terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Olá, pessoal!

Hoje vamos falar de uma história de amor, famosa na literatura árabe, e famosa mundialmente se assemelhando a história de Romeu e Julieta. Chama-se a história de Layla e Majnun ( لیلی و مجنون ).

Escrita pelo poeta persa/curdo Nizami Ganjavi.






Essa é uma história sobre dois jovens. Ela se chama Layla e ele é um jovem chamado Qays, mas que ficaria conhecido por toda a eternidade como Majnun, que quer dizer o louco, o desvairado. 
Uma noite, Majnun cavalgava errante com seu camelo e de repente avistou um grupo de mulheres belíssimas. Entre elas estava Layla, a mulher por quem Majnun dedicaria o resto da sua existência, e bastou um olhar entre os dois para causar um efeito devastador em Majnun, que se apaixonou desesperadamente.




Ele acompanhou as mulheres para o banquete ao qual elas se dirigiam e matou seu camelo em contribuição ao festejo. Layla também se apaixonou por Majnun desde o princípio e ele decide pedir a mão dela em casamento.
Majnun não sabia, mas o pai de Layla já a havia prometido ao homem de nome Ebn-e Salaam e cujo casamento só não se havia realizado ainda pelo fato de Ebn-e Salaam achar que Layla era muito nova ainda, pedindo ao pai dela para aguardar mais alguns anos.
Ao saber disso Majnun desespera-se largando tudo para viver uma vida miserável junto aos animais selvagens. Durante isso, escreve poemas sempre exaltando seu amor por Layla. O pai de Majnun, vendo seu filho em tal estado, resolve fazer levá-lo em uma peregrinação para fazer com que ele se esqueça de Layla. Majnun não consegue tirar Layla de sua cabeça e sua loucura por ela apenas aumenta a cada dia que passa.
Perdido, o pai de Majnun tenta convencer o pai de Layla a deixar que os dois jovens se casem, mas o pai de dela é ainda mais irredutível pois os poemas de Majnun são famosos agora e o pai de Layla considera isso uma afronta à reputação de sua filha. "Nem mesmo um vento passa sem sussurar o nome de minha filha Layla... É preferível matá-la a dar a mão dela a ele".
Ebn-e Salaam casa-se com Layla e ao saber disso, Majnun volta a viver em meio aos bichos, com o coração totalmente devastado e completamente insano. Majnun recusa-se a voltar para casa e conviver com o resto da humanidade. Seu pai morre de tanto desgosto, Majnun é filho único e seu pai amava-o demais para vê-lo em tal situação.
Apesar de estar casada, Layla nunca esqueceu Majnun e o ama ainda mais do que antes. Ao saber da morte do pai de Majnun, corre ao seu encontro. Majnun no entanto está irreversivelmente louco e não a reconhece, apesar de todo o esforço que ela dispende para tentar convencê-lo. 
O marido de Layla reconhece então que ela nunca o amará e fica doente e morre em pouco tempo. Layla é agora uma viúva, mas segundo a tradição, uma viúva deve se manter incomunicável por dois anos como luto pelo marido que partiu. O amor de Layla por Majnun é maior do que sempre fora e ela não consegue ficar tanto tempo longe se seu amor. Cada instante longe de Majnun é um sofrimento indescritível. Layla não agüenta e morre.
Majnun fica sabendo da morte da Layla e descobre que o mundo não faz o menor sentido sem a existência dela. Ele vai até o túmulo de Layla e chora. Chora e repete desesperadamente o nome dela, "aos montes ensinando e às ervinhas, o nome que no peito escrito tinhas". Majnun vai se enfraquecendo, até finalmente morrer de tantas lágrimas derramadas e pelo desespero da morte da amada.


O poema inspirou, filmes, peças teatrais, óperas, e músicas, é uma história de amor impossível.




Layla e Majnun        Radiodervish grupo musical italiano


لها .. كانت ترقص روحي

لها .. كانت فرحة عمري
رياح .. اوصليني لها
رياح .. اعيديها لي

ما شرقت شمس في ضحى

الا ما نادت ليلى
ما قمر بان مساء

دون ذكراها

جنان .. كانت تسكن صدري
جنان .. كانت تسكر عشقي
ظلال .. لا تزال هنا
ظلال .. لا تواسيني

ما شرقت شمس في ضحى

الا ما نادت ليلى
ما قمر بان مساء
دون ذكراها

قفي يانجوم السماء

قفي يا لحظات الزمان
ما قلبي الا لها الى الابد

ما شرقت شمس في ضحى

الا ما نادت ليلى
ما قمر بان مساء
دون ذكراها

قفي يانجوم السماء

قفي يا لحظات الزمان
ما قلبي الا لها الى الابد

قفي يانجوم السماء

قفي يا لحظات الزمان

ما قلبي الا لها الى الابد


Tradução:
Meu ser rodava a sua volta, e exaltava a alegria de minha idade. Oh! ventos traga-a de volta para mim. Não há sol ao amanhecer, sem Layla. O que chamou Layla ? Não há lua à noite sem sua lembrança. Agora restaram apenas poucas imagens, somente sombras que não consolam, o tempo não passa, as estrelas não cintilam.

Tradução livre da música Layla e Majnun




Fontes:
wikipedia.org
youtube.com.br
virginiallan-cantilenadocorvo.blogspot.com.br
cinerockclub.blogspot.com.br
ascoisasdelala.blogspot.com.br

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