Em 1988, a experiente nadadora brasileira Renata Agondi faleceu após uma falha na rota de sua travessia. Ela se cansou demais e nadou por muito tempo na água gelada, contraindo uma forte hipotermia, causando parada cardíaca.
Na época a falta de um treinamento adequado, bem como a inexperiência da equipe de apoio foram dados como causa da morte.
A travessia do Canal da Mancha é uma espécie de grife para quem nada. É tipo chegar ao topo do Everest para alguém que curte alpinismo. Ou então uma pessoa que tem familiaridade com o triathlon se aventurar no Ironman. É o extremo.
O ser humano é o único animal que arrisca sua vida sem ser para comer ou se salvar de um predador. Ele arrisca a vida por adrenalina, por desafios, pelo prazer. A travessia do Canal da Mancha, então, é uma aventura esportiva que o homem tenta realizar desde que a primeira pessoa provou que era possível, em 1875. Desde Matthew Webb, mais de 15 mil pessoas tentaram a travessia a nado, mas de acordo com dados oficiais foram apenas 2.319 casos de sucesso na história. Isso não significa que todos os outros tenham morrido, é claro. A maioria simplesmente desiste quando vê o tamanho do desafio. Grande distância (33km entre Dover e Calais), ameaça de hipotermia, tempo imprevisível e a necessidade de reforço energético constante tornam a travessia um desafio à resistência humana. Não há informações 100% confiáveis, mas estima-se que foram dez mortes de atletas durante o percurso - uma da brasileira Renata Agondi. Em contrapartida, 27 nadadores do país completaram a travessia, sendo o último Mario Pinto no último mês de julho, em 12 horas e cinco minutos. O Brasil também tem um nadador que fez o percurso de ida e volta do Canal da Mancha: Igor de Souza, em 1997. Ele foi contemporâneo de Renata na natação.
Fontes:
uol.esportes/especiais.com.br
swimchannel.blogosfera.uol.com.br
google.com.br
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