Hoje vamos falar de um ritmo bem brasileiro o Chorinho.
O Choro surgiu no Rio de Janeiro em 1870, originário da fusão de ritmos europeus com ritmos afro-brasileiros. Eles utilizavam, entre outros instrumentos, violão, flauta, cavaquinho, que dão à música um aspecto sentimental, melancólico e "choroso". O nome deste estilo musical pode ter sido derivado da palavra xolo, que era um tipo de baile que os escravos faziam no período colonial, ou talvez, pela maneira chorosa que os músicos amaciavam certos ritmos de sua época. No início, era apenas um grupo de instrumentistas que aos sábados e domingos se reuniam na casa de um deles para fazer música. Foi a partir de 1880 que o choro popularizou-se nos salões de dança e no subúrbio carioca. Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga foram os primeiros compositores que deram características próprias firmando-o como gênero musical.
No início do século XX começou a ser cantado, deixando de ser apenas instrumental. Aproxima-se do maxixe e do samba e adquiriu um ritmo mais rápido, agitado e alegre. Nesta mesma época surge o chorinho ou samba-choro, também conhecido como terno, por causa da delicadeza e sutileza de sua melodia.
Na década de 30, com o apoio do rádio e com investimento das gravadoras de disco, tornou-se sucesso nacional. Uma nova geração de chorões organizaram-se em conjuntos chamados regionais e introduziram a percussão nas composições. Alfredo da Rocha Vianna Filho, Pixinguinha, foi o principal nome do período, autor de mais de uma centena de choros e um dos maiores compositores da música popular brasileira. . Sua importância foi tamanha que o Dia Nacional do Choro foi estabelecido em 23 de abril, data de seu aniversário. Tal homenagem foi proposta pelo senador Artur da Távola e aprovada pelo Presidente da República em 4 de setembro de 2000.
Waldir Azevedo, (27.01.1923-20.09.1980) foi um dos principais interpretes do chorinho, compondo músicas como "Brasileirinho", "Vê se gostas" e "pedacinho de céu".
Outro grande compositor e chorão foi Jacob do Bandolim, (14.02.1918 - 13.08.1969) com "Noites cariocas", "brejeiro" e "assanhado"
Outro destaque foi Chiquinha Gonzaga (17.10.1847-28.02.1935), com chorinhos como "Atraente" e "Corta jaca"
Não podemos esquecer é claro de Pixinguinha (23.04.1897-17.02.1973) com o famoso "Carinhoso" "Urubu e o gavião" e "Naquele tempo"
Na década de 50, o estilo musical perdeu seu espaço devido ao surgimento da Bossa Nova, mas manteve-se presente na produção de vários músicos da MPB. Foi redescoberto na década de 70, quando criaram os Clubes do Choro, que revelam novos conjuntos de todo o país e os festivais nacionais.
Atualmente o Choro ainda é prestigiado por muitos, é fortalecido por grupos que se dedicam à sua modernização e divulgação de novos artistas.
Na localidade fluminense de Conservatória que pertence à Valença, podemos assistir a um bom chorinho nas noites de sexta-feiras e sábados.
Um lugar para curtir o chorinho é o Bar do Bexiga, na Rua Treze de Maio, além do chorinho, eles tocam outros tipos de musicas brasileiras.
Outro lugar é o Teatro Arthur Azevedo no bairro da Moóca, onde se apresenta no primeiro final de semana de cada mês o Clube do Choro de São Paulo que também participa de rodas de choro todos os sábados às 18 horas. Além disso, promove rodas em diferentes espaços da cidade de São Paulo, como Centro Cultural São Paulo, Teatro Flávio Império, praças e ruas.
Teatro Arthur Azevedo
Agora mais um pouco de chorinho:
Brasileirinho -W.Azevedo
Noites Cariocas - J.Bandolim
Pedacinho de céu - W.Azevedo
Fontes:
Wikipedia.org/chorinho
revelacaoonline.uniube.br/cultura/choronovo
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