Hoje vamos falar de um período triste na História do Brasil e na História da Humanidade, a Escravidão.
Há diversas ocorrências de escravatura sob diferentes formas ao longo da história, praticada por civilizações distintas. No geral, a forma mais primária de escravatura se deu na medida em que povos com interesses divergentes guerreavam, resultando no acúmulo de prisioneiros de guerra. Apesar de, na Idade Antiga, ter havido comércio de escravos, não era necessariamente esse o fim reservado a esse tipo de espólio de guerra. Vale destacar que algumas culturas com um forte senso patriarcal reservavam, à mulher, uma hierarquia social semelhante à do escravo, negando-lhe direitos básicos que constituiriam a noção de cidadão.
A escravidão era uma situação aceita, e logo tornou-se essencial para a economia e para a sociedade de todas as civilizações antigas, embora fosse um tipo de organização muito pouco produtivo. A Mesopotâmia, a Índia, a China e os antigos egípcios e hebreus utilizaram escravos.
Na civilização grega, o trabalho escravo acontecia na mais variada sorte de funções: os escravos podiam ser domésticos, podiam trabalhar no campo, nas minas, na força policial de arqueiros da cidade, podiam ser ourives, remadores de barco, artesãos etc. Para os gregos, tanto as mulheres como os escravos não possuíam direito de voto. Muitos dos soldados do antigo Império Romano eram ex-escravos.
No Império Romano, o aumento de riqueza realizava-se mediante a conquista de novos territórios, capazes de fornecer escravos em maior número e mais impostos ao fisco. Contudo, arruinavam os pequenos proprietários livres, que, mobilizados pelo serviço militar obrigatório, eram obrigados a abandonar as suas terras, das quais acabavam por ser expulsos por dívidas, indo elas engrossar as grandes propriedades cultivadas por mão de obra escrava.
Mercadores de escravos analisando a mercadoria
Nas civilizações pré-colombianas (asteca, inca e maia), os escravos não eram obrigados a permanecer como tais durante toda a vida. Podiam mudar de classe social e normalmente tornavam-se escravos até quitarem dívidas que não podiam pagar. Eram empregados na agricultura e no exército. Entre os incas, os escravos recebiam uma propriedade rural, na qual plantavam para o sustento de sua família, reservando ao imperador uma parcela maior da produção em relação aos cidadãos livres.
No Brasil, A primeira forma de escravidão foi dos gentios da terra ou negros da terra, os índios especialmente na Capitania de São Paulo onde seus moradores pobres não tinham condições de adquirir escravos africanos, nos primeiros dois séculos de colonização. A Escravização de índios foi proibida pelo Marquês de Pombal. Eram considerados pouco aptos ao trabalho.
Quando os portugueses chegaram a África, encontraram um mercado africano de escravos largamente implementado e bastante extenso.
Os africanos eram escravizados por diversos motivos antes de serem adquiridos:
- por serem prisioneiros de guerra;
- penhora: as pessoas eram penhoradas como garantia para o pagamento de dívidas;
- rapto individual ou de um pequeno grupo de pessoas no ataque a pequenas vilas;
- troca de um membro da comunidade por comida;
- como pagamento de tributo a outro chefe tribal.
A história da escravidão nos Estados Unidos inicia-se no século XVII, quando práticas escravistas similares aos utilizados pelos espanhóis e portugueses em colônias na América Latina, e termina em 1863, com a Proclamação de Emancipação de Abraham Lincoln, realizada durante a Guerra Civil Americana. Apesar de o tráfico de escravos ter sido proibido em 1815, o contrabando continua até o ano de 1860, enquanto no norte crescia a campanha pela abolição.
A Guerra Civil Americana (também chamada de Guerra da Secessão) que se segue deixa um saldo de centenas de milhares de mortos e uma legião de negros marginalizados. Nenhum programa governamental é previsto para sua integração profissional e econômica. O sul permanece militarmente ocupado até 1877, favorecendo o surgimento de sociedades secretas como os Cavaleiros da Camélia Branca e a Ku Klux Klan, que empregam a violência para perseguir os negros e defender a segregação racial.
escravo açoitado
Infelizmente, essa prática desumana é recorrente até os dias atuais. Denúncias de trabalho escravo no Brasil e em outros países do mundo inteiro são relatadas quase todos os dias.
A exploração do homem pelo homem é uma aberração, e muitos se baseiam até mesmo em textos bíblicos, para justificarem a escravidão.
Grandes empresas no ramo da confecção, com marcas mundiais utilizam deforma indireta, através de empresas terceirizadas o trabalho escravo.
Por lei a escravidão está extinta no mundo, embora em países com democracia fraca ou incipiente, a escravidão ainda é verificada.
Mulheres e meninas são escravizadas para serviços de prostituição ao redor do mundo, além de serem usadas no serviço doméstica.
Mesmo em países com democracia consolidada, como na Europa e nos EUA, mulheres são forçadas aos trabalhos domésticos, ou em prostíbulos, sob pena de serem denunciadas aos serviços de imigrações, muitas vezes por estarem ilegais nos países.
Atualmente, existem diversos acordos e tratados internacionais que abordam a questão do trabalho escravo, como as convenções internacionais de 1926 e a de 1956, que proíbem a servidão por dívida. No Brasil, foi somente em 1966 que essas convenções entraram em vigor e foram incorporadas à legislação nacional. A Organização Internacional do Trabalho (O.I.T.) trata do tema nas convenções número 29, de 1930, e 105, de 1957. Há também a declaração de Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho e seu Seguimento, de 1998.
A única forma que temos para acabar com essa abominação é a denúncia.
Fontes:
Wikipedia.org.
Brasilescola.uol.com.br
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