Hoje vamos falar das formas de discursos utilizados numa narrativa;

Discurso direto

Discurso indireto

Discurso indireto livre

Os discursos são a forma linguística utilizada pelos narradores para exprimirem um pensamento.

Discurso direto:

No plano formal, um enunciado no discurso direto é introduzido pelos verbos dizer, afirmar, ponderar, sugerir, perguntar, indagar, responder e outros sinônimos.

Melissa logo perguntou: - Onde está a Maria ?

Esse lugar já foi muito melhor, disse André se queixando.

Preciso fazer academia! disse Lorena.

Nos exemplos acima, podemos notar que a fala dos personagens foi reproduzida, introduzidas pelos verbos "dicendi"  reportados acima.

Este é o discurso direto, que no plano expressivo, faz com que o personagem pareça "vivo", como se estivéssemos num teatro, ou assistindo uma novela de TV, ou mesmo um filme.

Discurso indireto: Ao contrário do discurso direto onde o personagem incorpora a sua fala, no discurso indireto é o narrador que fala pelo personagem.

Assim nos exemplos abaixo:

Melissa estava ansiosa e perguntou, onde estava a Maria .

André queixou-se que o lugar já fora melhor.

Lorena disse que precisava fazer academia.

Notem que nos mesmos exemplos dos discursos diretos, a mesma mensagem foi dita, porém agora, em discurso indireto, ou seja, o narrador falou pelo personagem.

Usando também os verbos declarativos (dicendi) como no discurso direto, no indireto o narrador assume a fala do personagem.

Discurso indireto livre:

Nas literaturas mais modernas é utilizado o discurso indireto livre.

Ao contrário do discurso direto onde o personagem apresenta a sua fala, ou no discurso indireto, onde o narrador assume a fala do personagem, no discurso indireto livre, os discursos são conciliados num só.

Melissa estava irritada com o atraso de Maria. - Que demora!

André estava aborrecido com o lugar. Aqui já foi melhor!

Lorena estava se sentido fora de forma. Preciso fazer academia.

"O discurso indireto livre pressupõe duas condições:

a absoluta liberdade sintática do narrador (fator gramatical) e sua completa adesão à vida do personagem" (Celso Cunha- Gramática do Português Contemporâneo - 6ª edição página 455).

Fontes:

Gramática do Português Contemporâneo - Cunha, Celso  - 1976 - 6ª edição - Editora Bernardo Alvares - B.Horizonte-MG.

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