terça-feira, 23 de maio de 2023

 Hoje 23 de Maio comemora-se em São Paulo, o início da revolta contra o governo de Getúlio Vargas chamado de M.M.D.C.


Tudo começou depois da quebra da tradição pela oligarquia paulista da chamada política do café com leite, onde membros da elite paulista e mineira se revezavam no pode central do Brasil.

Resultado de imagem para politica do cafe com leite charge


O poder financeiro das aristocracias rurais de Minas Gerais e São Paulo, crescente durante o século anterior, havia permitido que seus políticos adquirissem projeção nacional. Desta forma, a política do café com leite consolidou o poder das famílias mais abastadas, formando as oligarquias. 

O poder econômico dessas oligarquias era como um passaporte para que eles controlassem o país inteiro visando suas conveniências e acumulando mais riquezas.

A política do café com leite, como ficou conhecida essa aliança, permitiu à burguesia cafeeira paulista de controlar, no âmbito nacional, a política monetária e cambial, e a negociação no exterior de empréstimos para a compra das sacas de café excedentes, enfim, uma política de intervenção ainda mais ativa que garantia aos cafeicultores lucros seguros. Para Minas Gerais, o apoio a São Paulo garantia a nomeação dos membros da elite mineira para cargos na área federal e verbas para obras públicas, como a construção de ferrovias.

A elite paulista, no entanto, traiu os mineiros quando o presidente paulista Washington Luís apoiou outro paulista Júlio Prestes para a sua sucessão, quando a vez seria de um político mineiro.

Aproveitando-se do confronto entre paulistas e mineiros, o gaúcho Getúlio Dornelles Vargas toou o poder.

A perda de poder e principalmente influência, além da quebra da Bolsa de N. York em 1929, que deixou muitos barões do café na miséria, sem a ajuda requerida do Estado fez com que políticos paulistas incitassem à população para um conflito, que muitos dizem ser de secessão com o governo central do Brasil.

Em 23 de maio de 1932, quando estudantes invadiram a sede da Liga Revolucionária, que apoiava a Revolução de 30 de Getúlio. Na ocasião houve um combate entre a polícia e os manifestantes que resultou na morte de quatro estudantes: Mario Martins de AlmeidaEuclides MiragaiaDráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de Andrade

A história de estudantes mortos é um tanto forçada, além de Dráuzio Marcondes de Souza de 14 anos, que trabalhava com seu pai na farmácia da família, que era estudante, e foi até  a sede do PPP por mera curiosidade. Os demais já eram homens feitos. Mario Martins de Almeida tinha 25 anos na época e era fazendeiro em Sertãozinho.  Euclides Bueno Miragaia tinha 21 anos e trabalhava num cartório no centro de São Paulo, ele era de São José dos Campos. Antonio Américo Camargo, era de uma tradicional família de cafeicultores de Amparo, tinha 31 anos era casado e tinha 3 filhos.


Os jovens paulistas revolucionários eram conhecidos respectivamente como Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. As iniciais de seus nomes gerariam o movimento conhecido como MMDC.




O MMDC foi o movimento clandestino que oferecia treinamento de guerrilha aos paulistas. Prestando homenagem e tomando como nome as iniciais dos quatro jovens assassinados pela organização que apoiava o governo de Getúlio Vargas em São Paulo, o MMDC procurava organizar um movimento consistente e treinado militarmente para enfrentar o governo nacional com fins de conseguir a derrubada do presidente.


Resultado de imagem para mmdca



Além dos quatro jovens mortos em maio de 1932, houve outro, Orlando de Oliveira Alvarenga, que ficou gravemente ferido no confronto, mas só faleceu três meses depois. Por este motivo, é possível também encontrar a sigla MMDCA para representar o levante revolucionário. De toda forma, o certo é que o movimento revolucionário que se inspirou na morte dos jovens para definir seu nome desencadeou uma onda crescente de manifestações e enfrentamentos ao governo que culminou com os combates da Revolução Constitucionalista de 1932.


Resultado de imagem para monumento aos mortos de 32
                             Mausoléu dos mortos de 32


Em São Paulo, elos menos duas avenidas homenageiam a revolução e os mortos de 32: Av. 23 de Maio e Av. 9 de Julho.

O certo é que a ambição de manter privilégios de uma minoria, levou o Estado de S. Paulo a uma guerra insana, com  mote de uma Nova Constituição e acabar com a ditadura varguista. Esquecem, todavia, que o queria era que outra ditadura que dominava o Brasil na República Velha permanece no poder no lugar daquela.



As baixas entre os paulista passam de 1000 mortos, para ter uma comparação, na Segunda Guerra Mundial, morreram cerca de 500 brasileiros.




Fontes:
historiabrasileira.com
wikipedia.org
google.com
infoescola.com



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...