Olá, pessoal!
Hoje vamos falar das funções do "SE".
A partícula SE, que pode ser também um pronome, possui várias formas de uso e chega a causar dúvidas em muitas pessoas na hora de escrever textos ou em provas. Veremos aqui suas principais funções:
Como PRONOME, o “SE” pode ser
a) Pronome Pessoal Reflexivo
Neste caso, o SE vai servir para indicar uma ação que é praticada pelo sujeito e ele mesmo receberá suas conseqüências. Dizemos que o sujeito pratica e sofre a ação.
Exemplos:
- Maria cortou-se com uma tesoura.
- Deitou-se mais cedo para descansar.
b) Pronome Pessoal Recíproco
O pronome recíproco é muito parecido com o reflexivo, mas neste caso a ação envolve dois sujeitos, em que ambos praticam a ação um sobre o outro, e portanto também sofrem a conseqüência da ação praticada.
Exemplos:
- Pedro e Maria deram-se as mãos.
- Meus pais se amam profundamente.
c) Pronome Apassivador
Pode também ser chamado de partícula apassivadora/apassivante, e serve para indicar que a frase está na voz passiva, ou seja, o sujeito sofre a ação praticada por outro agente. Chamamos de sujeito “paciente”.
O pronome apassivador segue um VTD (verbo transitivo direto) que esteja na 3ª (terceira) pessoa.
Exemplos:
- Vendem-se casas.
- Os livros que se extraviaram, foram restaurados.
Para comprovar, pode-se colocar a frase na voz passiva analítica, como está feito abaixo.
- Fazem-se unhas. (voz passiva analítica: Unhas são feitas)
- Alugam-se casas e apartamentos. (casas e apartamentos são alugados).
- Fazem-se unhas. (voz passiva analítica: Unhas são feitas)
- Alugam-se casas e apartamentos. (casas e apartamentos são alugados).
d) Pronome Indefinido
Também chamado de Índice de indeterminação do sujeito, é utilizado em frases cujo sujeito é indeterminado, e por muitos gramáticos não é considerado um pronome.
Exemplos:
- Precisa-se de vendedor.
- Vive-se um dia de cada vez.
O “SE” como PARTÍCULA DE REALCE
Como o nome já sugere, o SE servirá neste caso para realçar aquilo que está sendo dito, e portanto poderá ser retirado da frase sem prejudicar a sua estrutura sintática e coesão.
Exemplos:
- Foi-se embora a minha última esperança.
- Você fez o que lhe pedi? Se fiz!
Como CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA, o “SE” pode ser:
a) Causal
Pode ser substituída pelas construções ‘já que’, ‘visto que’ e ‘por que’. É utilizada na oração subordinada para indicar a causa da oração principal.
Exemplo:
- Se você não chegou, tivemos que improvisar um apresentador.
b) Condicional
Indica uma condição para a oração principal.
Exemplo:
- Se você não chegar cedo, teremos que improvisar um apresentador.
c) Concessiva
Pode ser substituída pela conjunção ‘embora’, e indica uma concessão, uma exceção à conseqüência natural da ação.
Exemplo:
- Se perdermos este jogo, nem por isso sairemos daqui desanimados.
d) Integrante
Aparece entre dois verbos para completar o sentido de um deles. É utilizada nas orações substantivas.
Exemplos:
- Pergunte se trouxe a encomenda que pedi.
- Fale-me se estou certo ou errado.
Fontes:
brasilescola.uol.com.br
infoescola.com.br
recantodasletras.com.br
portugues.uol.com.br
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