quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Olá pessoal!

Hoje vamos falar de um poeta da literatura de cordel e compositor, Patativa do Assaré.



Patativa do Assaré, nasceu Antonio Gonçalves da Silva, em 05 de março de 1909, em Assaré - Ceará, na região do Cariri,  e morreu na mesma cidade em 08 de julho de 2002.


Memorial Patativa do Assaré, cidade natal do escritor.

Filho de agricultores, perdeu o pai com 08 anos, e se viu obrigado a trabalhar na roça.
Aos 12 anos frequentou uma escola local, onde foi alfabetizado.
Já cego de um olho, devido a uma doença, começou a fazer repetentes. Recebeu o apelido de Patativa, uma ave de canto melodioso.
Foi casado com Belinha, com quem teve 9 filhos.




Triste partida (letra de Patativa do Assaré)

Meu Deus, meu Deus
Setembro passou
Outubro e Novembro
Já estamos em Dezembro
Meu Deus, que é de nós,
Meu Deus, meu Deus
Assim fala o pobre
Do seco Nordeste
Com medo da peste
Da fome feroz
Ai, ai, ai, ai
A treze do mês
Ele fez experiência
Perdeu sua crença
Nas pedras de sal,
Meu Deus, meu Deus
Mas noutra esperança
Com gosto se agarra
Pensando na barra
Do alegre Natal
Ai, ai, ai, ai
Rompeu-se o Natal
Porém barra não veio
O sol bem vermelho
Nasceu muito além
Meu Deus, meu Deus
Na copa da mata
Buzina a cigarra
Ninguém vê a barra
Pois barra não tem
Ai, ai, ai, ai
Sem chuva na terra
Descamba Janeiro,
Depois fevereiro
E o mesmo verão
Meu Deus, meu Deus

Numa ocasião, na feira de Crato, onde declamava suas poesias e repentes, foi ouvido por José Arraes de Alencar, que lhe dá apoio para publicação de seu primeiro livro, " Inspiração Nordestina" em 1956.

Embora sua instrução fosse pequena, apenas alguns meses de escola formal, seu contato com a obra de escritores como Gonçalves Dias, Casemiro de Abreu, Castro Alves, foi constante.


Recebeu 5 títulos de "Doutor honoris causa".
Tinha uma memória excelente, a ponto de decorar seus versos e recitá-los depois.
Sua obra é vasta com mais de 10  livros publicados.


 “Caboclo Roceiro, das plaga do Norte
Que vive sem sorte, sem terra e sem lar,
A tua desdita é tristonho que canto,
Se escuto o teu pranto me ponho a chorar.....

Tu és meu amigo, tu és meu irmão.”



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