quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Olá, pessoal !


Hoje vamos falar de Leila Diniz.


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Leila Roque Diniz (1945-1972) nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, no dia 25 de março de 1945. Filha do bancário Newton Diniz e da professora de Educação Física, Ernestina Roque após a separação dos pais, foi morar com seus avós. Rebelde, fugiu de casa com 14 anos indo marar na casa de uma tia. Começou a trabalhar com 15 anos, como professora de escola primária com turmas do maternal e do jardim de infância.

Com 17 anos, conheceu o cineasta Domingos de Oliveira, ficando casada até 1965. Nessa época, trabalhou como modelo de propaganda e depois atuou em peças de teatro infantil como “Em Busca do Tesouro”. Em 1963, trabalhou como corista em um show de Carlos Machado. Trabalhou também nos filmes “O Mundo Alegre de Helô” e “Jogo Perigoso”. Em 1964, atuou no teatro em “O Preço de Um Homem”, com Cacilda Becker.  Em 1965, casou-se com o cineasta Ruy Guerra. Começou sua carreira na TV e atuou em diversas novelas.
Em 1966 estrelou no filme “Todas as Mulheres do Mundo”, dirigido por Domingos de Oliveira, que fez um grande sucesso de público e crítica. Recebeu o Prêmio Air France de Melhor Atriz de 1967. Na época afirmou “O sucesso assusta, mas também abre o apetite”. Em seguida atuou nas novelas, “A Rainha Louca” (1967), “O Direito dos Filhos” (1968) e nos filmes, “Fome de Amor” (1968) e “Edu Coração de Ouro” (1969), entre outros.


Em 1969, época de censura e repressão, Leila Diniz deu diversas entrevistas e passou a ser vista como mais uma vedete que abusava dos palavrões para ser notada. No dia 15 de novembro de 1969, quando o jornal “O Pasquim” publicou sua célebre entrevista, as páginas estavam repletas de asteriscos, nos palavrões que a censura havia suprimido. Na entrevista, a atriz fala de sua opinião sobre amor e sexo, escandalizando a sociedade.

Capa d'O Pasquim com Leila Diniz - os símbolos no titulo aludem aos palavrões que falou na entrevista; ao que não podia ser publicado
Essa entrevista no Pasquim foi o estopim da"censura prévia" em todas as publicações, de jornais, livros, e revistas. A partir daquela data, todas as publicações tinham quem passar antes pelo crivo da censura federal. 


A lei  1077 passou a ser conhecida como Lei Leila Diniz.



Betty Faria beija Leila Diniz na praia em foto de 1969
Famosa foto de 1969, na praia de Ipanema, Leila dando um selinho na atriz Betty Faria

Nesse mesmo ano, Leila reabilitou o gênero mais popular, o teatro de revista, quando vestida de Carmem Miranda, brilhou na divertida e picante apresentação de "Tem Banana na Banda”, que improvisou textos de Millôr Fernandes, Luiz Carlos Maciel, José Wilker e Oduvaldo Viana Filho. Recebeu de Virgínia Lane o título de Rainha das Vedetes.

Leila quando aderiu ao teatro de revista e virou vedete

No final de 1970, grávida de sua primeira filha, foi fotografada usando um reduzido biquíni, passeando nas areias da praia de Ipanema, o que provocou um choque para a sociedade conservadora da época. No carnaval de 1971, foi eleita Rainha da Banda de Ipanema. Em julho de 1971, inaugurou uma loja de roupas em Ipanema, e afirmou: “Queria trabalhar sem me cansar muito”.

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No dia 19 de novembro de 1971 nasceu Janaína Diniz Guerra, sua tão sonhada filha. Depois de três meses de reclusão, no carnaval de 1972, Leila já estava desfilando na escola de samba Império Serrano. Logo depois, estreou no espetáculo de teatro de revista, “Vem de Ré”, seu último show. 
Em junho de 1972, Leila foi para a Austrália, junto com a delegação brasileira para uma premiação no festival de cinema de Melbourne. Com saudade da filha, então com sete meses, voltou mais cedo para casa, pegou um avião da Japan Airlines que caiu na Índia, sem deixar sobreviventes.
Leila Diniz faleceu em Nova Deli, na Índia, no dia 14 de junho de 1972.

Janaína ficou sob os cuidados da atriz Marieta Severo e do cantor e compositor Chico Buarque, até que o pai dela, Ruy Guerra se refizesse da perda da esposa e pudesse ficar com Janaína.

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Leila foi uma mulher diferente para o seu tempo, amada e odiada. Muitas mulheres queriam ser Leila Diniz, faltava, entretanto, ter a sua inconsequência ingênua, sua espontaneidade e sua vontade de viver.


Fontes:
wikipedia.org
ebiografia.com/leila_diniz
youtube.com
revistatrip.uol.com.br










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