quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Hoje vamos falar de Nina  Simone.

Cantora negra norte-americana que lutou junto com Malcolm X e Martir Luther King pelos direitos civis e contra o racismo nos EUA.




Eunice Waymon estava destinada a se transformar na primeira concertista negra de piano dos Estados Unidos, mas foi rejeitada no conservatório. Daquela decepção nasceu Nina Simone, uma das grandes divas do jazz, retratada com paixão por David Brun-Lambert em uma biografia.



Nina Simone (1933-2003), nome artístico de Eunice Kathleen Waymon, nasceu em Tryon, Carolina do Norte, Estados Unidos, no dia 21 de fevereiro de 1933. Filha de um marceneiro e de uma empregada doméstica e ministra metodista logo cedo descobriu seu talento para a música, no coral e no piano da igreja que frequentava com a família.

Em 1939, com seis anos começou a estudar piano. Com dez anos fez seu primeiro recital de piano na biblioteca da cidade. Antes da apresentação, seus pais foram retirados da primeira fila para dar lugar a pessoas brancas. Esse episódio marcou sua vida e daí nasceu seu comprometimento com a luta pelos direitos civis dos negros.

Em 1950, Nina saiu da Carolina do Norte para continuar seus estudos de piano clássico em Nova Iorque, na Juiliard Scool. Em 1954 mudou-se com a família para a Filadélfia. Conseguiu um emprego no Midtown Bar & Grill, em Atlantic City. Nessa época passou a adotar o nome de Nina Simone. Por insistência do dono do bar, passou também a cantar jazz, blues e música clássica. Nesse mesmo ano, prestou exames para uma bolsa no Curtis Institute, porém foi rejeitada, não pela falta de talento, mas pela cor da pele.


                              Don´t let me be misunderstood

Essa música ficou famosa também com o grupo Santa Esmeralda em 1977.



                                  Don´t let me be misundertood
Em 1957, assinou seu primeiro contrato com a Bethlehem Records, dando início a sua carreira de sucesso, com os hits “Don’t Let Me Be Misunderstood”, “My Baby Just Carier For Me” e “I Love You Porgy”. Após o sucesso de “Little Girl Blue” (1958), Simone assinou contrato com a Colpix Records e gravou diversos álbuns de estúdio e ao vivo. Em 1961 casou-se com um detetive da polícia de Nova Iorque, Andrew Stroud, que mais tarde tornou-se seu agente. Em 1962 nasceu sua filha Lisa Celeste Stroud.


Ain´t go No, I got Life


Em 1964, Nina Simone foi contratada pela Philips. No álbum “Nina Simone in Concert”, pela primeira vez se referiu à desigualdade social que imperava no seu país, com a canção “Mississippi Goddamn”. A partir de então, sua mensagem sobre os direitos civis passou a ser constante em seu repertório. Em 1965, gravou a canção “Strange Fruit”, de Billie Holiday, uma canção sobre o linchamento de homens negros no sul. Em 1966, escreveu “Four Women”, uma canção sobre quatro estereótipos diferentes de mulheres afro-americanas.

Em 1969, Nina Simone deixou os Estados Unidos, cansada de ser avaliada pela cor da pele, e iniciou um roteiro itinerante. Esteve em Barbados, na Libéria, na Holanda, na Tunísia e na França, onde permaneceu durante 10 anos. Esteve duas vezes no Brasil, em 1985, para um festival de jazz, e em 1997, quando gravou com Maria Betânia, a música “Ready to Sing” (Pronta para Cantar).



Ready to sing -  Nina Simone e Maria Bethânia


Em 1993 descobriu que estava com um já avançado câncer de mama. Lutou dez anos contra a doença.

Nina Simone faleceu em Carry-le-Rouet, França, no dia 21 de abril de 2003.



Fontes:

g1.globo.com
ebiografia.com
wikipedia.org
youtube.com

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