sexta-feira, 30 de junho de 2023

Voltando às publicações dos livros mais pedidos em vestibulares e no Enem, hoje vamos falar de "O tempo e o vento" de Érico Verissimo.










O livro é composto de três partes:

O Continente publicado em 1949
O Retrato publicado em 1951
O Arquipélago publicado em 1961

Érico Lopes Veríssimo nascido em 17 dezembro de 1905 em Cruz Alta, e falecido em 28 de novembro de 1975 em Porto Alegre.
Além de "O tempo e o vento", outras obras conhecidas são: "Olhai os lírios do campo" e "Incidente em Antares"







A primeira parte da trilogia, O Continente, trata da formação do estado do Rio Grande do Sul, através da saga das famílias; Terra, Cambará, Caré  e Amaral.





O livro conta o nascimento de Pedro Missioneiro, que terá um encontro com Ana Terra, filha de paulistas de Sorocaba. Dessa relação nasce Pedro Terra.

O pai e irmãos de Ana Terra furiosos com a gravidez de Ana, matam Pedro Missioneiro.
Numa invasão dos castelhanos à fazenda da família Terra, o pai e os irmãos de Ana são mortos e ela violentada.
Ela parte então para Santa Fé, onde se desenrola a ação de o Tempo e o Vento.

Pedro Terra tem uma filha Bibiana Terra que se apaixona pelo Capitão Rodrigo Cambará. 

Os sete capítulos de o Continente, contam a história da formação do Rio Grande do Sul, suas revoluções "Revolução Federalista" 1893/95, Farroupilhas, a Guerra do Paraguaia e Contra Rosas (contra o ditador argentino Juan Manoel de Rosas).







A segunda parte da trilogia é o Retrato, toda a história é o contraste entre o Dr. Rodrigo Cambará, homem da cidade e seu pai Coronel Licurgo.

Dr Rodrigo, médico, elegante da cidade, com hábitos finos e requintados. Com o tempo seus hábitos e seu julgo de homem fino e com ar superior, vai se degradando, e já é um arremedo do retrato pendurado na parede. O contraste entre o retrato e o Dr. Rodrigo atual, é uma referência ao famoso "Retrato de Dorian Grey" de Oscar Wild.

As noticias e acontecimentos do início do século XX chegam pelos jornais e telégrafos, mas não causam grande influência nos personagens, que preferem ver os acontecimentos passarem, sem fazer parte deles, ao contrário de o Continente, onde os personagens interagem com a história.






A terceira e última parte é O ArquipélagoA ação se passa no Rio de Janeiro, então capital do país. O Dr. Rodrigo Cambará é eleito deputado federal. 

Personagens reais como Getúlio Vargas, Graça Aranha, Luis Carlos Prestes participam dessa parte da trilogia ao lado do Dr. Cambará.

A família Cambará relaciona-se com várias correntes da sociedade da época, entre eles surge Floriano, um alter ego do próprio Érico.

Na época da produção dessa parte do livro Érico Veríssimo já sofria bastante com suas enfermidades do coração.





Baseado na obra de Érico Veríssimo foram feitos filmes e uma minissérie baseado em o Tempo e o Vento.


Fontes:

wikipedia.org
guiadoestudante.abril.com.br
google.com
beduka.com

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Todos nós alguma vez na vida já ouvimos ou lemos casos de fantasma, assombrações e histórias horripilantes. São chamadas de lendas urbanas. Vamos tratar de algumas delas nessa postagem.


Edifício Martinelli





Como muitos prédios e bairros históricos de São Paulo, o Martinelli também teve uma época de decadência, durante a qual foi palco de crimes brutais. O primeiro deles aconteceu em 1947, quando um assassino de apelido Meia-Noite estrangulou um garoto e o jogou por um dos poços de elevadores do local. Anos mais tarde, em 1965, uma garota foi morta por cinco homens e atirada do prédio em seguida.

Por conta disso, o Martinelli tem fama de mal-assombrado. Há quem diga ouvir barulho de pessoas trabalhando mesmo quando não há mais ninguém por lá.


Faculdade de Direito do Largo e São Francisco





Lendas urbanas também rondam a Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Há quem diga que a histórica instituição, que a princípio era um mosteiro, esteja em cima de restos mortais de freis que habitavam o local. Por isso, alguns funcionários juram que é possível ouvir vozes e barulhos sobrenaturais por lá.

Casa de Dona Yayá




Localizada no Bixiga, o casarão onde viveu Sebastiana de Melo Freire, a Dona Yayá, carrega uma história pesadíssima. Depois de seus pais e irmãs morrerem de causas diferentes em um curto período de tempo, a ilustre personagem permaneceu sozinha por anos dentro da residência, desenvolvendo problemas mentais. Por conta disso, foi mantida em cativeiro por funcionários ao longo de quase quatro décadas.

Após sua morte, em 1961, toda sua herança foi transferida para a Universidade de São Paulo. A casa, por sua vez, virou sede do Centro de Preservação Cultural da USP. Por lá, ainda circulam boatos de que é possível ouvir os gritos de socorro de Yayá, cujo espírito continua preso à residência.


Castelinho da Rua Apa




Com arquitetura exótica, o Castelinho da Rua Apa é famoso pelo assassinato de uma família inteira, na década de 1930. O crime até hoje não foi totalmente desvendado.

Por isso, há rumores de correntes que se arrastam sozinhas, gritos e barulhos sobrenaturais vindos de dentro do estranho prédio.


Edifício Joelma



Quando relembramos as maiores tragédias em São Paulo, é fácil vir à mente o incêndio no Edifício Joelma, em 1974. Entre 187 mortos e mais de 300 feridos, o caso marcou a história da cidade.

Hoje renomeado como Edifício Praça da Bandeira, o local ainda é alvo de histórias sobrenaturais. Acredita-se que muitas almas ainda habitam os pavimentos da construção.

Histórias de portas fechando sozinhas e vultos no meio da noite.

A lenda urbana que cerca o local, no entanto, teve origem quase três décadas antes do incêndio. Parte do terreno onde o Joelma foi construído era, em 1940, a casa da família Ferreira de Camargo.

O local foi palco do famoso Crime do Poço. Um jovem professor assistente da Universidade de São Paulo assassinou a própria mãe e duas irmãs, escondendo os corpos em um poço artesiano na propriedade. Encurralado pela polícia, o criminoso cometeu suicídio dentro da residência.


Figueira de Lágrimas



Na altura do número 515 da Estrada das Lágrimas, no Ipiranga, em São Paulo, uma figueira recebeu a visita de mercadores, soldados, viajantes e imperadores como Dom Pedro I e Dom Pedro II. Inúmeras pessoas passaram por ali rumo à Guerra do Paraguai, entre 1864 e 1870. O tronco da árvore recebeu o choro e a lamentação de muitas mães, pais e esposas que se distanciaram de seus maridos. A árvore ficou conhecida como a 'figueira-das-lágrimas'. Frequentadores do local alegam que ela carrega uma 'energia misteriosa', sobretudo por ter sido santuário de despedidas. A figueira passou anos abandonada pelo poder público, até que moradores da região decidiram cuidar da árvore bicentenária.

Mosteiro da Luz




O Mosteiro da Luz, na região central de São Paulo, foi fundado por Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro, em 1774. Em 2008, dois corpos mumificados foram encontrados por acaso no local. Técnicos que tentavam descobrir um ninho de cupins chegaram até eles, enterrados na parede de uma sala que já havia sido usada como cemitério. Desde a fundação, 129 religiosas que viviam no mosteiro morreram. Imagine as histórias que surgiram a partir desta descoberta?

Para um grupo de 15 freiras que viviam enclausuradas no mosteiro na época, o encontro das múmias foi um 'sinal de Deus de que vale a pena viver uma vida consagrada diante da vontade Dele neste mundo'. Uma antiga lenda diz que as freiras que dormiam no andar de cima do mosteiro ouviam barulhos estranhos que vinham do cemitério do convento. Esses barulhos eram parecidos com pancadas na parede.

Atualmente, nas celebrações religiosas que ocorrem na igreja de Frei Galvão aos domingos, é possível comprar pães caseiros realizados pelas próprias freiras enclausuradas.



Me diga, quem entre vocês nunca ouviram falar na "loira do banheiro" ?!

Loira do banheiro


A Loira do Banheiro é uma daquelas lendas urbanas que já assustou muita criança no banheiro da escola.


Funciona assim: após falar “Loira do Banheiro” três vezes em frente ao espelho, é preciso bater três vezes a porta, puxar três vezes a descarga e falar palavrões (as regras mudam conforme a região). O importante é que o ritual seja feito em um banheiro escolar.


A Loira do Banheiro é associada à imagem de uma jovem vestida de branco, com algodões no nariz.



Fontes:

estadao.com.br
saopaulosecreto.com
google.com
wikipedia.org

domingo, 25 de junho de 2023



Vamos falar do verbo Haver





O verbo Haver é um verbo extremamente irregular e tem significados diversos (existir, acontecer, ocorrer,  ter, possuir, desejar)

O verbo “haver” nos sentidos de “existir”, “acontecer”, “ocorrer” é um verbo impessoal, ou seja, não possui sujeito, e é empregado na terceira pessoa do singular, independente do tempo verbal. Veja:

a) Havia pássaros no céu.
b) Há muitas vagas ainda.
c) Não sei se ainda há, mas havia muitas vagas.
d) Não haverá mais pássaros no céu se continuarmos a destruir seu habitat.



Quando o verbo “ter” atua como um substituto do verbo “haver”, ele também deve ser empregado na 3ª pessoa do singular, pois se trata de uso impessoal. Apesar de ser um uso informal, não é menos válido, pois é comumente encontrado até mesmo em textos mais formais, como os da grande imprensa, por exemplo. Assim, podemos empregar o verbo “ter” nos mesmos exemplos acima mencionados. Em todos os casos, devemos mantê-lo no singular.

“Tem (Há) poucos países no mundo que conseguem garantir um excelente padrão de vida para toda a população.”

“Esta semana teve (houve) grandes manifestações em São Paulo.”

“Para decidir sobre esses pontos polêmicos,  terá (Haverão) duas reuniões na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça.”

“Tem (Há) muitos anos que não se viam protestos tão frequentes como agora.”



O verbo haver é usado maioritariamente como verbo impessoal, sem sujeito, com significado de existir. Assim, deverá ser conjugado apenas na 3.ª pessoa do singular: há crianças.

Apresenta conjugações completas quando é um verbo principal ou quando é um verbo auxiliar, apesar de ter um uso reduzido: havíamos dito, haviam falado, hei de conseguir, houveram de ir conversar com ele.

No caso abaixo de conjugação completa o verbo haver atua como um auxiliar, pois sozinho não faz sentido na frase.

Eu hei (hei de que ?) é necessário um complemento para fazer sentido.

Tu hás (hás de que ? ) 

E assim por diante. Nos casos acima o verbo representa um anseio, um desejo.

Portanto geralmente o verbo haver é impessoal e só é conjugado na terceira pessoa do singular.

É muito comum o emprego do verbo “haver” no passado de maneira sistematicamente errada: Houveram vários pedidos de paz no mundo ou Nesta escola, houveram muitos alunos que passaram no vestibular.

Vale lembrar que nas locuções verbais o verbo “haver” leva a impessoalidade ao seu auxiliar e, portanto, permanecem ambos no singular. Observe:

1) Deve haver um modo de sairmos daqui.
2) Não sei se chegou a haver notícias sobre essa enchente em Minas.

Outra situação que merece destaque é do verbo “ter” no sentido de “haver”. Não é um uso oficial na norma escrita padrão, mas vale salientar que, neste caso, o verbo “ter” deve seguir a mesma condição do “haver”. Assim, confira:

1) No clube tinha (havia) muitas crianças.
2) Tem (há) pessoas não se preocupam em julgar as pessoas precipitadamente.
3) Na reunião teve (houve) várias questões em pauta.



Fontes:

conjugacao.com.br
mundoeducacao.uol.com.br
emagconecta/conexaoemag-lingua-portuguesa
pt.bab.la/verbo/portugues/haver
brasilescola.uol.com.br
google.com

sábado, 24 de junho de 2023

Hoje vamos postar novamente um artigo sobre a nova ortografia da língua portuguesa em vigor desde 2016.







Países que falam a língua portuguesa:


  • Brasil
  • Moçambique
  • Angola
  • Portugal
  • Guiné-Bissau
  • Timor-Leste
  • Guiné-Equatorial
  • Cabo-Verde
  • São Tomé e Príncipe
  • Macau



Esse acordo foi assinado em 1990, e deveria entrar em vigor em 1994, mas depois de vários adiamentos entrou finalmente em vigo em 1º de janeiro de 2016.


O que mudou ?

Primeiro o nosso alfabeto teve incorporado três novas letras: K, Y e W.
De 23 passamos a ter 26 letras no nosso alfabeto.

A questão do Trema.

Não se usa mais o trema sobre a vogal "u" quando ela forma um hiato.

Exs:

Antes                         Agora


cinqüenta - cinquenta


delinqüente - delinquente


eloqüente - eloquente


ensangüentado - ensanguentado


eqüestre - equestre


lingüeta - lingueta


lingüiça - linguiça


qüinqüênio - quinquênio


sagüi - sagui


seqüência - sequência


seqüestro - sequestro



Não se usa mais os acentos nos ditongos abertos em ei oi das palavras paroxítonas.

Exs:


alcalóide - alcaloide

alcatéia  - alcateia

asteróide -  asteroide

bóia -   boia

colméia- colmeia

idéia -  ideia

platéia -   plateia

jóia - joia


O uso do hífen:

Se a junção entre dois termos terminarem em vogais semelhantes usamos o hífen, se ao contrário forem vogais diferentes não usamos o hífen.

Exemplos: Termos que terminam e se iniciam com vogais iguais.

micro-organismo
anti-inflamatório
micro-ondas

Termos que terminam e se iniciam com vogais diferentes:

antiaéreo
autoestrada
autoescola
infraestrutura.
autoestima

Quando um dos termos termina em vogal e o subsequente inicia-se com consoante "r" ou "s", dobra-se a consoante.

Exemplo:
contrarregra
antirreligioso
microssistema
minissaia

Nas formações onde  segundo termo iniciar-se com a letra "h", usamos o hífen.

Exemplos:
super-homem
semi-hospitalar
neo-helênico
sub-hepático

As palavras iniciadas com os advérbios "bem" ou "mal" só terão hífen, se o segundo termo iniciar-se com vogal ou com a letra "h".

mal-humorado
mal-educado
mal-intencionado
mal-agradecido


Quando os advérbios "bem" e "mal" tiverem um segundo termo iniciado por consoante eles perderão hífen.
Exemplo:

benfeito
malfeito

Existem uma exceção: bem-vindo, que ainda permanece com hífen.

Outra regra importante refere-se ao acento diferencial.


O acento diferencial é utilizado para auxiliar na identificação de palavras homófonas (que possuem a mesma pronúncia). Com o acordo ortográfico, ele deixará de existir nos seguintes casos: pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Observe os exemplos:


Ela não pára de dançar.

Ela não para de dançar.
A mãe péla o bebê para dar-lhe banho.


A mãe pela o bebê para dar-lhe banho.
Este é o pólo norte.
Este é o polo norte.
Os garotos gostam de jogar pólo.

Os garotos gostam de jogar polo.
Meu gato tem pêlos brancos.
Meu gato tem pelos brancos.
A menina trouxe pêra de lanche.



A menina trouxe pera de lanche.


Atenção: existem duas palavras que continuarão recebendo acento diferencial:

pôr (verbo) -> para não ser confundido com a preposição por.
pôde (verbo poder conjugado no passado) -> para que não seja confundido com pode (forma conjugada no presente).






Fontes:
soportugues.com.br
novaortografia.com
brasilescola.uol.com.br
google.com

sexta-feira, 23 de junho de 2023

 Existem palavras no idioma português ditas, eruditas, e que por vezes têm difícil compreensão.

Vamos começar:


Absonância - Falta de harmonia entre duas ou mais coisas.

Agnóstico - Aquele que não acredita em Deus e nem nega a sua existência.

Acrimônia – sinônimo de azedume e mordacidade.

Adstrito – sinônimo de unido, ligado e apertado.

Adamastórico - Colossal, gigantesco (relativo a Adamastor).

Aleivosia - Atitude de quem é traiçoeiro e desleal.

Alvíssaras - Interjeição usada para indicar alegria.

Apanágio - Privilégio e regalia de uma pessoa ou um grupo.

Arquétipo - Aquilo que serve de modelo ou padrão para ser copiado.

Assisado - Característica de quem age com juízo, sendo sensato.

Astenia - Diminuição da força física.

Augúrio - Presságio de um acontecimento futuro.

Aurir - Fugir de forma alucinada.

Barrete - Boné feito de pano, que se ajusta facilmente à cabeça.

Belicoso - guerreiro, agressivo.

Beneplácito - Aprovação ou consentimento dado por alguém.

Brocardo - Texto breve que explica uma regra ou princípio moral; provérbio.

Cornucópia -Abundância, vaso em forma de chifre cheio de flores e frutos que representa a fartura.

Cuntatório - Em que há demora.

Cinesia - Capacidade de se movimentar.


Deletério - Degradante, insalubre, prejudicial.

Dissídio - Conflito e divergência de ideias, opiniões e interesses.

Dissentir – sinônimo de discordar e discrepar.

Eflúvio - Libertação quase imperceptível de líquidos e gases.

Elucubração - Reflexão e meditação profunda sobre os assuntos.

Encômio - Elogio que se faz a alguém ou a alguma coisa.

Epítome - Resumo ou síntese de uma obra literária ou científica.

Escrutínio - Exame minucioso e detalhado.

Estatuir - Ação de estabelecer como lei ou regra.

Exortação - Incitação ou encorajamento para fazer alguma coisa.

Exórdio – sinônimo de prólogo e preâmbulo.

Fâmulo - Empregado ou funcionário subalterno.

Filaucioso - Característica de quem tem muito amor-próprio.

Fisiognomonia - Arte de conhecer a personalidade dos homens pela análise das feições do rosto.

Fleumático - Que se mantém impassível e imperturbável.

Genuflexão - Ação de dobrar o joelho ou os joelhos, de ajoelhar.

Hodierno - Que é relativo ao dia de hoje ou ao tempo recente; atual.

Homizio - Lugar usado como esconderijo; valhacouto.


Iconoclasta -Aquele que contesta a veneração de símbolos religiosos.

Idiossincrasia – sinônimo de característica e particularidade.

Ígneo – sinônimo de ardente e inflamado.

Improbo -  desonesto, não age com probidade.

Indúcias - Tréguas temporárias de hostilidades.

Influição – sinônimo de influência e influxo.

Laurel - Prêmio, louvor ou homenagem a alguém.

Loquaz - falador, bom de oratória.

Lúgubre - Triste, fúnebre, sombrio ou macabro.


Malsinar - Ação de distorcer o sentido de algo ou de relevar um segredo.

Mesura - Reverência ou cumprimento formal e cerimonioso.


Mitigar - Tornar mais suave, minimizar, tranquilizar, acalmar.


Modorrento- Lento, apático, entediante.

Neófito: Característica de quem é principiante, novato; cristão-novo.

Néscio - desprovido de conhecimento, inculto.

Óbice - Qualquer tipo de impedimento ou estorvo.

Oscular - Beijar.

Panaceia - Remédio para todos os males ou doenças.

Panegírico - Discurso elogioso em louvor de alguém.

Pernóstico - Característica de quem é pretensioso e afetado.

Perscrutar - Ação de examinar de forma minuciosa.

Pesporrência - Demonstração de arrogância e altivez.

Pináculo - O ponto mais alto ou o mais alto grau de alguma coisa.

Poltrão - Característica de quem é medroso e covarde.

Porfiar - Ação de entrar em disputa ou luta.

Presciência - Previsão ou pressentimento de um fato futuro.

Procrastinar – sinônimo de adiar e postergar.

Pródigo - Esbanjador, perdulário, que dissipa seus bens.

Pródromo - Que acontece antes, como um prenúncio.

Profícuo - Que dá bons frutos, sendo proveitoso e lucrativo.

Prolegômenos - Noções básicas e iniciais de um assunto.

Propelir - Ação de arremessar ou empurrar para a frente.

Pulular - Ação de existir em grande quantidade ou de se multiplicar rápido.

Querela - Discussão; debate; disputa.

Quidam - Pessoa insignificante, sem importância.

Quimera - Fantasia, utopia e ilusão.

Refrigério - Qualquer tipo de alívio ou consolo.

Repetenar-se - Ação de se sentar ou deitar de forma cômoda e confortável.


Sectário - Intolerante, intransigente, extremista, fanático.

Sóbole - Conjunto dos descendentes de uma pessoa.

Sortimento - Grande variedade ou quantidade de alguma coisa.

Sorumbático - Característica de quem está triste e melancólico.

Temperança - Característica de quem é comedido e moderado.

Tergiversar - Ação de usar desculpas e evasivas.

Tíbio - Que é morno, nem frio, nem quente.

Ubíquo - Que é onipresente, estando em todos os lugares em simultâneo.

Ufanismo - Nacionalismo e patriotismo.

Usitar - Ação de usar alguma coisa de forma frequente.

Vicissitude - Inconstância, instabilidade e variação dos acontecimentos.

Vitupério - Insulto ou qualquer palavra ou gesto afrontoso.

Xilófago - Inseto que se alimenta de madeira.

Zepelim - Balão dirigível, em forma de charuto, de grandes proporções.


Fontes:

todamateria.com.br
normaculta.com.br
dicio.com.br
languages.oup.com




terça-feira, 20 de junho de 2023








"— Pois bem, meu príncipe. Génova e Luca mais não são do que apanágios, domínios, da família Bonaparte. Não, previno-o de que, se me diz que não teremos guerra, se se permitir ainda atenuar todas as infâmias, todas as atrocidades desse — Anticristo (palavra de honra, para mim, é o que ele é), desconheço-o, deixo de considerá-lo meu amigo, meu fiel servidor, como costumo dizer. Vamos, vejamos, como está, como está? Bem veio que lhe meto medo. Sente-se e conte-me novidades. Foi com estas palavras que em Julho de 1805 a conhecida dama de honor, íntima da imper, Guerra e Pazatriz Maria Fiodorovna. Ana Pavlovna Scherer, acolheu o príncipe Vassili, pessoa importante e de alta estirpe, o primeiro dos convidados a chegar à sua recepção daquela noite. Havia algum tempo já que Ana Pavlovna tossicava, estava com gripe, como ela dizia — gripe era então um novo vocábulo, que poucas pessoas ainda empregavam. Nessa mesma manhã tinha ela mandado entregar, por um lacaio de libré encarnada, a toda a gente, indistintamente, um bilhetinho redigido nestes termos: Se não tem nada melhor a fazer. Senhor Conde — ou então: meu príncipe —, e se a perspectiva de passar a noite em casa de uma pobre doente não o assusta muito, sentir-me-ei encantada de o ver em minha casa entre as 7 e as 10 horas. Annette Scherer"

Assim começa o grande romance de Leon Tolstoi, Guerra e Paz.


Leon Tolstói


O clássico de Tolstói conta as guerras de Napoleão Bonaparte contra as principais monarquias da Europa. Uma das causas das invasões de Napoleão influenciaram fortemente a história do Brasil, com a fuga da família real portuguesa para o Brasil em 1808.

Família real portuguesa



O primeiro rascunho de "Guerra e Paz" foi completado em 1863. Quando a versão publicada foi terminada, cerca de um terço de todo o trabalho já havia sido publicado em uma revista literária, com o título "1805". Tolstói não estava satisfeito com o final e reescreveu a novela integralmente entre 1866 e 1869. Esta nova versão foi depois publicada como a novela oficial sob o título "Guerra e Paz". Ele, no entanto, não destruiu o manuscrito original, que foi editado na Rússia em 1983. A primeira versão é diferente desta em vários aspectos, especialmente no contundente "final feliz".





Pode-se objetar que o próprio Tolstói nunca pretendeu publicar a versão original; por outro lado, ele revelou mais tarde estar também desapontado com a "versão conhecida" de "Guerra e Paz", que descreveu como "repugnante".





Guerra e Paz mostra como a invasão de Napoleão Bonaparte à Russia em 1812 foi vista pela corte russa. O livro é bem interessante ao retratar a sociedade russa, com suas festas pomposas contrastando com a miséria do povo, com a aristocracia dividida entre o horror e a idolatria à Napoleão, tudo permeado pela religiosidade. O jogo da política, as intrigas da corte e as tramas da sociedade com seus casamentos arranjados e suas paixões proibidas são descritas de forma instigante. Os horrores da guerra vividos pelos mais altos dignatários russos, que mantinham sua fé em Deus e no Czar com a mesma intensidade. Tudo muito bem descrito por Tolstói.

O livro centra-se na vida de Piotr Bezukhov, que recebe uma grande herança e passa a viver nas grandes festas da corte entre Moscou e São Petersburgo ao lado de suas inúmeras esposas interesseiras. Quando Napoleão invade Moscou, Piotr é feito prisioneiro, e por mais paradoxal que possa parecer, quando é liberto descobre que a sua vida de festas na corte era vazia e encontra o real sentido de sua vida quando retorna à sua vida simples ao lado de Natasha Rostov, mulher que sempre amou de verdade. A obra também retrata a vida de Andrei Bolkonski, filho de um príncipe com passado glorioso na área militar. Quando a Rússia é invadida Andrei se sente compelido a lutar pelo seu país e pelo seu Czar, sofre uma série de ferimentos e acaba por falecer nos braços de sua irmã Maria e de sua ex-mulher Natasha Rostov.

"O imperador calou-se, a multidão comprimiu-se à sua roda e exclamações de entusiasmo irromperam de todos os lados. «Sim, e o que é mais precioso ainda... é a palavra do czar», dizia, soluçando, nas ultimas filas, Ilia Andreitch, que nada ouvira e tudo compreendera à sua maneira. Da sala da nobreza o imperador passou à dos comerciantes. Esteve ali perto de dez minutos. Pedro, e como ele tantos outros, viram-no abandonar a sala com lágrimas de reconhecimento a bailar-lhe dos olhos. Como depois veio a saber-se, mal principiara c seu discurso aos comerciantes, as lágrimas saltaram-lhe dos olhos e foi em voz trémula que pronunciou as últimas palavras. Quando Pedro o viu saía ele da sala acompanhado por dois dos assistentes, Um deles era seu conhecido, um grande produtor de álcool; o outro era administrador local, de rosto magro e amarelento, barba rala. Ambos choravam. O magro tinha lágrimas nos olhos, mas o outro soluçava como uma criança, repetindo constantemente: «Majestade! Ofereço-vos a minha vida e a minha fortuna!» Naquele momento Pedro não desejava outra coisa senão mostrar que para ele não havia obstáculos e que estava disposto a tudo sacrificar. Lamentava o seu discurso de tendências constitucionais. Procurava uma oportunidade para o fazer esquecer. Ao saber que o conde Mamonov oferecia um regimento inteiro, declarou imediatamente ao conde Rostoptchine que daria mil homens e se encarregaria da sua manutenção. O velho Rostov não pôde contar sem lágrimas, à mulher, que o ouvia, o que se tinha passado, dando desde logo a Pétia o consentimento que ele pedia e indo ele próprio alistá-lo. No dia seguinte o imperador partiu. Todos os nobres que tinham sido convocados despiram o uniforme, retomando os seus hábitos, tanto em casa como no clube, e foi resmungando que deram ordem aos intendentes respectivos para a formação das milícias, surpreendidos eles próprios dos seus oferecimentos."


Além desses dois personagens, as batalhas travadas são levemente detalhadas. O autor ressalta, além das batalhas e de suas consequências, principalmente como elas foram relatadas pelos autores posteriores, que tendem a enaltecer o gênio de Napoleão e de seus marechais, mas que se esquecem que a Rússia só não caiu de joelhos perante Bonaparte porque este deixou sua genialidade militar e diplomática de fora de suas decisões.


Livro Um

A novela começa na cidade russa de São Petersburgo, numa festa dada em julho de 1805 por Anna Pavlovna Scherer - dama de honra e confidente da Czarina viúva e mãe Maria Feodorovna. Os principais personagens e famílias aristocráticas da novela são conhecidos aqui. Pierre Bezukhov é filho ilegítimo de um conde abastado à beira da morte e é inesperadamente envolvido em uma disputa pela herança. Educado na França, com a mãe morta, Pierre é essencialmente bondoso mas sem tato social, de natureza aberta, e sente dificuldades para se integrar à sociedade de São Petersburgo.


Livro Dois

O Livro Dois começa com Nicolau Rostov voltando para sua casa em Moscou para uma visita breve, no início de 1806. Nicolau encontra a família às voltas com a ruína financeira devido à má administração do patrimônio. Com Denisov, passa um inverno agitado em Moscou. Natasha transformou-se numa bela moça e é assediada por Denisov mas não o aceita. Apesar dos pedidos da mãe para encontrar um partido com boas perspectivas financeiras para casar-se, Nicolau rejeita essa sugestão e promete casar-se com seu amor de infância, sua prima Sônia, órfã e sem fortuna.

Batalha de Austerlitz - Quadro de François Gérard

Livro Três

Natasha rompe seu compromisso com André. Envergonhada por sua quase-sedução, ela contrai uma doença séria mas, com a ajuda de sua família, de Pierre e com sua fé religiosa, consegue perseverar através deste período nefasto de sua vida.

Nesse interim, toda a Rússia é afetada pelo iminente embate entre as tropas russas e as de Napoleão. Pierre convence-se, através da numerologia, que Napoleão é o Anticristo do Apocalipse. O velho príncipe Bolkonsky, pai de André, morre de um acidente vascular cerebral e, em Moscou, Pétia, o filho mais novo dos Rostov, convence os pais a deixá-lo alistar-se no exército.

Livro Quatro

O Livro Quatro é o climax da invasão de Napoleão à Russia. Quando o Grande Exército de Napoleão ocupa uma Moscou abandonada e queimada, Pierre parte numa missão quixotesca para assassinar o imperador francês. Ele torna-se um anônimo em meio ao caos da cidade destruída, disfarçando-se de servo e escondendo sua posição e estilo de vida. A única pessoa a descobrir o disfarce de Pierre é Natasha, que o reconhece, e ele percebe então a dimensão total do seu amor por ela.

Batalha de Borodino

O livro foi publicado entre 1865 e 1869.

A obra foi levada às telas de cinema em 1956, com direção de King Vidor, estrelando :  Audrey Hepburn, Henry Fonda e Melk Ferrer.







wikipedia.org
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portaldaliteratura.com
resumodelivro.worpress.com
Guerra e Paz, Tolstoi, Leon

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...