Essas são imagens de uma das maiores tragédias brasileiras, o incêndio de Vila Socó, em Cubatão na Baixada Santista na madrugada de 24 para 25 de fevereiro de 1984.
A Vila Socó que ficava às margens da Rodovia Anchieta numa área de 2000 x 80 metros, que comportavam 6000 habitantes, segundo dados oficiais. Os moradores estimavam o número de habitantes em 12.000.
Eram 600 barracos, números oficiais, contestado mais uma vez pelos habitantes, que estimavam o número de barracos em 1200.
A tragédia começou de madrugada, quando a maioria das pessoas dormiam. A causa do incêndio pode ter sido um cigarro ou uma faísca que caiu sobre um grande vazamento de gasolina para um duto da Petrobrás.
Não houve alertas ou avisos da eminência do perigo do vazamento. As casas a maioria de madeira foram combustível para que o fogo se alastrasse.
O primeiro bombeiro que chegou ao local, disse não ter noção das dimensões da tragédia. Nos barracos viam-se corpo de de mulheres e crianças carbonizados.
As autoridades tentaram reduzir o tamanho da tragédia, reconhecendo incialmente 93 mortes. Levantamentos independentes incluíram as crianças que deixaram de frequentar escolas e famílias inteiras que desapareceram sem deixar notícia, o que elevou o número total de vítimas a 508.
Oito funcionários da Petrobrás foram condenados em primeira instância e absolvidos depois em instâncias superiores.
O que restou foi a morte e a destruição de pessoas que viviam em estado e miséria e abandono.
Hoje a Vila Socó não existe mais. O mangue foi aterrado e as casas de palafitas deram lugar a atual Vila São José. Dizem que muitos restos de corpos carbonizados ainda estão lá, debaixo do asfalto. Do desastre, resta apenas um pequeno memorial com algumas imagens da época e o nome estampado dos mortos oficiais.
Fontes:
wikipedia.org
google.com
memorialdademocracia.com.br
diplomatique.org.br
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