sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Hoje vamos falar da obra prima do escritor norte-americano Ernest Hemingway, "From  whom the bells tolls" "Por quem os sinos dobram ".










Esta comovente história, cujo pano de fundo é a Guerra Civil Espanhola, narra três dias na vida de um americano que se ligara à causa da legalidade na Espanha. Robert Jordan é um americano integrante das Brigadas Internacionais, que luta ao lado do governo democrático e republicano, recebendo a missão de dinamitar uma ponte. Com ele está um grupo de guerrilheiros/ciganos, integrado por Pilar, mulher com extraordinária força de vontade, o perigoso Pablo e a bela Maria.

Por quem os sinos dobram apresenta ao leitor uma das mais inesquecíveis histórias de amor da literatura moderna.


— Mas não há muitos fascistas no seu país?
— Há muitos que não sabem que são fascistas, mas com o tempo irão descobrir.
— Mas você não pode destruí-los, antes que eles se rebelem?
— Não — disse Robert Jordan. — Não podemos destruí-los. Mas podemos educar as pessoas, de modo que elas irão temer o fascismo, reconhecê-lo quando se manifestar, e combatê-lo.

Ernest Hemingway - Por quem os sinos dobram, 1940.





Tal clássico da literatura trabalha o lado humano dos personagens diante da Guerra Civil Espanhola e, apesar de uma obra de muitas páginas, transcorre em leitura leve e poética. As nuances pessoais e íntimas daqueles que viveram aquele tempo encorpam as páginas do que se apresenta como obra histórica do conflito espanhol.

Hemingway usa como referência sua experiência pessoal como voluntário da Guerra Civil Espanhola, ao lado dos republicanos e faz uma análise ácida, com críticas à atuação extremamente violenta das tropas de ambos os lados: a dos os nacionalistas (aliados dos governos fascista italiano e do nazista alemão), e a dos republicanos (apoiados pelas brigadas internacionais e pela antiga União Soviética).


Mas, acima de tudo o livro trata da condição humana. O título é referência a um poema do pastor (sacerdote anglicano) e escritor inglês John Donne, na obra Meditações —, no qual invoca o absurdo da guerra, principalmente a guerra civil, travada entre irmãos. "Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade".

Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.
John Donne



Em várias passagens do texto os personagens mergulham em reflexões sobre a condição de estar em guerra contra seu próprio povo, portanto, irmãos, durante a guerra. E fraquejam ao ver nos inimigos seres humanos que poderiam estar em qualquer um dos lados do conflito. Ao lado deles...

Em 1943, Sam Wood dirigiu o filme baseado no livro, com Gary Cooper e Ingrid Bergman, onde em um dos diálogos é proferida a frase que se tornou, não apenas conhecida, mas popular em todo o mundo: “… não perguntes por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”.





Os atores tiveram a aprovação do próprio Hemingway.



Fontes:

wikipedia.org
google.com
pt.scrib.com
pensador.com
avozdaserra.com.br
Por quem os sinos dobram - Ernest, Hemingway

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