Hoje iremos falar de uma das maiores obras literárias de todos os tempos "A Divina Comédia" do escritor italiano Dante Alighieri.
Escrita originalmente no dialeto toscano, em princípio chamava-se somente "Comédia", mais tarde recebeu o nome de "Divina Comédia".
Escrita no século XIV, (entre 1307 e 1321) é dividida em três partes:
Inferno, Purgatório e Paraíso.
Cada uma das três partes do poema está dividida em cantos e esses em tercetos (com três versos).
A composição da obra está baseada na simbologia do número três, representando a Santíssima Trindade.
1 Nel mezzo del cammin di nostra vita
2 mi ritrovai per una selva oscura
3 ché la diritta via era smarrita.
4 Ahi quanto a dir qual era è cosa dura
5 esta selva selvaggia e aspra e forte
6 che nel pensier rinova la paura!
7 Tant'è amara che poco è più morte;
8 ma per trattar del ben ch'i' vi trovai,
9 dirò de l'altre cose ch'i' v'ho scorte
10 Io non so ben ridir com'i' v'intrai
11 tant'era pien di sonno a quel punto
12 che la verace via abbandonai.
1 Nel mezzo del cammin di nostra vita
2 mi ritrovai per una selva oscura
3 ché la diritta via era smarrita.
4 Ahi quanto a dir qual era è cosa dura
5 esta selva selvaggia e aspra e forte
6 che nel pensier rinova la paura!
7 Tant'è amara che poco è più morte;
8 ma per trattar del ben ch'i' vi trovai,
9 dirò de l'altre cose ch'i' v'ho scorte
10 Io non so ben ridir com'i' v'intrai
11 tant'era pien di sonno a quel punto
12 che la verace via abbandonai.
Possui três personagens principais: Dante que personifica o homem, Beatriz, sua amada, que personifica a fé, e poeta Virgílio que personifica a razão.
Devido a época em que foi escrita, a Idade Média, a obra apresenta uma série de mitologias e crenças comuns àquela época.
Começa falando da Terra está no centro de uma sucessão de círculos concêntricos, onde o meridiano onde está Jerusalém, seria o local onde Lúcifer caiu na Terra, jogado do paraíso, sendo que lá ficava o Inferno.
O Inferno, portanto corresponderia a depressão do Mar Morto.
O purgatório e o paraíso fazem parte desses círculos que rodeiam a Terra.
Dante é guiado pelo poeta Virgílio, autor de "a Eneida", para o Inferno, que tem nove círculos.
Entre o vestíbulo e o primeiro círculo do Inferno fica o rio Aqueronte, que junto com o Estige, Cocito e Flegeton, são os principais rios que levam ao Inferno. Lá eles encontram o barqueiro Caronte, que conduz as almas em seu barco.
Por estar ainda vivo, Dante era muito pesado para viajar no barco de Caronte, que teve de ser persuadido por Virgílio, a levá-lo.
Caronte
Eles chegam ao limbo, o primeiro dos círculos do Inferno. Lá é onde ficam aqueles que não acreditam em Cristo, ou que nasceram antes de Jesus Cristo, ou ainda aqueles que não foram batizados. Lá Dante encontrou Homero.
O Limbo fica suspenso entre o paraíso e o Inferno.
No segundo circulo ficam o luxuriosos, que sofrem com tempestades de vento.
No terceiro círculo ficam os gulosos, que são vigiados pelo cão de três cabeças, Cérbero.
No quarto, ficam os avarentos empurrando pesos enormes
No quinto, ficam os raivosos, irascíveis, que se enfurecem à toa, junto aos insolentes e soberbos, envoltos num pântano de lama ardente do Estige.
Para atravessar esse pântano eles pegam carona na boleia do demônio Etagias, que os deixa na cidade de Dite, com suas muralhas de fogo, e que está na parte mais profunda do Inferno.
Os demônios não querem permitir a entrada de Dante e Virgílio, porque Dante não está morto. Então aparecem as rês fúrias e a Medusa, que petrifica quem olha para seus olhos. Eles conseguem entrar por ordem de uma divindade.
A expressão "Vá para os quintos do Inferno" vêm da Divina Comédia, na travessia para Dite.
No sexto círculo, em sua viagem por Dite eles encontram os hereges, os violentos contra si mesmos (suicidas) que são transformados em árvores, e os esbanjadores que são perseguidos por cadelas ferozes e famintas.
No sétimo círculo ficam os violentos contra Deus, e os agiotas, que são castigados por chuva de fogo.
Saindo do sétimo circulo eles encontram um abismo, intransponível. Eles são então transportados por um ser alado, que os leva até o fundo do precipício, onde eles encontram o oitavo círculo.
O oitavo circulo é rodeado por dez fossos, que são ligados por pontes. A tortura aqui é muito maior e os pecados também. Esses fossos são guardados por três gigantes acorrentados.
No nono e último círculo, não há fogo, mas frio. Lá ficam os traidores: Judas, Brutus, Cássio Longino (Brutus e Cássio foram os principais conspiradores contra Júlio César.
Lúcifer está lá e devora os três.
Eles finalmente chegam ao centro da Terra, e vislumbram o Cruzeiro do Sul, que mostra que o paraíso fica ao Sul do Equador. A frase não existe pecado do lado debaixo do Equador, pode se referir que não existe pecado porque lá está o paraíso.
Outra explicação é que no século XVI foi traçado uma linha de amizade, dividindo a Terra em Norte e Sul. Do lado Norte ficava a Europa, berço da civilização, com leis, e regras, e religiões. Abaixo no lado Sul ficavam os povos indígenas que vivam sem a lei impingida pelos homens e pela igreja.
Para chegar ao Paraíso era preciso chegar ao Purgatório.
O Purgatório era onde os pecadores arrependidos expiavam seus pecados, na espera de passar para o Paraíso.
Cada um dos sete círculos que compõem o Purgatório, representam os sete pecados capitais.
Orgulho, Inveja, Ira, Preguiça,Avareza, Gula e Luxúria.
O avarento e o pródigo estão no mesmo estágio do Purgatório, pois o avarento supervaloriza o dinheiro e o pródigo o desperdiça.
Dante se despede de Virgílio, pois este não pode entrar no paraíso por ser pagão.
Dante encontra a sua amada Beatriz, que o leva até o rio Lete. Quando Dante bebe da água desse rio sua memória é apagada, e seus pecados são redimidos.
Dante e Beatriz
Existe uma outra lenda que diz que o Paraíso fica entre o Tigre e o Eufrates, quando ele vê o rio ele julga ser o Tigre. Finalmente ele chega ao Paraíso.
O Paraíso é composto de sete céus móveis, cada um deles corresponde a um planeta.
Como no modelo cosmológico de Ptolomeu
Como no modelo cosmológico de Ptolomeu
O primeiro é a Lua, depois Mercúrio, Vênus, Sol, Mate, Júpiter e Saturno. Em cada um deles Dante é abençoado e então vai ao encontro de Deus. Isso ele só consegue por intercessão da Virgem Maria e com a ajuda de São Bernardo.
Beatriz tem uma importância muito grande na obra de Dante, ela é a fé a que lhe dá ânimo para empreitada até os Infernos, para isso ela pede ajuda de Virgílio que representa a razão.
Beatriz é o divino, da religiosidade.
Dante alcançou o Paraíso pela fé em Beatriz, e foi guiado pela razão que vinha de Virgílio.
O poema é repleto de significados, sendo que para alcançar o Paraíso, ou seja Deus, Dante é atormentado e precisa passar pelas agruras do Inferno e do Purgatório.
Era uma forma da sociedade e da Igreja dizer que o sofrimento leva à plenitude e à salvação.
O poema é repleto de significados, sendo que para alcançar o Paraíso, ou seja Deus, Dante é atormentado e precisa passar pelas agruras do Inferno e do Purgatório.
Era uma forma da sociedade e da Igreja dizer que o sofrimento leva à plenitude e à salvação.
Dante e Beatriz
Dante e Virgílio
Fontes:
wikipedia.org.
ebooksbrasil.org
stelle.com.br
Tnferno
relata uma odisséia pelo mundo subterrâneo pa-ra onde se dirigem após a morte, segundo a crençacristã, aqueles que pecaram e não se arrependeram em vida. A viagem, relatada em 4720 versos rimados em tercetos, é rea-lizada pelo próprio Dante guiado pelo espírito de Virgílio – famosopoeta romano dos tempos de Júlio César.
O
A geografia do mundo e do reino dos mortos reflete as cren-ças vigentes na Idade Média. A terra, esférica, era o centro do Uni- verso segundo a cosmologia de Ptolomeu. Três continentes eramconhecidos: Ásia, África e Europa, e acreditava-se que eles ocupa- vam somente um dos hemisférios do planeta. Todo o hemisfériooposto era coberto de água. Na mitologia de Dante, a única exceçãoera o pólo oposto à cidade de Jerusalém, que ficava no meio do o-ceano. Lá havia uma ilha em cujo centro despontava uma única ealtíssima montanha – o monte do
Purgatório
. Além das crenças cristãs da época, o poema de Dante tambémfoi influenciado por vários outros poemas épicos que precederam a
Comédia
. Monstros avernais e outras figuras mitológicas gregas eromanas que apareceram nas obras de Homero, Virgílio e Ovídio,ressurgem no
Inferno
de Dante ora como condenados ora como se-res responsáveis pelo funcionamento de algum “serviço” mantidono reino de Lúcifer
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