sexta-feira, 9 de maio de 2025

A Intentona Comunista de 1935, conspiração de natureza político-militar, inscreve-se, pelas suas reivindicações políticas imediatas (de protesto político-institucional contra um governo autoritário), dentro do quadro dos movimentos tenentistas realizados no Brasil desde a década de 1920. No entanto, articularam-se estas reivindicações, sob influência comunista, à ideia de uma revolução "nacional-popular" contra as oligarquias, o imperialismo e o autoritarismo, possuindo, nas suas reivindicações menos imediatas, aspectos como a abolição da dívida externa, a reforma agrária e o estabelecimento de um governo de base popular — em outras palavras, uma revolução "nacional-libertadora".




Luís Carlos Prestes liderou a intentona contando com o apoio de Olga Benário, agente soviética enviada por Moscou. As tropas federais derrotaram os comunistas, que foram presos. Vargas usou a instabilidade política provocada pelos conflitos com os comunistas para decretar a ditadura do Estado Novo em 1937.






A denominação "Intentona Comunista" surgiu de uma tentativa de desqualificar o movimento armado de 1935. O termo "intentona" carrega um sentido depreciativo, indicando um "intento louco" ou "plano insensato", e foi utilizado pelos meios oficiais para menosprezar a ação dos envolvidos.

Segundo sempre afirmou, Prestes, o início da Revolução começou açodadamente e sem planejamento. O que deveria ser um movimento uniforme deu-se de forma fragmentada em cada estado.

Monumento em homenagem aos soldados mortos
Praia Vermelha-RJ




No começo da década de 1930, a Europa atravessava um momento delicado com a chegada de Adolf Hitler ao poder na Alemanha, e de Benito Mussolini, na Itália. As disputas ideológicas envolvendo nazi fascismo e comunismo materializaram-se em confrontos violentos. Esse embate chegou ao Brasil.

Em março de 1935, foi criada a Aliança Nacional Libertadora, de orientação comunista e liderada por Luís Carlos Prestes. O principal objetivo da aliança era conter o avanço do nazi fascismo no país e difundir os ideais comunistas. A Ação Integralista Brasileira, liderada por Plínio Salgado, seguindo a linha fascista, entrou em confronto com a ANL. Essa instabilidade foi pretexto para que Getúlio Vargas desse um golpe e decretasse, em 1937, a ditadura do Estado Novo.



Os integrantes da ANL eram compostos por militares, comunistas e líderes operários que estavam insatisfeitos com os rumos tomados por Getúlio Vargas desde a Revolução de 1930. A aliança espalhou-se rapidamente e formou sedes em várias regiões do Brasil. Por conta da sua posição contrária ao governo, a ANL foi posta na ilegalidade em julho de 1935.

Em agosto do mesmo ano, iniciou-se a organização de um levante armado para derrubar Vargas do poder e instalar um novo governo sob o comando de Prestes. Esperava-se o apoio popular para esse movimento, já que líderes operários participaram da sua elaboração, e que ele se espalhasse por todo o território nacional, tendo-se em vista as várias sedes da ANL espalhadas pelo país.

A Intentona Comunista começou em 23 de novembro de 1935, com a revolta deflagrada em Natal (RN) e, no dia seguinte, em Recife (RN). O levante começou no Rio de Janeiro em 27 de novembro. Esperava-se o apoio dos operários, mas os revoltosos estavam sozinhos nessa batalha contra o governo Vargas.



Luís Carlos Prestes, conhecido também como o “Cavaleiro da Esperança”, foi o principal nome do comunismo no Brasil durante o século XX. Ele era um oficial do Exército e participou ativamente dos levantes militares da década de 1920. Logo após a derrota da Revolução de 1924, em São Paulo, organizou a Coluna Prestes, que percorreria o interior do Brasil denunciando os desmandos da República Velha. A coluna acabou em 1927, e Prestes foi para a Bolívia.

Nesse período, ele aderiu ao comunismo por meio do secretário do Partido Comunista Brasileiro (PCB) Astrogildo Pereira. Em 1931, Prestes foi convidado para ir a Moscou receber instruções para organizar um levante armado contra o governo Vargas. Para executar a revolta, Prestes contou com o apoio de Olga Benário, agente soviética e sua amante. Com a derrota da Intentona, Prestes foi preso e Benário, que era judia, foi deportada para a Alemanha nazista. Olga estava grávida e morreu nas câmaras de gás dos campos de concentração nazistas.

Prestes e Olga Benário


Fontes:

wikipedia.org
google.com
mundoeducacao.uol.com.br
educacao.uol.com.br






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