Hoje faz 127 anos da Proclamação da República no Brasil.
Encerrando o ciclo sobre o período republicano, vamos falar hoje do período da redemocratização até os dias atuais:
Logo após o período do governo militar, houve uma grande manifestação pelo Brasil afora por eleições diretas para presidente da República.
O deputado Dante de Oliveira, do PMDB-MT, novato na Câmara dos deputados na época, propôs uma emenda na Constituição Federal para que as eleições para presidente fossem diretas.
A emenda nº 5 de 1983, ficou conhecida como emenda Dante de Oliveira.
Dante de Oliveira
Comício pelas Diretas Já!
Em 25 de abril de 1984, a emenda Dante de Oliveira foi votada, e embora tenha conseguido um número expressivo de votos, não foi o suficiente para a emenda passar.
Após a frustração de todo o país, pela rejeição da emenda, os grupos de oposição decidiram participar do "Colégio Eleitoral" que iria indicar o presidente da República que iria suceder ao ao Gen. João Baptista Figueiredo.
Com uma dissidência de deputados da Arena, liderado por José Sarney, que tinha sido preterido pelo Planalto para disputar a presidência, a oposição conseguiu a maioria e elegeu Tancredo Neves, presidente da República em 15 de janeiro de 1985, com José Sarney como vice, derrotando a chapa do governo composta por Paulo Maluf e Flávio Marcílio .
Tancredo Neves
Tancredo Neves, no entanto, não assume a presidência, vitimado por grave enfermidade, morre em 21 de abril de 1985.
José Sarney assume em seu lugar.
Governo José Sarney (1985-1990):
José Sarney
O governo Sarney assumiu dando continuidade à abertura democrática.
Seu governo, porém, viveu uma grave crise econômica, com inflação em índices muito elevados.
O Ministro da Economia da época Dilson Funaro, lançou o Plano Cruzado, que congelava preços e salários.
Com o passar do tempo, o plano fracassou, com falta de produtos nos supermercados.
Outros planos foram tentados sem sucesso, levando o governo ao desgaste e com uma hiperinflação que beirou a quase 80 % a.m.
Foi então, realizada a primeira eleição presidencial no Brasil após 21 anos.
A disputa acirrada deu-se entre Lula do PT e Collor do recente partido, criado por ele PRN.
Com o apoio da direita Collor foi eleito.
Governo Collor: (1990-1992)
Fernando Collor de Melo
Com grande apoio da elite e da mídia, Collor assumiu dando prioridade ao combate da hiperinflação, a diminuição do tamanho do estado e ao combate da corrupção.
Congelou aplicações financeiras, da conta corrente e da poupança em NCZ$ 50 mil (cinquenta mil cruzados novos)
O efeito sobre a economia e a população foi devastador.
A inflação caiu drasticamente!
No entanto, as medidas deram resultados por um período muito curto de tempo, e aliado à denúncias de corrupção, caixa 2 de campanha, Collor renunciou ao cargo depois de autorizado o seu processo de impeachment na Câmara dos deputados por 441 votos a favor e 38 contra, em 29 de setembro de 1992.
Collor renuncia antes da votação do Senado, e em seu lugar assume seu vice, Itamar Franco.
Governo Itamar Franco (1992-1994)
Itamar Franco
O governo Itamar começou com crises pela inflação alta, por um plebiscito que determinaria se o regime de governo continuaria sendo de República ou voltaria para Monarquia, e se seria presidencialista ou parlamentarista.
Com uma votação bem grande, venceu a república presidencialista.
Assumiu como Ministro da Fazenda o senador Fernando Henrique Cardoso, que elaborou o Plano Real.
Com ele a inflação caiu aos níveis aceitáveis no mundo inteiro.
Com isso a renda do trabalhador cresceu, financiamentos foram alongados nos prazos e houve um período de crescimento.
Com isso, Itamar lançou a candidatura de Fernando Henrique a presidente.
Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Fernando Henrique Cardoso
Em seu governo foram tomadas medidas para manter a estabilidade econômica e a geração de empregos.
Foi criado um plano de privatização de empresas públicas, que foi bastante criticado pela forma como foi feito, pelos valores abaixo do mercado que algumas empresas foram vendidas, e com financiamento público pelo BNDES.
O desemprego em alta, reforma da previdência, levaram o segundo mandato do presidente ser bastante questionado, além dos escândalos da denúncia da compra de votos para reeleição que foi aprovada em seu primeiro governo.
Nas eleições de 2002 entre Lula e Alckmin, indicado por Fernando Henrique, Lula venceu!
Governo Lula (2003-2010)
O governo Lula, manteve o superative primário, a inflação sob controle, abriu o país para novo mercados, deixando de lado a dependência com o mercado americano.
Criou milhares de empregos formais, criou universidades e cursos técnicos.
Através de seus programas sociais mais de 30 milhões de brasileiros deixaram a "linha de miséria" e entraram para o mercado de consumo.
A dívida externa, que sempre foi um grande problema para a economia do Brasil, foi praticamente quitada, e com isso o país deixou a tutela do FMI.
O seu governo, no entanto, teve graves problemas de governabilidade, pelo chamado presidencialismo de coalizão.
Denúncias de corrupção envolveram figuras de destaque do PT no chamado "mensalão".
Práticas usuais em outros governos, não foram aceitas no governo dele, porque se esperava do PT uma postura diferente de tudo aquilo que se via na política.
De qualquer forma, no âmbito econômico, em privilegiar os mais pobres, e sua política internacional, que colou o Brasil em destaque no cenário mundial, com os B.R.I.C.S, o fez deixar o governo em 2002 com o mais alto índice de popularidade se obtido por qualquer presidente anterior, quase 80 % de aprovação.
Com isso ele conseguiu eleger em seu lugar Dilma Roussef, sua Ministra da Casa Civil, e sem nenhuma experiência anterior como política.
Governo Dilma Roussef (2011-2016)
Seu governo foi marcado pelo ineditismo de ser a primeira mulher a assumir o cargo mais alto da República.
Ela venceu o candidato José Serra do PSDB.
Seu estilo "gerentona" em principio deu certo, mostrando que não admitiria corrupção e maus feitos em seu governo, demitiu diversos Ministros de estado acusados de atos ilícitos.
A inflação continuou sob controle, e o PIB continuou a crescer, embora em números menores.
O PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) lançado no governo Lula, continuou, mas em ritmo mais lento.
A crise mundial, e especialmente a queda nas exportações das "commodities" levaram a um baque, e a retomada de um crescimento mais robusto.
Mesmo assim ela foi reeleita numa disputa acirrada com o candidato do PSDB Aécio Neves.
A oposição nunca aceitou a derrota e fez de tudo para boicotar seu governo desde o início do segundo mandato.
O vice presidente, Michel Temer, aliou-se aos opositores, e conseguiram levar a cabo um impeachment sem crime de responsabilidade.
Em 2016, Dilma deixou o governo com uma popularidade baixíssima, embora, sem nenhuma denúncia de corrupção.
Governo Michel Temer (31/08/16 - atual)
Michel Temer
O governo de Michel Temer, tem como prioridades á volta de práticas neoliberais, como privatizações, reformas da previdência e trabalhistas, P.E.C dos gastos que limita os gastos em educação e saúde.
Além disso, ele próprio e vários Ministros de Estado, estão envolvidos em denúncias da chamada Operação Lava-Jato.
Existe também um processo no S.T.E (Supremo Tribunal Eleitoral) envolvendo as contas de campanha de 2010 da chapa (Dilma-Temer) que deverá ser votado em 2017.
Caso as contas seja rejeitadas o Congresso Nacional fará uma eleição indireta e indicará o próximo presidente da república.
Enfim terminamos hoje um pequeno relato sobre a história da República do Brasil. Uma história cheia de percalços, golpes de estado, tragédias e êxitos também.
Símbolo da República Federativa do Brasil
Fonte :
wikipedia.org
http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/redemocratizacao
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