Em 31 de março de 1964, tropas lideradas pelo General Olimpio Mourão Filho, saíram de Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro, estava assim dado o golpe.
O mesmo Mourão, capitão na época, admirador do Movimento Integralista Brasileiro que em 1937 criou um documento falso, chamado de Plano Cohen, que falava sobre uma suposta ameaça comunista no Brasil. Baseado nesse documento Getúlio Vargas implantou o Estado Novo, uma ditadura que durou de 1937 a 1945.
Ou seja o mesmo personagem foi responsável por duas ditaduras.
Militares dessa estirpe golpista tomaram o Brasil com a desculpa de livrar o país do comunismo, mesmo mote usado por outros presidentes ditatoriais com o Getúlio Vargas.
Nunca houve, um risco do comunismo ser implantando, a não ser na fracassada Intentona comunista de 1935, que durou uma semana.
Com as ameaças de golpe, Jango vai para o Rio Grande do Sul, governado por Leonel Brizola, seu cunhado. Foi a deixa para que o presidente do Congresso Nacional, Auro de Moura Andrade, declare vago o cargo de presidente, concretizando assim o golpe.
Em 9 de abril é decretado o Ato Institucional nº 1 (AI-1) que cassa mandatos parlamentares opositores ao regime.
Em 15 de abril de 1964 toma posse o Marechal Humberto de Alencar Castello Branco (1964-1967).
Em seu governo foi instituída as eleições indiretas e o bipartidarismo (Arena aliada ao governo) e MDB (de oposição).
Além disso interviu e fechou sindicatos, e restringiu os direitos civis.
Castelo Branco morreu num acidente aéreo no Ceará, seu avião foi atingido na asa por um outro avião militar, fato que até hoje gera polêmicas sobre o acidente, pois na época ele cogitava devolver o poder para os civis, o que desagradava parte dos militares.
Em seu lugar assume o General Artur da Costa e Silva (1967-1969).
No governo dele é decretado o Ato Institucional nº 5 ( golpe dentro do golpe), era dia 13 de dezembro de 1968, uma sexta-feira. Com esse ato ele suprime de vez qualquer esperança de liberdade, ou democracia.
Aposentando juízes, acabado com o "habeas corpus" e aumentando a repressão policial e impedindo de vez qualquer tipo de manifestação ou associação contrária ao regime.
Em Agosto de 1969 Costa Silva sofre um derrame cerebral e é substituído por uma junta militar composta por Aurélio de Lira Tavares (exército), Augusto Rademaker (marinha) e Márcio de Souza e Melo (aeronáutica).
Essa junta militar governou de 31/08/1969 a 30/10/1969, durante esse período, grupos de oposicionistas aderiram à luta armada, e fizeram o sequestro do embaixador dos EUA, Charles Elbrick, que foi libertado em troca da libertação de 15 presos políticos, que foram para o México.
Passeata dos 100 mil, Rio de Janeiro - 26 de julho 1968
Costa Silva morre em 17 de dezembro de 1969.
É eleito , então de forma indireta o General Emílio Garrastazu Médici ( 1969-1974).
Em seu governo a repressão, tortura, morte e desaparecimento de oposicionistas atingiu o seu ápice, assim como a censura aos meios de comunicação, ao teatro, as composições musicais, e artes de uma maneira em geral.
É também o período do chamado "Milagre brasileiro", quando o PIB chegou a crescer em até 12% a.a., a inflação todavia permanecia em 18%.
Uma das frases marcantes de Médici, foi: "O país vai bem, mas o povo vai mal".
Governo de Ernesto Geisel (1974-1979).
O seu governo é marcado pelo início da abertura politica, pelo fim do "milagre econômico" com o crescimento da inflação e com a insatisfação da população, além do aumento do preço do petróleo no mundo inteiro, seguindo de recessão econômica.
Em 1974 o MDB, partido de oposição elege 59 % das vagas para o Senado federal, representando uma derrota política ao governo.
No final do governo ele acaba com o AI-5, e restaura o Habeas Corpus.
Os militares da linha dura, no entanto, continuam praticando atos para impedir a abertura política.
Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog é morto das dependências do Doi-Codi, centro de tortura e assassinatos de opositores políticos em São Paulo.
Em 1976 o operário Manuel Fiel Filho, acaba morto da mesma forma.
Em 1979 é eleito o General João Baptista Figueiredo( 1979 a 1985).
Em seu governo é decretada a Lei de Anistia e a volta dos exilados políticos ao Brasil.
No governo de Figueiredo é restaurado o pluripartidarismo.
Apesar da abertura política que estava em andamento, o núcleo duro das Forças Armadas, ainda tentava continuar no poder com atos de terror contra a sociedade; como a carta bomba enviada à OAB e que matou a secretária Lyda Monteiro da Silva em 27/08/1980. O mesmo grupo em 30 de abril de 1981, levou uma bomba para um show no Riocentro em comemoração ao dia do Trabalho.
A bomba, no entanto, explodiu antes da hora matando o sargento Guilherme Pereira do Rosário e ferindo gravemente o capitão Wilson Dias Machado, hoje coronel atuando como educador no colégio militar de Brasília.
Em 1985 com a eleição de Tancredo Neves, pelo colégio eleitoral, tem a fim uma trágica ditadura no Brasil, que além das torturas e mortes causadas, levou ao atraso o desenvolvimento econômico, político e cultural.
A democracia é, sem duvida, o melhor regime de governo. Os governantes devem ser expostos ao sufrágio popular, e àqueles que não fizerem um bom governo serão substituídos por outros. Sempre pelo voto livre o soberano.
Fontes:
www.historiadobrasil.net/ditadura
http://www.suapesquisa.com/ditadura
pt.wikipedia.org
google.com
blogs.oglobo.globo.com
brasilescola.uol.com.br
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