quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Ola, pessoal !


Hoje 7 de setembro comemoramos 195 anos de nossa independência.

Os sonhos de liberdade dos brasileiros vinham de longa data.Os EUA tinha obtido a sua em 04 de julho de 1776, e os ideais de fraternidade, liberdade e igualdade (liberté, egualité fraternité) oriundos da Revolução Francesa e seus preceitos iluministas influenciavam os brasileiros na independência de Portugal.



A Inconfidência ou conjuração mineira de 1789, que consistia na revolta contra a exploração de Portugal. Foi uma das primeiras revoltas abortada violentamente pelo governo português. 
Tiradentes, um dos seus líderes, foi enforcado.

Outra revolta que se seguiu foi a Conjuração baiana de 1798, ou revolta dos alfaiates que se insurgiram contra os elevados valores cobrados dos alimentos e produtos essenciais, o principal líder da revolta foi Cipriano Barata, além de pessoas do povo, alfaiates e outros comerciantes, também fortemente combatida pelo governo português.


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Quatro de seus líderes foram enforcados.

Apesar de terem fracassadas,  essas revoltas serviam como esboço de uma emancipação da Coroa portuguesa.

O Brasil de 1822 era um  país onde dois em cada três habitantes eram escravos ou negros e pardos, 99 % da população era analfabeta. 

Faltava dinheiro para formar um exército, comprar armas, e navios para travar uma guerra contra Portugal.

As desigualdades  sociais eram enormes, uma pequena parcela da sociedade era composta por ricos.

Seria necessário uma reforma agrária, com as  terras improdutivas, a libertação dos escravos, a diminuição das diferenças sociais.

Nossa independência deu-se mais por divergência dos próprios portugueses, do que de uma revolta dos brasileiros.

Nossa independência deu-se sem guerras e conflitos e foi declarada pelo príncipe D.Pedro I, que era membro da corte de Portugal.

Em 09 de janeiro de 1822, D.Pedro se negou a cumpri ordens de seu pai D.João VI e retornar à Portugal, episódio que ficou conhecido como"O dia do Fico".

Dessa forma, o Brasil de 1822 triunfou mais pelas suas fragilidades do que pelas suas virtudes. Os riscos do processo de ruptura com Portugal eram tantos que a pequena elite brasileira, constituída por traficantes de escravos, fazendeiros, senhores de engenho, pecuaristas, charqueadores, comerciantes, padres e advogados, se congregou em torno do imperador Pedro I como forma de evitar o caos de uma guerra civil ou étnica que, em alguns momentos, parecia inevitável. Conseguiu, dessa forma, preservar os seus interesses e viabilizar um projeto único de país no continente americano. Cercado de repúblicas por todos os lados, o Brasil se manteve como monarquia por mais de meio século.



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Famoso quadro de pintor paraibano Pedro Américo, que enalteceu o ato da Independência, muito embora, segundo o escritor Laurentino Gomes no seu livro 1822, a pompa não foi tão grande e eloquente como no quadro.
Diz ele que D.Pedro I estava com desarranjo intestinal, de modo que tinha de apear-se do burro, em que estava montado, para ir até o "matinho"

Enfim nossa independência também teve personagens controversos, ora heróis, ora vilões, como o Lord Cochrane militar escocês, que foi o primeiro almirante de nossa marinha,  que lutou para expulsar as tropas portuguesas do Norte e Nordeste, mas que por outro lado foi acusado de saquear os moradores de São Luís do Maranhão e roubar um navio do império.
José Bonifácio, o patriarca da independência, também era tido como herói no sul do país e autoritário e manipulador no Nordeste que o acusa de privilegiar a oligarquia paulista, além, é claro, de D. Pedro I tido por alguns como mulherengo e beberrão, e por outros como libertador da pátria e hábil articulador político.




Mais uma vez a nossa história foi escrita de cima para baixo. 
Coube a pequena elite brasileira, educada em Coimbra e em outros grandes centros europeus, conduzir a criação do estado brasileiro, longe de influências e participação da base restante da sociedade, que era a ampla maioria.



Fontes:
sohistoria.com.br
historiadobrasil.net
wikipedia.org
1822 - livro Laurentino Gomes
brasil.gov.br
youtube.com

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