sexta-feira, 11 de maio de 2018

Olá, pessoal !

Hoje amos falar do escritor Dalton Trevisan.


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Dalton Trevisan (1925) é um escritor brasileiro. Recebeu o Prêmio Camões de 2012, pelo conjunto da obra. É considerado o maior contista brasileiro contemporâneo. A publicação do seu livro "O Vampiro de Curitiba" (1965) lhe valeu o apelido, por causa de seu temperamento recluso.
Dalton Jérson Trevisan (1925) nasceu em Curitiba, Paraná, no dia 14 de junho de 1925. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Paraná. Exerceu a advocacia durante sete anos, mas abandonou a atividade para trabalhar na fábrica de cerâmicas da família. Estreou na literatura com a novela “Sonata ao Luar” (1945). Em 1946, liderou em Curitiba o grupo literário que publicava a revista literária “Joaquim”, tornando-se porta voz de vários escritores. Publicou na revista seu segundo livro "Sete Anos de Pastor" (1946).
Ao longo de alguns anos produziu textos sem publicá-los. Em 1950 passou seis meses na Europa. A partir de 1954, publicava seus contos em forma de folhetos, à moda da literatura de cordel, onde registrava o cotidiano notadamente situado na metrópole curitibana. Publicou "Guia Histórico de Curitiba" e "Crônicas da Província de Curitiba".
Dalton Trevisan ganhou repercussão nacional a partir de 1959, com a publicação de "Novelas Nada Exemplares" (1959), que reunia quase duas décadas de produção literária. Recebeu pela obra, o Prêmio Jabuti de Câmara Brasileira do Livro. Em seguida publicou “Cemitério dos Elefantes” (1964), “O Vampiro de Curitiba” (1965), “A Morte na Praça” (1965) e “Desastres do Amor” (1968). Nesse mesmo ano recebeu o maior prêmio literário do Brasil, no I Concurso Nacional de Contos, promovido pelo Estado do Paraná.
Dedicado exclusivamente ao conto, só teve um romance publicado "A Polaquinha" (1985). Em 1996 recebeu o Prêmio Ministério da Cultura de Literatura, pelo conjunto de sua obra. Em 2003 dividiu com Bernardo de Carvalho o I Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira, com o livro "Pico na Veia".
Dalton Trevisan foi o vencedor da 24ª edição do Prêmio Camões de 2012. Anunciado no dia 21 de maio. Foi eleito por unanimidade pelo júri, pelo conjunto da obra. O Prêmio Camões é uma das maiores honrarias para autores da língua portuguesa. É uma parceria entre os governos do Brasil e de Portugal, e a cada ano acontece em um dos dois países.

Seu estilo é direto e ágil e suas narrativas apresentam os dramas de pessoas que se movem entre as expectativas de felicidade e realização que aprenderam a alimentar e a realidade crua e desumana, que as frustra e aniquila. As relações humanas que apresenta comprovam que a realidade é degradada e cruel: as pessoas se maltratam e se ferem em vez de manterem no cotidiano vínculos de carinho e respeito. Assim, marido e mulher estão sempre em conflito, pais e mães oprimem os filhos, amigos se confrontam e disputam o poder... Nem os animais de estimação escapam desse moinho de sentimentos: sua ingênua dedicação recebe impaciência e indiferença como retribuição. 



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Sua escrita sintética e contundente pode ser considerada uma referência constante no trabalho de muitos contistas recentemente surgidos, como os da Geração de 90. 

Dalton Trevisan ambienta seus contos em uma cidade reconstituída pela memória com o filtro da paixão e da literatura, tão mítica quanto a Macondo, de Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez. Neles ganham vida personagens que beliscam meninas no Passeio Público, dançarinas e freqüentadores de cabarés, polaquinhas das casas nas quais tantos rapazes se iniciaram "no alegre mistério da carne". Boate Marrocos, Café Avenida, "o bordel encantado das normalistas" - todos esses locais, verdadeiros ou imaginários, fazem parte do mapa dessa cidade, incansavelmente percorrida por Nelsinho e outros vampiros, de sensualidade à flor da pele, durante as noites curitibanas. Desse modo, a fria capital paranaense se transforma em um espaço de paixões abrasadoras.

Avesso à entrevistas e aparições públicas, certa vez um repórter da Folha tentou entrevistá-lo:


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"Após alguns segundos de hesitação, a reportagem o abordou numa esquina praticamente vazia". "Dalton Trevisan, com licença." Sem parar de andar, lançou de soslaio um olhar fuzilador. "Não sou Dalton", disse com firmeza. Ouviu em silêncio que a Folha preparava uma edição sobre seu aniversário e que gostaria de tentar o impossível, uma entrevista com ele.
"Já sei que você estava assediando meus amigos. Me deixe em paz", desconversou.
Uns dias antes dessa tentativa de conversa, um amigo do escritor relatou por e-mail: "Dalton está arisco. Sabe que vocês preparam matéria".
Após uma última insistência para responder ao menos uma pergunta, o mais recluso escritor brasileiro arrematou: "Não faço aniversário. E não falo. Está mais do que dito que eu não quero falar de nada".

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Publicou também "A Guerra Conjugal" (1970), "Crimes da Paixão" (1978), "Ah, É" (1994), "O Maníaco do Olho Verde" (2008), "Violetas e Pavões" (2009), "Desgracida" (2010), "O Anão e a Nifesta" (2011), entre outras.


Fontes:


ebiografia.com
google.com.br
novaescola.org.br
folha.uol.com.br

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