Olá, pessoal!
Vamos falar hoje do único escritor de língua portuguesa que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. o português José Saramago.
José de Souza Saramago, 16/11/1922 - 18/06/2010. Filho de agricultores e de origem humilde, não cursou nenhuma faculdade. Fez curso técnico e seu primeiro emprego foi de torneiro mecânico.
Amante da leitura, visitava com grande regularidade a Biblioteca Municipal Central, à noite.
Em 1947, com 25 anos, publica o seu primeiro livro "Terra do Pecado", ano do nascimento de sua filha, Violante dos Reis Saramago, com sua primeira esposa, Ilda Reis.
Violante, filha de Saramago
Casou-se ainda mais três vezes, entre 1970 e a 1986, com a escritora Isabel Nóbrega, e de 1986 até a sua morte cm a escritora espanhola, Maria Del Pilar Del Rio Sanches.
Ateu convicto, e ex membro do Partido Comunista Português.
Seu segundo livro "Clarabóia" foi rejeitado pelo editor e ficou inédito até 2011.
Publicou dois livros de poesia : "Provavelmente Alegria (1970), e "O ano de 1993" (1975)
Um dos seus livros mais famosos e conhecido é "O Evangelho segundo Jesus Cristo",de 1991 que fez com ele se indispusessem com
a Igreja Católica.
No livro Saramago reescreve o livro sagrado sob a óptica de um Cristo que não é Deus e se revolta contra o seu destino e onde, a fundo, questiona o lugar de Deus, do cristianismo, do sofrimento e da morte.
Outro livro importante foi "Ensaio sobre a Cegueira" de 1995.
que foi adaptado para o cinema em 2008.
No livro a cegueira descrita, é representada através de inúmeras metáforas. Já no início da narrativa as personagens são acometidas pelo chamado "mal branco", impossível de ser diagnosticado como um dos tipos já conhecidos de cegueira. Considerando a cegueira como metáfora, ao longo deste romance Saramago tenta explicar como as pessoas vão se tornando cegas no mundo contemporâneo, como inexplicavelmente ocorreu com o primeiro cego, primeira personagem apresentada na narrativa, que cegou quando conduzia o seu automóvel: de repente a realidade tornou-se indiferenciada à sua volta.
José Saramago foi conhecido por utilizar um estilo oral, coevo dos contos de tradição oral populares em que a vivacidade da comunicação é mais importante do que a correção ortográfica de uma linguagem escrita. Todas as características de uma linguagem oral, predominantemente usada na oratória, na dialéctica, na retórica e que servem sobremaneira o seu estilo interventivo e persuasivo estão presentes.
Após a Revolução dos Cravos, no dia 9 de Junho de 1974, José Saramago ingressa na direção do Diário de Notícias como adjunto do diretor Luís de Barros. Desde logo tornou claro que pretendia utilizar o posto concedido como ferramenta política no intuito de tornar Portugal um estado socialista: “O DN vai ser o instrumento, nas mãos do povo português, para a construção do socialismo.”
Com a nacionalização do jornal, após o 11 de Março de 1975, o jornal remodelou a sua direção. Saramago manteve o seu cargo, mas para efeitos práticos, as suas funções assemelhavam-se mais ao cargo de diretor do que diretor-adjunto. Entre Abril e Novembro do mesmo ano, redigiu cerca de 95 textos na primeira página sob o título de “Apontamentos”, que acabavam por funcionar como editoriais do jornal. Nestes textos era possível denotar fortes críticas a Mário Soares, Freitas do Amaral, entre outros, e rasgados elogios a dirigentes conotados com o ideário comunista dos quais se destacam Vasco Gonçalves.
A interpretação que Saramago faz da Bíblia é a de que ela é um "manual de maus costumes", cheio de "um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana", e que para uma pessoa comum a decifrar, precisaria de ter "um teólogo ao lado". E cita para sustentar isso os episódios de violência relatados na Bíblia, como sacrifício de Isaque, a destruição de Sodoma ou a vida de Jó, por exemplo.
Saramago, era assim, liberal, progressista, contestador, e grande manipulador da linguagem e sua consequente introdução na escrita.
Fontes:
wikipedia.org.
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