André Rebouças.
Homenageado juntamente com seu irmão Antonio Rebouças, ambos engenheiros, com o nome do Túnel Rebouças no Rio de Janeiro e Avenida Rebouças em São Paulo, além de outras localidades e uma cidade no Paraná.
Túnel Rebouças -RJ
Av.Rebouças - SP
Mas afinal que foi André Rebouças ?
André Rebouças (Cachoeira, 13 de janeiro de 1838 - Funchal, 9 de maio de 1898) foi um engenheiro, inventor, abolicionista e monarquista brasileiro. Foi exilado junto com a família imperial no período da proclamação da república em 15 de novembro de 1889. Ele passou seus últimos seis anos trabalhando pelo desenvolvimento de alguns países africanos.
Filho do advogado Antônio Pereira Rebouças, um mulato, autodidata, que exercia a profissão de advogado. Foi deputado e conselheiro do Império. Sua mãe, Carolina Pinto Rebouças era filha de um comerciante. Franzino, passou os primeiros anos de vida quase sempre doente. André e seu irmão Antônio, iniciaram os estudos no Colégio Valdetaro. Eram amigos inseparáveis.
Em fevereiro de 1846, sua família muda-se para o Rio de Janeiro. André e seu irmão estudam no Colégio Kopke, em Petrópolis e depois no Colégio Marinho, onde concluem os estudos de geografia, latim e inglês. Em casa estudavam para a Escola Militar. Em 1854, ingressam no curso de Engenharia Militar. Em 1855, os dois irmãos entram como voluntários no Batalhão de Artilharia. Em 1858, concluem os estudos em Ciências Físicas e Matemáticas e dois anos depois recebem o grau de Engenheiro Militar e os galões de primeiro tenente.
Em 1861, recebem bolsas de estudos, prêmio dado aos melhores alunos, e seguem para Europa, para cursos de especialização em Engenharia Civil, permanecendo dois anos entre a França e a Inglaterra. De volta ao Brasil, André escreve "Memórias sobre os Caminhos de Ferro da França" e junto com o irmão escreve "Estudos sobre Portos de Mar". Nesse mesmo ano, recebe a tarefa de inspecionar as fortificações do Litoral Sul. Acompanhado do irmão, vistoria os fortes de Santos, do Paraná e de Santa Catarina.
Ele e o irmão Antonio fazem o projeto da estrada de ferro que liga Curitiba à Paranaguá.
Ganhou fama no Rio de Janeiro ao resolver o problema do abastecimento de água, trazendo-s de mananciais fora da cidade.
Em 1865, preocupado com a Guerra do Paraguai e cheio de ideias, se ofereceu diretamente ao imperador D. Pedro II, que lhe encaminhou para o Ministério da Guerra. No dia 20 de maio, o tenente André Rebouças, com 26 anos, parte para a guerra. Aos poucos, vai se tornando um oficial conceituado. O Conde d'Eu é favorável à sua tática de manter o cerco a Uruguaiana. Inicia-se assim uma longa amizade entre o engenheiro e o Conde d'Eu. Em 1866, atacado pela varíola, André retorna ao Rio de Janeiro.
Servindo como engenheiro militar na Guerra do Paraguai, André Rebouças desenvolveu um torpedo, utilizado com sucesso.
Em 1872 vai para a Europa e lá toma contato com o músico brasileiro Carlos Gomes, que vive com dificuldades na Itália. Por influência sua junto ao Imperador D.Pedro II consegue um bolsa de estudo para o maestro autor de "O Guarani".
André Rebouças e Carlos Gomes
Abolicionista convicto ao lado de Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e Luiz Gama integram uma frente que luta pela abolição dos escravos, o que acontece em 13 de maio de 1888.
D. Pedro II e família em Petrópolis, em foto de Otto Hees, a última antes do fim do Império. Da esquerda para a direita: a imperatriz, D. Antonio, a princesa Isabel, o imperador, D. Pedro Augusto (filho da irmã da princesa Isabel, d. Leopoldina, duquesa de Saxe), D. Luís, o conde D'Eu e D. Pedro de Alcântara (príncipe do Grão-Pará).
Com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, Rebouças que sentia admiração e respeito por D. Pedro II, embarca para a Europa junto com a família real. O Imperador elogia os fieis amigos e menciona o ilustre Engenheiro. André separa-se da família real que viaja para a França, mas mantem contato através de cartas, e faz uma visita em Cannes. Em 1891, a morte do Imperador o deixou transtornado. Embarca para a África, mas desespera-se com a fome e a miséria do país. Rebouças transfere-se então para Funchal, na ilha da Madeira e começa a dar aulas. Em 1896, recusa um convite de Taunay para voltar ao Brasil e reassumir o cargo de professor, pois havia muitas recordações desagradáveis.
André Pinto Rebouças morre em Funchal, na ilha da Madeira, Portugal, no dia 9 de maio de 1898. Seu corpo foi encontrado ao pé de uma rocha, bem em frente ao lugar em que morava.
Fontes:
wikipedia.org
google,com
proenem.com.br
oswaldoeduardo.blogspot.com
ebiografia.com
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