O mês de Fevereiro é tido por muitos como o mês das tragédias.
Foram três grandes tragédias que abalaram São Paulo.
Em 24 de Fevereiro de 1972, o edifício Andraus, na esquina da Av. João com a Rua Pedro Américo, foi consumido por um incêndio que matou 16 pessoas e feriu 330 outras.
A causa do incêndio foi uma sobrecarga no sistema elétrico. Empresas multinacionais como a Siemens e Henkel, tinham escritórios no prédio.
A tragédia não foi maior graças ao resgate de helicóptero dos bombeiros.
Outro incêndio com ainda maiores proporções foi o do edifício Joelma, na Praça das Bandeiras.
Lá o número de mortos chegou a 191 pessoas e o de feridos superou a marca de 300.
O Edifício foi terminado em 1972, e alugado ao banco Crefisul de Investimentos.
O prédio foi construído pela construtora e incorporadora Joelma S/A que paradoxalmente o dotou das melhores tecnologias à época contra incêndio.
No dia 01 de Fevereiro de 1974, um curto circuíto no ar condicionado no 12º andar iniciou o incêndio que rapidamente se espalhou por outros andares.
As salas acarpetadas, com divisória e móveis de madeira, e as cortinas foram condutores do fogo.
Além disso o prédio não possuía escadas de incêndio, nem brigadistas.
As duas torres eram servidas somente por uma escada.
No desespero 20 pessoas se jogaram das janelas, todas morreram .
Muitas escaparam no início pelos elevadores, até que eles parassem de funcionar, o que causou muitas mortes, como o caso de treze pessoas encontradas mortas dentro de um elevador, sem que pudessem ser identificadas.
Ela ficaram conhecidas como " treze almas do edifício Joelma".
Ao contrário do Andraus, não havia uma laje que comportasse o pouso de helicópteros, o que dificultou muito o resgate.
O Joelma foi uma divisória na preocupação com a segurança, após ele, grupos de incêndio foram obrigatórios , além de saídas arejadas, e heliportos.
Hoje o Joelma funciona no mesmo local totalmente reformados há anos, no entanto a lembrança da tragédia e histórias de ser mal assombrado, impedem sua total locação.
Outra tragédia de grandes proporções ocorreu em 24 de Fevereiro de 1984, em Cubatão, São Paulo, numa favela às margens de uma refinaria da Petrobrás chamada de Vila Socó.
Segundo dados oficiais foram 93 mortos, dados discutidos até hoje, por representantes dos moradores, pela Comissão da verdade de S.Paulo, e por jornalistas que cobriram o incêndio.
Esses dados estimam um número de vítimas fatais de pelo menos 500 pessoas, baseados no fato de crianças que não voltaram à escola, e da morte de famílias inteiras que estavam dormindo naquela hora.
Vila Socó era um lugar miserável no meio do mangue, onde moravam em condições precárias milhares de pessoas.
Por volta de 22:30 hs. do dia 24/02/1984, os moradores notaram uma vazamento no oleoduto da Petrobrás que passava em meio à favela, que ligava a refinaria de Presidente Bernardes ao Terminal de Alemoa.
Por falha de operação 700 mil litros de gasolina foram espalhados pelo mangue, de modo que qualquer faísca ou um fósforo poderia ter iniciado o incêndio, quando já passava da meia-noite do dia 25/02/1984.
A Petrobrás assumiu a culpa, mas disse que quando construiu os oleodutos não havia moradias no local.
Fontes:
wikipedia.org
inspecaoequipto.blogspot.com.br
novomilenio.inf.br/cubatao/cfoto039.htm
www.al.sp.gov.br
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