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Hoje vamos falar do filósofo grego, Diógenes de Sinope, também conhecido como Diógenes, o cínico.
Os modernos termos "cínico" e "cinismo" derivam da palavra grega "kynikos", a forma adjetiva de "kynon", que significa "cão".
Diógenes, ao contrário, não se importava com o epíteto, pois considerava que o cão tinha muito a ensinar ao ser humano. Viviam a sua vida a cada momento, aprendiam a identificar os amigos dos inimigos, e eram leais aos primeiros. Comiam quando tinha fome, e não escolhiam alimento.
Diógenes levou ao extremo os preceitos cínicos de seu mestre Antístenes. Foi o exemplo vivo que perpetuou a indiferença cínica perante os valores da sociedade da qual fazia parte. Desprezava a opinião pública e parece ter vivido em uma pipa ou barril. Reza a lenda que seus únicos bens eram um alforje, um bastão e uma tigela (que simbolizavam o desapego e autossuficiência perante o mundo), sendo ele conhecido também, talvez pejorativamente como kinos, o cão, pela forma como vivia.
Provavelmente, Diógenes foi o mais folclórico dos filósofos. São inúmeras as histórias que se contavam sobre ele já na Antiguidade.
É famosa, por exemplo, a história de que ele saía em plena luz do dia com uma lamparina acesa procurando por homens verdadeiros (ou seja, homens auto-suficientes e virtuosos).
Igualmente famosa é sua história com Alexandre, o Grande, que, ao encontrá-lo, ter-lhe-ia perguntado o que poderia fazer por ele. Acontece que devido à posição em que se encontrava, Alexandre fazia-lhe sombra. Diógenes, então, olhando para a Alexandre, disse: "Não me tires o que não me podes dar!" (ou seja: "deixa-me ao meu sol"). Essa resposta impressionou vivamente Alexandre, que, na volta, ouvindo seus oficiais zombarem de Diógenes, disse: "Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes."
Outra história ainda é a de que um dia Diógenes foi visto pedindo esmola a uma estátua. Quando lhe perguntaram o motivo de tal conduta ele respondeu "por dois motivos: primeiro é que ela é cega e não me vê, e segundo é que eu me acostumo a não receber algo de alguém e nem depender de alguém."
Diógenes é tido por alguns estudiosos como o predecessor do anarquismo. Uma vez perguntado sobre a sua nacionalidade ele disse: "Não sou de Atenas nem da Grécia, sou um cidadão do mundo"
O total desprezo às convenções sociais, como pátria, classe social, casamento, fez dele um visionário da liberdade total do ser humano.
Em sua obra mais famosa chamada de "A República" ele preconiza todos esses conceitos como; a liberdade sexual total, a indiferença à sepultura, a igualdade entre homens e mulheres, a negação do sagrado, a supressão das armas e da moeda e o repúdio à arrecadação em prol da cidade e de suas leis. Por outro lado, Diógenes considerava o amor como sendo absurdo: não se deve apegar-se a outra pessoa.
Mesmo tendo tido a liberdade como prêmio pelo seu valor intelectual, preferiu as ruas, local onde ele, através de puro cinismo, tentava combater a concupiscência, a luxúria e a corrupção, no mais amplo sentido. Sua vida Inspirou escritores como Roberto Bolaños a criar o personagem Chaves, influenciar diretamente o Estoicismo, era livre em seu próprio pensamento, crítico, pois das críticas se revertem erros.
Fontes:
socientifica.com.br
wikipedia.org
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