domingo, 6 de maio de 2018

Olá, pessoal !

Hoje vamos falar de Maio de 68, o ano que revolucionou o mundo.

estudantes



Há cinquenta anos atrás, começou na França um movimento reivindicatório que no principio pedia reformas universitárias, mas depois avançou como um movimento contra o governo de Charles De Gaulle, e a sociedade conservadora de toda a Europa.



Uma grande onda de protestos que teve início com manifestações estudantis para pedir reformas no setor educacional. O movimento cresceu tanto que evoluiu para uma greve de trabalhadores que balançou o governo do então presidente da França, Charles De Gaulle. “Os universitários se uniram aos operários e promoveram a maior greve geral da Europa, com a participação de cerca de 9 milhões de pessoas. Isso enfraqueceu politicamente o general De Gaulle, que renunciou um ano depois”, diz o historiador Alberto Aggio, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Franca (SP).

O começo de tudo foi uma série de conflitos entre estudantes e autoridades da Universidade de Paris, em Nanterre, cidade próxima à capital francesa. No dia 2 de maio de 1968, a administração decidiu fechar a escola e ameaçou expulsar vários estudantes acusados de liderar o movimento contra a instituição. As medidas provocaram a reação imediata dos alunos de uma das mais renomadas universidades do mundo, a Sorbonne, em Paris.

Eles se reuniram no dia seguinte para protestar, saindo em passeata sob o comando do líder estudantil Daniel Cohn-Bendit. A polícia reprimiu os estudantes com violência e durante vários dias as ruas de Paris viraram cenário de batalhas campais. A reação brutal do governo só ampliou a importância das manifestações: o Partido Comunista Francês anunciou seu apoio aos universitários e uma influente federação de sindicatos convocou uma greve geral para o dia 13 de maio.


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No auge do movimento, quase dois terços da força de trabalho do país cruzaram os braços. Pressionado, no dia 30 de maio o presidente De Gaulle convocou eleições para junho. Com a manobra política (que desmobilizou os estudantes) e promessas de aumentos salariais (que fizeram os operários voltar às fábricas), o governo retomou o controle da situação. As eleições foram vencidas por aliados de De Gaulle e a crise acabou.


PARIS EM PÉ DE GUERRA

Universitários montaram barricadas nas ruas e usaram pedras para enfrentar a polícia.





No Quartier Latin, bairro dos intelectuais em Paris, há barricadas. Em 6 de maio ocorre o confronto entre 13 mil jovens e a polícia. Os policiais lançam bombas de gás lacrimogêneo, respondidas com pedras pelos jovens. Entre os líderes estudantis destacam-se Daniel Cohn-Bendit e Tiennot Grumbach. Nos dias seguintes, continuam as manifestações e cerca de 150 carros são danificados ou incendiados. Em princípio, o governo francês fica paralisado. Mas a situação é controlada no final de maio, com violenta repressão. No total são mais de 1,5 mil feridos. O governo de De Gaulle, abalado, sustenta-se no poder somente até abril de 1969.

Daniel Cohn-Bendit


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A multidão se dispersou, mas alguns manifestantes começaram a erguer barricadas, enquanto outros lançavam pedras contra os soldados, que foram obrigados a bater em retirada. Depois de se reagrupar, a polícia retomou a ofensiva, disparando bombas de gás lacrimogêneo e prendendo centenas de estudantes. Alguns dias depois, em 10 de maio, outras concentrações voltaram a acontecer em Paris.

A multidão ergueu novas barricadas e se preparou para resistir ao ataque policial, que aconteceu no começo da madrugada. Os confrontos duraram até o amanhecer do dia seguinte, resultando na prisão de outras centenas de manifestantes, além de deixar um grande número de feridos.




Inspirada pelo pensamento de intelectuais como Herbert Marcuse, um dos principais defensores da Nova Esquerda, ou do situacionista Guy Debord, a revolta dos estudantes franceses ganhou apoio de artistas locais, como os cineastas François Truffaut e Jean Luc-Godard - que incentivaram um boicote ao Festival de Cinema de Cannes naquele ano -, além de inspirarem músicas dos Beatles (“Revolution”) e dos Rolling Stones (“Street fighting man”).

Nos EUA a revolta foi contra a Guerra do Vietnã, e pelo assassinato de Martin Luther King, um importante ativista pelos direitos civis.



No Brasil grandes passeatas contra a ditadura militar, que teve como consequências o A.I.5 (o golpe dentro do golpe).



Um dos slogans de maio de 68 foi eternizado por Caetano Veloso e Gilberto Gil em “É proibido proibir”. Apresentada no Festival Internacional da Canção da Rede Globo naquele ano, a canção foi vaiada pelo público provocando a famosa reação irritada de Caetano: “Mas é isso que é a juventude que diz que quer tomar o poder? (...) vocês não estão entendendo nada!”. 


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Passeata dos cem mil contra ditadura no Rio de Janeiro
(Eva Todor,Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Ivone Lara e Norma Bengel)


Proibido Proibir



De fato, a juventude em lugar nenhum do mundo tomou o poder naquele ano. Na França, os protestos esfriaram consideravelmente após os episódios de maio, as universidades reabriram e o general Charles De Gaulle, que muitos manifestantes pretendiam derrubar, continuou no poder até abril de 1969.



Na Tchecoslováquia, tropas soviéticas impediram a implantação do “socialismo humano” proposto por Alexandre Dubcek durante o período que ficou conhecido como Primavera de Praga. No México, centenas de estudantes foram agredidos durante um protesto às vésperas da realização dos Jogos Olímpicos no país.

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Na verdade, muitos chamam 1968, como o ano que não acabou. De fato os ideais da época, como justiça social, liberdade, igualdade, fim do preconceito em todos os níveis, participação popular, até hoje são reivindicações presentes na sociedade. 



Fontes:

mundoestranho.abril.com.br
g1.globo.com
wikipedia.org
youtube.com
google.com.br
radiomaffei.blogspot.com.br

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