quinta-feira, 20 de março de 2025

 


Armínio foi o nome que o chefe guerreiro dos Queruscos, Segímero (em latim: Segimero), deu ao seu filho em 16 a.C.. Eram tempos difíceis: alguns anos depois do nascimento de Armínio, o líder militar romano Tibério conquistou, quando da sua campanha germânica, também o território dos Queruscos. Tibério, que mais tarde se tornou Imperador, quis convencer Segímero a entrar numa aliança com Roma. Por isso, ofereceu uma educação militar e uma carreira no Império Romano ao seu filho, fortificando assim a ligação. Armínio foi então enviado para Roma em 8 a.C., onde recebeu a prometida educação militar e avançou até ao grau de um Tribuno. Na sua função de Tribuno, acompanhou o exército de Tibério nas suas várias operações em território germânico. Deixou uma ótima impressão aos militares romanos e recebeu os direitos de um cidadão romano.





O regresso para a pátria e a revolta contra o Império Romano

Por volta do ano 7, Armínio voltou para a sua terra natal. Como comandante de unidades auxiliares germânicas, servia sob o comando do governador das províncias e comandante das legiões da zona do Rio Preto, Públio Quintílio Varo. Varo tinha recebido ordens para tornar a parte ocupada da Germânia definitivamente uma província romana. Por isso, começou a cobrar impostos e a tratar os Germanos como súditos do Império Romano.

Nessa altura, Armínio começou a virar as costas aos Romanos. Sob o seu comando, várias tribos germânicas (Queruscos, Marsos, Catos, Brúcteros, Caúcos e Sicambros) fizeram uma grande revolta no ano 9. Esta revolta foi possível graças à habilidade diplomática de Armínio, conseguindo unir as várias tribos.

A batalha da floresta de Teutoburgo - a grande vitória de Armínio

A lenda diz que, na noite anterior à revolta, Armínio jantou com Varo, que tinha muita confiança nele. Era outono e supostamente as tropas romanas deviam se mudar para os campos de Inverno. Homens que conheciam bem o terreno foram contratados para guiar as tropas a partir do rio Weser até Aliso, que fica na margem do rio Lipa. Foi o próprio Armínio quem escolheu esses homens. A fileira das tropas, que tinha uma extensão de vários quilómetros, atravessou uma zona florestal de difícil acesso e fazia um alvo fácil para os guerreiros germânicos, que estavam habituados a esse terreno. Além disso, muitos deles foram treinados pelos próprios militares romanos e tinham bastante experiência em batalhas. Assim conseguiram aniquilar por completo três legiões romanas compostas por cerca de 20 000 homens. Armínio obteve uma vitória devastadora.

Armínio


O governador Públio Varos   vendo seu exército dizimado pela rebelião, se suicidou. Essa é uma das piores derrotas que o Império romano já passou, e mais tarde resultou na libertação da Germânia, às ordens do imperador Augusto.





O fim de Armínio

O domínio dos Romanos sobre a Germânia para lá do rio Reno já se encontrava então em plena fase de declínio. Os Germanos não tentaram libertar os territórios germânicos para cá do Reno (províncias romanas, Germânia Inferior e Germânia Superior) pelo simples facto de as tribos se encontrarem em brigas constantes umas com as outras.

Existe a lenda que Armínio, apaixonado pela filha do chefe tribal dos Marcomanos, Segestes, raptou essa para se casar com ela. Segestes, aliado dos Romanos, pediu-lhes ajuda em 15. Nessa altura, o líder militar romano de nome Germânico já tinha penetrado muito o interior da Germânia, vingando assim a derrota de Varo. Várias vezes conseguiu vencer forças inimigas. Apesar disso, os Germanos continuavam a atacar onde podiam. Os Romanos não conseguiram controlar o território para lá do Reno. Por fim, em 16, o imperador Tibério desistiu da ideia de incorporar a Germânia ao Império Romano. Os Romanos foram-se embora. Mas mesmo assim, não houve paz na Germânia. Duas alianças, uma liderada por Armínio, a outra pelo rei dos Marcomanos, Marbod, entraram em guerra. Mais uma vez, Armínio obteve uma vitória. Mas em 21 foi assassinado, provavelmente pelo próprio sogro, Segestes.

Cerca de 100 anos depois da sua morte, o historiador romano Tácito designou Armínio como "Libertador da Germânia". Sua obra Germânia permitiu que, durante a Reforma, a imagem de Armínio viesse a ser usada como um contraponto do protestantismo nascente ao poderio da Igreja de Roma sendo nesta ocasião que recebeu a versão atual do nome - Hermann.




Em 476 D.C um general germânico chamado Odoacro da tribo dos Hérulos, depôs o imperador o imperador romano Romulo Augusto do poder, causando o declínio do império ocidental.


É importante ressaltar que foram apenas os germânicos que invadiram os territórios romanos através de suas fronteiras para saquear e pilhar. Hunos e Partas também infligiram pesados danos. O efetivo de combate enfraqueceu drasticamente, alterando seus uniformes e táticas de combate, incorporando estrangeiros e modificando o corpo do exercito romano, antes configurado com legiões e cohortes. Pode-se considerar que tanto o império romano do ocidente como do oriente estavam militarmente fragilizados ante seus inimigos.






Fontes:

aventurasnahistoria.com.br
google.com
wikipedia.org
britannica.com
brasilescola.uol.com.br

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