Barroco
"Barroco é o nome de um estilo de época surgido no final do século XVI, na Itália, e caracterizado por forte influência religiosa, devido ao contexto histórico marcado pela Reforma Protestante e pela Contrarreforma. No entanto, ao lado de tanta religiosidade, havia também, na época, um forte apelo aos prazeres sensoriais. Desse modo, o estilo configura-se, basicamente, na aproximação dos opostos.
Portanto, são características presentes em obras de Gregório de Matos e Pe. António Vieira, os principais autores do Barroco brasileiro: culto ao contraste, fusionismo, pessimismo, feísmo, cultismo, conceptismo, além do uso de antítese, paradoxo, hipérbole, hipérbato e sinestesia."
Na Europa, dois grandes nomes da estética barroca são o pintor italiano Caravaggio e o escritor espanhol Luis de Góngora. No Brasil, o Barroco-Rococó conta com artistas como Aleijadinho e Mestre Ataíde. Já nossa literatura barroca é representada pelo brasileiro Gregório de Matos e pelo padre português António Vieira.
Sermão da Sexagésima- Pe. Antonio Vieira
Semen est verbum Dei. S. Lucas, VIII, 11.
I
E se quisesse Deus que este tão ilustre e tão numeroso auditório
saísse hoje tão desenganado da pregação, como vem enganado
com o pregador! Ouçamos o Evangelho, e ouçamo-lo todo, que
todo é do caso que me levou e trouxe de tão longe.
Ecce exiit qui seminat, seminare. Diz Cristo que “saiu o pregador evangélico a semear” a palavra divina. Bem parece este texto
dos livros de Deus. Não só faz menção do semear, mas também
faz caso do sair: Exiit, porque no dia da messe hão-nos de medir
a semeadura e hão-nos de contar os passos.
Como já dissemos acima, o Barroco surgiu num momento histórico da Reforma Protestante de Martinho Lutero e João Calvino.
Esse movimento literário surgiu na Itália e também chegou ao Brasil. Seu objetivo era unir as ideias renascentistas de que o homem era o centro de tudo às ideias teocêntricas da Contrarreforma. É uma arte marcada pela angústia da tentativa dessa união.
Ao unir duas ideologias contrárias, eles também passaram a colocar ideias contrárias na mesma obra. São relações marcantes, por exemplo, o sagrado/profano, o uso de luz/sombra nas pinturas, o paganismo/cristianismo e o racional/irracional.
Havia um culto no contraste e nos fenômenos da natureza que demonstram isso, como o crepúsculo, em que o sol vai se pondo para dar lugar à noite.
Fontes:
brasilescola.uol.com.br
todamateria,com.br
preparaenem com
arquivo.bocc.ubi.pt
querobolsa.com.br
google.com
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