quinta-feira, 6 de abril de 2017

Olá, pessoal !

Em atenção a diversas reportagens da mídia nessa semana, sobre ódio racial, e ignorância e desprezo pelo semelhante, mesmo entre aqueles que vivem com o nome de Deus na boca, vamos falar sobre os quilombos, e seus descendentes.

Quilombo é o nome dado às comunidades compostas por negros cativos, que escapavam de seus proprietários, e se refugiavam na mata em fortificações, formando comunidades.



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O termo quilombo é originário da língua banto ( ou bantu é um tronco que deu origem a diversas línguas do centro sul do continente africano), que significa fortificação.

Com o tempo o quilombo deixou de ser apenas um local para refúgio, e passou a ser uma comunidade, que praticavam interações comerciais com outras pessoas, ligações familiares, e afetivas foram criadas.

O quilombo mais importante foi o "Quilombo dos Palmares" (1597-1694).

No começo Palmares era habitado por poucos quilombolas. A guerra do açúcar contra os holandeses distrai a atenção dos colonos que diminuem a vigilância; com isso, centenas de escravos fogem e vão se abrigar num lugar de muitas palmeiras (Palmares).

O quilombo possuía terra fértil, onde eram plantadas culturas de milho, feijão, mandioca e bananeiras.
As suas três entradas eram guardadas por 200 guerreiros. Nesse quilombo havia armas e munições, onde foi formada a República dos Palmares, abrigando por quase um século o sonho de liberdade dos escravos.

Os principais comandantes dessa comunidade foram Ganga Zumba, o rei da guerra, substituído por Zumbi dos Palmares, seu filho.

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                                       Ganga Zumba

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                                               Zumbi



Zumbi nasceu no quilombo em 1655, e foi capturado ainda jovem e dado ao Pe. Antonio de Melo, que o batizou com o nome de Francisco e lhe ensinou português e latim.

Sob o comando de Zumbi o quilombo resistiu a várias investidas da coroa portuguesa.

Finalmente um poderoso exército sob o comando do bandeirantes Domingos Jorge Velho, que destruiu o quilombo, matando e fazendo cativos centenas de negros.



Zumbi morreu em 20 de novembro de 1694. Alguns dizem que depois de cercado , para não ser preso, Zumbi se atirou de um penhasco, outros dizem que foi morto pelos bandeirantes, com crueldade.

Hoje é comemorado "O dia da consciência negra" em 20 de novembro, dia da morte de Zumbi.

Hoje em dia mais de duas mil comunidades quilombolas mantém-se vivas e atuantes, lutando pelo direito de propriedade de suas terras garantido pela Constituição de 1988.

Atualmente 12 % do território nacional é destinado para terras demarcadas para os índios e quilombolas. São terras de propriedade na União, que conforme a Constituição de 1988, não podem ser alienadas, nem vendidas, sendo imprescindíveis para preservação de sua cultura e seu sustento.

Embora aja um grande número de latifundiários e ruralistas, fazendo "lobby", contra a demarcação das terras e pela extinção das mesmas, é bom que se lembre que muitos desses também não possuem a posse legal de suas terras, que na maioria das vezes foram invadidas, muitas das quais continuam improdutivas até hoje.

Segundo estudos do INCRA de 2010, 40 % das terras do Brasil são improdutivas, ou com produção abaixo do esperado, consideradas assim como latifúndios.


Fontes:
wikipedia.org
infoescola.com.br
cartacapital.com.br
funai.gov.br

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