sábado, 18 de março de 2017

Olá, pessoal!

Hoje, sábado, vamos tratar de um assunto mais leve. Vamos saber a origem de algumas expressões idiomáticas da língua portuguesa.

Espírito de porco: Pessoa ranzinza, inconveniente, que vive atormentando os outros.
Segundo o professor Ari Riboldi, a expressão vem da época da escravidão; nessa época tinha-se a crença que, quem matasse um porco, tinha o espírito dele incorporado ao próprio corpo, e era atormentado pelo resto da vida.
Os escravos , devido a essa crença não queriam matar os porcos.

Cor de burro quando foge: Na verdade a expressão correta é "corra de burro quando foge". Realmente um burro desembestado é muito perigoso. O verbo correr, na frase foi transformado em "cor"

Cor de Burro quando foge - BRASIL ESCOLA

A ver navios : Em Marrocos em 1578, o rei de Portugal Dom Sebastião, participou da batalha de "Alcácer-quibir" contra os mouros. Ele morreu na ação, e criou-se uma lenda que um dia ele voltaria para Portugal. Portugueses, então ficavam no alto de Santa Catarina em Lisboa "a ver navios" na esperança de que ele regressasse. 
A expressão significa, que a pessoa espera por algo que não acontecerá.

Pagar o pato: Diz-se da pessoa que paga pelo que outra pessoa fez. A origem vem de um jogo antigo praticado em Portugal, onde amarravam um pato no poste, e os jogadores à cavalo, deveriam tirá-lo do poste num só golpe. Quem perdia pagava o pato.

Andar à toa: Toa é a corda com a qual uma embarcação reboca a outra. Um navio à toa, é aquele sem rumo certo, que é levado pelos outros.
A expressão "andar à toa" significa andar sem rumo e sem objetivo.





Quem não tem cão caça com  o gato: A expressão significa que se não consegue uma coisa de um jeito tenta-se de outro.
Na verdade a expressão original era "quem não tem cão caça como gato", ou seja se esgueirando, sorrateiramente como um gato.


Deixar de Nhenhenhém : Conversa interminável em tom de lamúria, irritante, conversa sem fim.
A origem veio na época do descobrimento do Brasil. Em tupi Nhee, quer dizer falar, e como os índios não entendiam a língua dos portugueses, eles diziam que os portugueses ficavam com "nhe,nhe,nhe".

Pensando na  morte da bezerra: Estar alheio, pensativo, distante.
Essa é de origem dos tempos bíblicos. Contam-se que Absalão , por não ter mais bezerros  para sacrificar em louvor a Deus, sacrificou uma bezerra, que era de estimação de filho pequeno. Esse ficou vários dias sentando ao lado do altar, pensando na morte da bezerra.

Não entender patavina: Não entender nada do que é dito. 
A origem vem Titio Lívio, escritor romano na Roma antiga, originário da cidade Patavium (hoje Pádova na Itália) diziam que seu latim era horroroso com forte sotaque da região onde tinha nascido, e nem todos entendiam. Daí surgiu o Patavinismo.

Jurar de pés juntos: Jurar com convicção. Sua origem vem da Inquisição, onde o acusado era amarrado de pés e mãos juntos, quando era torturado.

Testa de ferro:  O duque Emanuele Filiberto di  Savóia, conhecido como Testa di ferro, foi rei de Chipre e Jerusalém, mas na verdade não tinha poder algum. Daí o nome "testa de ferro", é aquele que assume o lugar de um outro poderoso, porém sem mandar nada.

Emanuele Filiberto di Savoia

Erro crasso: Erro infantil, erro bobo. Sua origem vem de Crasso, que fazia parte do Triunvirato que governou Roma, junto Caio e Pompeu. Crasso foi incumbido de de atacar um pequeno povoado chamado Partos. Sua legiões era muito maiores e mais treinadas que os aldeões de Partos. No entanto Crasso resolveu atacar sem usar as táticas romanas e ainda mais por um caminho estreito e de pouca visibilidade, por isso foi incrivelmente derrotado.


Marcus Licinius Crassus (Simon Merrells):


Maria vai com as outras: Aplica-se para as pessoas sem opinião, que se deixam levar por outras pessoas. A origem vem de D. Maria I mão de D.João VI e avó de D.Pedro I, que enlouqueceu e só saía às ruas acompanhadas de várias damas de honra. O povo quando a via, diziam "lá vai Maria com as outras".


Queimar as pestanas: Forçar a cabeça para resolver um problema. Dizia-se que na época em que ainda não havia energia elétrica, eram usadas velas, ou lamparinas para poder ler. As velas e lamparinas eram colocadas em próximas da cabeça, às vezes queimando as pestanas.

Fila indiana: Andar um atrás do outro. Vem do costumes dos índios americanos de andarem um atrás do outro, com intuito de apagar as pegadas dos que iam na frente.

Amigo da onça: Falso amigo, ou amigo em quem não se confia. Tem sua origem na estória de um caçador mentiroso, que disse que um dia se deparou com uma onça na mata, e como não tinha arma, começou a gritar e espantou a onça. O outro ao ouvir a história disse ser impossível, pois num encontro desses a onça teria comido o caçador. Esse, no enanto, remedou: Você é meu amigo ou amigo da onça.




Elefante branco: Diz-se de uma coisa que não tem utilidade alguma, que só atrapalha. Sua origem vem do antigo reino do Sião, atual Tailândia, onde o rei dava um elefante branco, para os cortesões que caiam em desgraça. Sendo um animal sagrado não podia ser posto para trabalhar. Como era presente do rei, não podia ser vendido, e nem morto. Ficava apenas comendo às custas do infortunado que o ganhara, sem utilidade alguma.

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Bicho de sete cabeças: Coisa complicada, difícil de ser resolvida. Tem origem na mitologia grega, onde a Hydra de Lerna, era um animal com sete cabeças horrendo e difícil de ser morto. Matá-lo foi um dos trabalhos de Hércules.







Fontes:

www.dicio.com.br/espirito-de-porco
soportugues.com.br/secoes/expressoesidiomaticas
wikipedia.org
http://jornalggn.com.br/blog/iv-avatar

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