Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengel (Passeata dos 100 mil – 1968)
Dando prosseguimento à homenagem das grandes atrizes brasileiras na foto acima, hoje iremos falar de Odete Lara.
Nascida no bairro de Bela Vista em São Paulo em 17 de abril de 1929, Odete Lara foi uma atriz e cantora brasileira.
Era filha única de Giuseppe Bertoluzzi e Virgínia Righi, imigrantes de Belluno, norte da Itália. Sua mãe cometeu suicídio quando Odete tinha seis anos, fato que motivou sua internação num orfanato de freiras. Anos depois foi viver na casa de sua madrinha. Era fortemente apegada ao pai, seu único referencial afetivo, mas ele, vitimado por uma tuberculose, viu-se obrigado a ficar afastado da filha. Giuseppe faleceu quando Odete tinha 18 anos, também por suicídio.
Nesta época, a jovem já trabalhava para se manter. Seu primeiro emprego foi como secretária e datilógrafa, mas, incentivada por uma amiga, Odete fez um curso de modelo no Museu de Arte Moderna de São Paulo e participou do primeiro desfile da história da moda brasileira. Ali, ela chamou a atenção do poderoso Pietro Maria Bardi, fundador e diretor do MASP, que a indicou para a então recém-inaugurada TV Tupi.
Ela começou trabalhando como garota-propaganda, mas logo seu talento a fez ser chamada para participar de uma versão televisiva de Luz de Gás, com Tônia Carrero e Paulo Autran.
Logo, ela se tornou estrela do Programa de Vanguarda, uma das maiores atrações da TV Tupi. Na televisão, ainda participou de novelas de sucesso como A Volta de Beto Rockefeller, O dono do mundo e Pátria Minha. Já nos palcos, foi contratada pelo grande grupo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC).
Sua estreia nos cinemas foi graças ao convite de Abílio Pereira de Almeida, que a chamou para participar de seu primeiro filme, O gato de Madame, ao lado de Mazzaropi. Ela ainda participou de quase 40 filmes, dentre eles O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, que deu a Glauber Rocha o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes.
Ao lado de Vinícius de Moraes, ela estreou como cantora no show Skindô, que foi registrado em disco. Além deste, ela faria ainda faria parceria com Sérgio Mendes e Chico Buarque.
Odete Lara lançou oficialmente dois discos: Vinicius e Odete e Contrastes.
No auge do sucesso profissional, porém, ela decidiu abandonar a carreira, converteu-se ao budismo e partiu para um autoexílio num sítio nas montanhas do Rio de Janeiro. Desde então, publicou três livros autobiográficos: Eu, nua, Minha jornada interior e Meus passos na busca da paz, além de traduzir várias obras sobre o budismo.
Foi casada com o dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho (Vianinha) e com o diretor de cinema Antonio Carlos Fontoura. Namoradeira assumida, também teve um caso com o novelista Euclydes Marinho.
Por problemas graves de saúde, retornou a capital fluminense, residindo no bairro tradicional do Flamengo, com uma dama de companhia. Odete Lara morreu em 4 de fevereiro de 2015, aos 85 anos, vítima de um infarto enquanto dormia. Seu corpo foi cremado no Cemitério Luterano, Nova Friburgo.
Fontes:
wikipedia.org
adorocinema.com
blogdoarcanjo.com
g.show.globo.com
google.com
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