileiros, palavra que se originou do latim (gentilis) pertencente a uma família ou a uma nação; nos dá um significado de amabilidade, de doçura, e de complacência conformista com a dominação europeia, fato que, absolutamente não era verdadeiro.


  




A Confederação dos Tamoios foi uma revolta pelas nações indígenas Tupinambá, Tupiniquins, Aimorés e Temiminós, entre os anos de 1556 e 1567 e se estendia de Bertioga em São Paulo até Cabo Frio no Rio de Janeiro.


A revolta foi contra a escravização dos índios para extração do pau-brasil, a usurpação de suas terras, suas mulheres, seu modo de vida.

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Quando João Ramalho, português, se casou com Bartira, filha do cacique Tibiriçá cacique da tribo dos Guainases, da grande nação Tupiniquim, ele passou a fazer parte da tribo.

João Ramalho e Bartira



Com essa aliança os índios da tribo de Tibiriçá passaram a apoiar os portugueses. atacaram os tupinambás para escravizá-los dentre eles o cacique da tribo Caiçuru, que mais tarde morreu devido aos maus tratos recebidos.






O filho dele, Aimberê, assumiu a tribo e declarou guerra aos portugueses e aos guaianases.

Aimberê assumiu o comando de sua tribo, declarando, em seguida, guerra aos portugueses e aos guaianases. Aimberê se reuniu com os chefes de outras tribos tubinambás, Pindobuçu, Koakira e Cunhambembe, a fim de fortalecer a batalha. Assim, estava formada a Confederação dos Tamoios ou a Confederação dos Tamuya, cujo significado é “o mais antigo”.



Em 1562 aconteceu o terrível conflito entre os portugueses e seus aliados contra uma aliança formada pelos Tamoios, Guaianazes, Tupis e Carijós. O cerco à vila de São Paulo, que se deu em um dia 9 de julho, na região hoje conhecida como "Páteo do Colégio" foi a principal contribuição de Ramalho à São Paulo, afinal, graças à sua bravura e sua influência, conseguiu defender o povoado do ataque indígena.

O famoso cacique Tibiriçá viria a falecer nesse mesmo ano e, em homenagem à sua bravura e cooperação, seus restos se encontram, até hoje, na cripta da Catedral da Sé. João Ramalho morreu em 1580, em avançada idade. É o fundador da dinastia de mamelucos que, no século seguinte, terá lugar de destaque na empreitada comercial-militar conhecida como “bandeira”.

Nessa mesma época, os franceses de Villegaignon estavam chegando ao Rio de Janeiro para colonizar e, para conseguir combater os portugueses, se uniram aos Cunhambembe oferecendo armas. Mas houve uma epidemia que matou inclusive o chefe da Confederação, Cunhambebe, e enfraqueceu a revolta. Aimberê, que havia se tornado chefe com a morte de Cunhambebe, deu continuidade ao conflito e conseguiu mais uma aliança com o líder Tibiriçá. Mas este acabou se mostrando fiel aos portugueses e dizimou boa parte da tribo dos guaianases.






Com a intermediação dos jesuítas  José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, foi firmada uma trégua entre os combatentes, chamada de "armistício de Iperó-ig, onde os portugueses foram obrigados a libertar todos escravos indígenas.

A quebra do armísticio ocorreu em 1567, quando Estácio de Sá chegou, que pôs fim ao conflito com a expulsão dos franceses e dos tamoios.

Existem hoje homenagens aos Tamoios, como a Rodovia dos Tamoios, no litoral Norte de São Paulo, e ruas no bairro das Perdizes como Iperoig, Aimberê, e mesmo rua Caraíbas.

O poeta Gonçalves Dias escreveu o poema "Canção dos Tamoios"

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Fontes:
wikipedia.org
infoescola.com
priberam.pt
saopauloinfoco.com.br
herberthistoria.blogspot.com.br
objdigital.bn.br

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