Vamos falar hoje do filósofo holandês Baruch Espinoza.
O milagre é o evento excepcional que contraria o decreto eterno de Deus, isto é, as leis da Natureza.
(Espinoza)
Tenho esforçado a não rir das ações humanas, nem odiá-las, nem chorar por elas, mais sim compreende-las.
(Baruch Spinoza)
Espinoza foi um filósofo da linha racionalista, da qual fazia parte também o filósofo Rene Descartes.
Sua principal obra, Ética, foi lançada em 1677, após a sua morte.
A reflexão sobre Deus foi o ponto principal do trabalho de Espinoza, Tido como ateu, ele porém, nunca duvidou da existência de Deus, atribuindo a ele outras características daquelas dadas pela Igreja.
Deus e a Natureza eram um só, sem inicio e sem fim. Ele tinha ideias controversas a respeito da Bíblia Hebraica, que para ele era um tratado de regras morais e éticas sobre a convivência na sociedade.
De fato, no Antigo Testamento, apenas o Gênesis trata da obra de Deus, como a criação da Terra, dos mares, dos animais e do homem.
Espinoza viveu uma vida relativamente simples como ótico e colaborando nos desenhos de telescópios. Recusou homenagens em vida, incluindo posições de prestígio no ensino em grandes universidades europeias.
Sua grande obra, Ética, aborda cinco partes : Deus, a mente, as paixões, a escravização do homem diante dessas realidades e sua libertação.
Quando ele fala em escravização não está se referindo àqueles modelo de exploração do homem pelo homem, onde um é proprietário e o outro seu servo. Ele se refere a escravização do homem por conceitos e preceitos religiosos que o fazem agir de acordo com normas estabelecidas por outras pessoas impedindo-o de viver plenamente sua liberdade.
Na parte um sobre Deus ele identifica o ser supremo com a Natureza, de modo que eles formam um todo.
Na parte dois sobre a mente ele traça um paralelo entre a mente e o corpo que se origina no conhecimento.
Na parte três sobre a paixão e o afeto mostra como a forçada paixão conduz o homem a demonstrar afeto e alegria diminuindo a tristeza.
Na parte quatro ele analisa como a passividade humana diante das causas externas conduz a servidão.
Na parte cinco que trata da liberdade ele mostra como a comunhão de ideias humanas com a infinitude de Deus leva a liberação intelectual e a bondade.
O autor ainda escreveu "Tratado da Correção do Intelecto "; "Princípio da filosofia cartesiana " "Um breve tratado de Deus, do Homem e do seu Bem-Estar" (em alemão).
Espinosa morreu de problemas pulmonares em 1677 com 44 anos.
Fontes:
wikipedia.org
ebiografia.com
google.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário