domingo, 13 de fevereiro de 2022

A Semana de Arte Moderna completa agora em Fevereiro 100 anos.





Na série da TV Globo se 2004, "Um só Coração" a cena de criação da Semana de Arte Moderna.


Um só coração


A Semana de Arte Moderna foi idealizada por jovens intelectuais brasileiros de famílias abastadas que queriam mostrar a arte dos novos tempos, o impressionismo, as formas cubistas, o verso livre, sem rimas, sem métrica, dizendo de forma graciosa aquilo que era a expressão legítima da cultura brasileira.


Tarsila do Amaral, Anita Mafaltti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia




Entre os dias 11 e 18 de fevereiro, o Theatro Municipal de São Paulo permaneceu aberto para visitação. Em seu saguão, instalou-se uma exposição de pintura e escultura. Obras de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, entre outros, escandalizaram o gosto público brasileiro, nada acostumado às novas formas de representação propostas pelo modernismo.

Vaias, burburinhos e agitação geral só aumentaram ao longo da Semana. Além da exposição, o evento contou com três festivais, que envolviam apresentações de música, dança, declamações de poesia e conferências, a acontecer nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro.

Teatro Municipal de São Paulo

Ainda no dia 13, o já citado poeta Ronald de Carvalho esteve à frente de sua própria conferência, de nome “A pintura e a escultura moderna no Brasil”, seguida de três solos de piano de Ernani Braga e três danças africanas de Villa-Lobos – compositor, aliás, tachado na ocasião de “talento ainda não cultivado o bastante”, por sua música “Privada de bom senso” e “Puramente africana”.





Acima de tudo, o propósito dos artistas envolvidos foi romper com o conservadorismo e o provincialismo brasileiro, especialmente no Estado de São Paulo, que na época ainda era um Estado rural, cuja base era o cultivo de café.



Anita Mafaltti


Polêmica, confusa, barulhenta, tida como “demasiado festiva” e “pouco moderna”, não se pode negar que a Semana de Arte Moderna de 1922 foi um marco, um divisor de águas no panorama artístico brasileiro. Ela escancarou as portas para uma grande liberdade no que diz respeito à produção e pesquisa estética no país, contribuindo para um florescimento intelectual e artístico. Na visão de Di Cavalcanti, o acontecimento da Semana extrapolou o campo cultural e repercutiu também na área política.

Yolanda Penteado (socialite paulista)



De fato, à época, a Semana de Arte Moderna não teve tanta importância. Mas, nos anos seguintes, o evento passou a ser considerado o marco que inaugurou o Modernismo no país e provocou os efeitos sentidos em todos os aspectos da cultura brasileira.



 A estudante de Anita Malfatti





A Semana fez o papel de divulgação da arte moderna, que, por sua vez, cultivou o terreno para a consolidação de uma revolução artística e literária que tomou forma após 1922, quando foram lançados os manifestos de Oswald de Andrade e as obras fundamentais do Primeiro Modernismo brasileiro, tais como Macunaíma (Mario de Andrade), Memórias Sentimentais de João Miramar (Oswald de Andrade) e Ritmo Dissoluto (Manuel Bandeira).


Artistas da Semana de 22
Sentado em primeiro plano (Oswald de Andrade) Em pé na terceira fileira de óculos Mário de Andrade


Di Cavalcante - Cinco Moças de Guaratinguetá





A semana se resumiu, de fato a três dias (13,15 e 17 de fevereiro de 1922)



Fontes:
bbc.com
brasilescola.uol.com.br
google.com
youtube.com
fashionbubbles.com
editoragrafset.com
fashionistasdeplantao.com

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