domingo, 31 de outubro de 2021

 Hoje é dia de Halloween.



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A origem da festa do Halloween possui uma grande trajetória, visto ser praticada há mais de 3 mil anos.

Ela surgiu com os celtas, povo que era politeísta e acreditava em diversos deuses relacionados com os animais e as forças da natureza.

Os celtas celebravam o festival de Samhain, o qual tinha a duração de 3 dias, com início no dia 31 de outubro. Nela, além de se comemorar o fim do verão, comemorava-se a passagem do ano celta, que tinha início no dia 1 de novembro.
Cenário de Halloween



Acreditava-se que nesse dia que os mortos se levantavam e se apoderavam dos corpos dos vivos. Por esse motivo, eram usadas fantasias e a festa era repleta de artefatos sombrios com o intuito principal de se defenderem desses maus espíritos.


Mais tarde, durante a Idade Média, a Igreja começou a condenar o evento, e daí surgiu o nome “Dia das Bruxas”.


Durante o período Medieval, os curandeiros eram considerados bruxos e por se posicionarem contra os dogmas da Igreja, eles eram queimados na fogueira.


Assim, na tentativa de afastar o caráter pagão da festa, a igreja promoveu alterações no calendário, de modo que o Dia de Todos os Santos passou a ser comemorado no dia 1 de novembro, que antes acontecia no dia 13 de maio.


Daí que o nome Halloween decorra da junção das palavras hallow, que significa "santo", e eve, que significa "véspera".


Com a colonização das terras americanas, a tradição foi incluída na cultura da América, sobretudo nos Estados Unidos.


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Foi nos EUA também que a abóbora passou a ser sinônimo de Halloween. No Reino Unido, o legume mais "entalhado" ou esculpido era o turnip, um tipo de nabo.


Uma lenda sobre um ferreiro chamado Jack que conseguiu ser mais esperto do que o diabo e vagava como um morto-vivo deu origem às luminárias feitas com abóboras que se tornaram o principal símbolo do Halloween american.

Família fantasiada para o Halloween, ou Dia das Bruxas




Hoje, o Halloween é o maior feriado não cristão dos Estados Unidos. Em 2010, superou tanto o Dia dos Namorados quanto a Páscoa como a data em que mais se vendem chocolates. Ao longo dos anos, foi "exportado" para outros países, entre eles o Brasil.


Por aqui, desde 2003, também se celebra neste mesma data o Dia do Saci, fruto de um projeto de lei que busca resgatar figuras do folclore brasileiro, em contraposição ao Dia das Bruxas.


Fontes:
todamateria.com.br
bbc.com/portuguese
google.com.br

sábado, 30 de outubro de 2021

Ezra Pound



Vamos falar hoje do escritor norte-americano Ezra Weston Loomis Pound (Hailey, 30 de outubro de 1885 - Veneza, 1 de novembro de 1972) foi um poeta e crítico literário considerado, ao lado de T.S.Eliot, o principal representante do movimento modernista do início do século XX. 







Ele foi o motor de diversos movimentos modernistas, notadamente do Imaginismo, movimento literário que consistia em fazer poesia com uso de imagens, sons, com versos brancos (sem rima) e sem preocupação com a métrica (líder e principal representante) e do Vorticismo, movimento artístico de tendências modernas, baseado no impressionismo e no cubismo, com imagens sobrepostas e com profundidade semelhante ao um vórtice, daí o nome .






O crítico Hugh Kenner disse após conhecer Pound: “De repente, percebi que estava na presença do centro do modernismo".

Ele é o autor de Os Cantos, livro composto de 120 poema, considerado uma das maiores obras literárias do século XX. As partes escritas no final da Segunda Guerra Mundial, receberam o Prêmio Bolligen, em 1948. Através dos Cantos, Ezra Pound influenciou profundamente os poetas de sua geração.


Durante as décadas de 1930 e 1940, tornou-se apologista do fascismo, admirador de Mussolini, publicando para a editora fascista Oswald Mosley. Durante a Segunda Guerra Mundial , ele apresentou programas de rádio na Itália, onde apresentou um ferrenho antiamericanismo.

Hemingway afirmou que "o melhor que Pound escreveu - e que está em Os Cantos - durará enquanto houver literatura"


Canto IV


“Cinza-oliva aqui perto,

distante cinza-fumo do rochedo,

Asas rosa-salmão da águia marinha

lançando sombras cinzas sobre a água,

A torre como imenso ganso de um só olho

alça o pescoço acima da aleia de olivas.



E escutamos os faunos a acusar Proteu¹

dentre o cheiro de feno sob as oliveiras.

E as rãs cantando contra os faunos

na penumbra.”

¹ (Proteu - deidade marinha, pastor do rebanho de Poseidon)



Os Cantos compõem um longo poema incompleto com 120 seções, cada uma das quais constitui um canto. A maior parte foi escrita entre 1915 e 1962, embora muito do trabalho inicial tenha sido abandonado e os primeiros cantos publicados datem, na verdade, de 1922 em diante. Trata- se de uma das obras mais expressivas da poesia moderna, em que Pound inclui versos em diversas línguas, e adapta e retoma materiais procedentes de outros autores e de várias tradições, inclusive da China.

É um livro de difícil leitura, na medida que faz referências a inúmeras outras obras de Homero, de Virgílio, de Dante. Personagens históricos como o soldado do século 15 e patrono das artes Sigismundo Pandolfo Malatesta, o jurista elisabetano Edward Coke, Elizabeth I, John Adams e Thomas Jefferson (ambos presidentes do EUA) falam através de fragmentos de seus próprios escritos .




Após o final da Segunda guerra, Pound foi preso como traidor e confinado numa jaula por oito dias. As experiências com a prisão e suas privações causaram problemas psicológicos intensos no escritor, que mais tarde foi considerado doente mental com depressão e paranoia.

Morreu em Veneza, Itália em 1º de novembro de 1972.





Fontes:
history.uol.com.br
wikipedia.org
google.com
culturapara.art.br
posfacio.com.br
infoescola.com
istockphoto.com

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

 Hoje 29 de Outubro comemora-se o dia do Livro.



A data foi escolhida em comemoração à fundação da Biblioteca Nacional do Brasil, pelo Príncipe regente D. João VI, em 29 de outubro de 1810.


Biblioteca Nacional - Rio de Janeiro


Ler aumenta os horizontes, traz novas descobertas, e sobretudo ilumina as ideias e descortina o pensamento crítico.

A falta do livro e da leitura remete à escuridão e as trevas do desconhecimento e leva à ignorância.






Fontes:
history.uol.com.br
google.com


Outro clássico da literatura mundial é "A religiosa" de Denis Diderot, escrita em 1760.



Denis Diderot, escritor e filósofo francês, nasceu em Langres em 8 de outubro de 1713, e morreu em Paris em 31 de julho de 1794.

Educado num colégio jesuíta, foi um aluno dedicado e brilhante, recebendo sólida educação humanística.






A religiosa narra o trágico destino de Suzanne Simonin, forçada pela família a tornar-se freira devido a sua origem bastarda. Depois de professar, Suzanne recorre à Justiça para romper seus votos, perde o processo, acaba evadindo-se do convento, refugia-se em Paris, pede socorro ao marquês de Croismare, que supostamente se interessara por ela durante a ação judicial, e para ele escreve sua história, em forma de memórias.





Um argumento simples: uma religiosa sem vocação, em luta contra a sentença do destino.

Trata-se de um romance anticlerical? Mais que isso, anticristão? O romance não prega a antirreligião, nem o anticristaníssimo, nem sequer o anticlericalismo. O alvo principal de Diderot, segundo suas próprias declarações, é a instituição do claustro. Contra os conventos, o romance sustenta duas acusações diferentes, ambas materialistas: a de serem cúmplices de uma ordem social e política iníqua e a de fundarem-se num regime que contesta a ordem da natureza. Para Diderot, a sociabilidade é o mais forte pendor da natureza humana.

O romance pode ser lido, assim, como o estudo clínico que prova como a clausura leva necessariamente ao desarranjo da “delicada máquina” humana. Esta é mais ou menos uma das leituras clássicas de A religiosa.

Outra leitura mais recente, de Catherine Cusset, no romance Diderot examinaria “as relações entre o corpo, a razão e o imaginário” e redefiniria sua noção de liberdade. É por intermédio do corpo que as jovens religiosas e as superioras enlouquecem.

A essa linguagem afetiva que vem do corpo se opõe “a linguagem racional” dos personagens masculinos. O poder dos homens se exerce pela palavra regida por um código, o da justiça humana ou divina. Ora, contra “a alienação histérica” e as paixões desregradas, Suzanne alia-se à “lei”, à civil ou àquela que rege a vida monástica. Essa espécie de “ceticismo racional” a leva a resistir a todas as seduções. A instituição monástica é desumana porque contraria aquilo que Diderot chama de “a inclinação geral da natureza”, “os germes das paixões”, “a natureza” ou “a economia animal”.


Suzanne é não só uma religiosa exemplar como desconhece completamente a “economia animal”, sobretudo na última parte do livro, quando Diderot insiste em sua “inocência”. Para Cusset, não se pode explicar esse “paradoxo” com a alegação de que Diderot escolheu uma personagem pura de qualquer desejo a fim de tornar moralmente inatacável seu desejo de liberdade. Essa “incoerência” se aprofundará justamente no convento de Saint-Eutrope, quando o bem e o mal, até então claramente distinguidos, passam a se confundir. A relação da heroína com a superiora já não é mais uma simples relação de poder, mas uma relação de desejo.
 É por intermédio do olhar inocente de Suzanne, Diderot se põe a descrever cenas de prazer, fazendo de A religiosa um “romance erótico” e do leitor uma espécie de voyeur.




O romance pode ser lido, assim, como o estudo clínico que prova como a clausura leva necessariamente ao desarranjo da “delicada máquina” humana. Diante da resistência de Suzanne, a supersticiosa e despótica madre Cristina entrega-se a uma fúria que tem sido comparada às figuras do marquês de Sade; madre de Moni,   sucumbe cada qual a seu modo: a superiora iluminada, a quem o dom de consolação jamais faltara, não resiste à absoluta falta de vocação de Suzanne, interpretando-a como o insondável ocultamento de Deus; quanto à libertina, ela se perde diante da inocência e virtude inflexíveis de Suzanne: enlouquece, primeiro de amores, em seguida aterrorizada pelas penas do inferno. Em contraste com esses casos de desregramento, pode-se dizer que a inabalável integridade de Suzanne assume proporções quase inverossímeis, como se verá em seguida.


Fontes:
A religiosa, Diderot, Denis - tradução: Antônio Bulhões e Miécio Tati - Editora Abril Cultural  - 1980
aterraeredonda.com.br/a-religiosa/
artepensamento.ims.com.br
google.com

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

 Morreu aos 75 anos o autor de novelas Gilberto Braga.



O autor sofria do mal de Alzheimer, e foi internado no hospital devido uma infecção no esôfago.


Seu primeiro grande sucesso foi uma adaptação do romance de Bernardo Guimarães, A Escrava Isaura de 1976.


Lucélia Santos e Edwin Luise

Outros grandes sucessos se seguiram como "Dancing Days"; "O dono do Mundo"; "Vale tudo"; "Água viva" e nas minisséries "Anos Dourados" e "Anos Rebeldes".




Grande autor e o intelectual brasileiro que deixou sua marca nas vinte telenovelas das quais foi autor.

Ele era casado com o decorador Edgar Moura Brasil.




Fontes:
noticias.uol.com.br
g1.globo.com
wikipedia.org
google.com








terça-feira, 26 de outubro de 2021

 Fedro de Platão.


Fedro, em grego: Φαῖδρος, é um dos diálogos de Platão. Conta os encontros do jovem ateniense rico, filho de Phythoclès, do demo de Myrrhinos, e o grande filósofo Sócrates.





Fedro versa sobre temas como o amor, a alma, a escrita e a retórica, utilizando-se, além da forma do diálogo, da enunciação de discursos, de mitos e orações. Partindo do eixo temático do Eros, dimensão filosófica essencial, Platão evoca as temáticas da alma da retórica - a primeira enquanto veículo de Eros e a segunda por sua finalidade de persuadir a alma dos homens. Por meio do diálogo entre Sócrates e Fedro, Platão aponta a investigação filosófica como a busca por excelência do verdadeiro cultivo da alma, em contraposição ao fazer retórico.





O diálogo começa com Fedro encontrando Sócrates ao voltar da casa de Lísias, mestre da retórica, e comenta com Sócrates sobre a impressão que um discurso que Lísias proferiu em sua casa causou em sua mente. Sócrates, curioso, pede que Fedro o reproduza para que ele possa analisá-lo.




O discurso de Lísias versa sobre o amor entre dois homens, (costume na sociedade grega da época), cuja prática este julga prejudicial, pois está sujeita a muitas aflições. Lísias acredita que é melhor viver sem se apaixonar, mantendo apenas a amizade. Sócrates, ao ouvir o discurso, diz que o adorou, e Fedro pede que ele faça um de seus famosos discursos para compará-lo ao de Lísias. Sócrates explica que o que Lísias definiu não é o amor verdadeiro, mas sim a paixão, uma forma de amor dominada pela intemperança. Mais tarde, Sócrates será possuído por um daimonion¹, o qual faz o filósofo se arrepender pelo seu discurso anterior e tecer um elogio a Eros.

Ao terminar seu discurso, Sócrates volta à realidade, e diz a Fedro que o discurso que fez sob a influência do daimonion corrigiu o primeiro, quando ele concordou com o caráter negativo do amor da mesma forma que Lísias. O Sócrates do segundo discurso fala sobre o amor divino e bens espirituais, aqueles que ele crê que os homens devam buscar. O primeiro discurso reflete sua certeza de que o amor ao prazer carnal e as opiniões desse mundo são nocivos.


É muito comentada a pederastia na Atenas de então, onde filósofos e discípulos mantinham certa atração. O próprio filósofo Sócrates sofreu com acusações contra suas crenças e pensamentos.





O filósofo não era a favor da democracia grega como era praticada em Atenas. Teceu severas críticas às crenças religiosas e aos costumes da cultura grega

Os políticos de Atenas não gostavam de seu método de fazê-los parar na rua para dirigir-lhes perguntas embaraçantes. E então se reuniram e resolveram se livrar de Sócrates.

Certo dia, quando chegava ao mercado para seu cotidiano debate filosófico, encontrou o seguinte aviso, colocado na tribuna pública: “Sócrates é criminoso. É ateu e corruptor da mocidade. A pena de seu crime é a morte”.

Sócrates foi acusado de fabricar tiranos, corromper a juventude e introduzir deuses estranhos em Atenas.

Preso e julgado por um júri que reunia todos aqueles políticos cuja hipocrisia denunciara nas praças públicas, foi considerado culpado.

Quando lhe perguntaram qual deveria ser a sua punição, ele sorriu sarcasticamente e disse: “Pelo que fiz por vós e pela vossa cidade, mereço ser sustentado até o fim de minha vida a expensas públicas”.

Sócrates foi obrigado a acabar com sua vida como um criminoso. Durante trinta dias ficou em uma cela funerária e depois lhe deram para beber uma taça de veneno.

Quando sentiu que seus membros esfriavam, despediu-se dos amigos e parentes com as palavras:


“E agora chegamos à encruzilhada dos caminhos. Vós, meus amigos, ides para vossas vidas, eu para a minha morte. Qual seja o melhor desses caminhos, só Deus sabe”.

Sócrates morreu em Atenas, Grécia, no ano de 399 a. C.



Fédro


Esse ano foi lançado no Brasil o filme Fedro, baseado nesse diálogo de Platão, com  Reynaldo Gianecchini e José Celso Martinez, direção de Marcelo Sebá.



                                                    ¹ - Daimonion ( δαίμων)- do grego daimôn - divindade, espírito - assemelha-se aos gênios da mitologia árabe, daí deriva a palavra demônio em português.







Fontes:
wikipedia.org
casadocinemabrasileiro.com
ebiografia.com
infoescola.com
google.com
netmundi.org
youtube.com


segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Vamos falar da obra do escritor norte-americano, Willian Faulkner, "O Santuário" de 1930.




Willian Faulkner, nasceu 30 anos depois do Sul dos Estados Unidos ter sido derrotado na Guerra de Secessão americana. Era de uma família tradicional e rica do Sul dos EUA, dos quais pertenciam também vários governadores. Nasceu em 25 de agosto de 1897 em New Albany - Mississipi e morreu em 6 de julho de 1962, na mesma região.








Como todas as famílias tradicionais do Sul, com supremacia branca de origem inglesa e religião protestante, a família dele também ficou arruinada pela guerra.

Willian Faulkner





Santuário aborda a decadência dos estados sulistas, a solidão e a procura da identidade por parte de personagens sui-generis, como sombras que vagueiam pelo mundo sem um sentido definido, numa procura de algo que nem eles próprios identificam. Nunca sabem para onde se dirigem, o que procuram, qual o sentido dos seus rumos.


Temple é o melhor exemplo deste desnorte: estudante de dezoito anos ou pouco mais, filha de um juiz abastado, abandona a faculdade e perde-se num mundo de homens desnorteados e degradados. Degradados como a casa em ruínas onde decorre a maior parte do enredo, onde vai parar Temple: a deusa no santuário das almas perdidas.





E Popeye, o fantasma, imperador da desgraça, monstruoso e protector; Popeye personifica o poder que há na violência, na força bruta. Pelo contrário, Horace, vítima do amor, é o justiceiro, infeliz, impotente…
Em suma, trata-se de uma obra complexa, profunda, sem o fôlego de outras que se lhe seguiriam mas brilhante pela forma como são descritos a solidão, a tristeza e o desespero humano.

Logo no primeiro capítulo do livro Faulkner nos apresenta Popeye e Horace Benbow.

"Na fonte, inclinou-se para o reflexo partido e multiplicado do próprio rosto sequioso. Embora não tivesse percebido som algum, ao erguer os olhos divisou na água a vacilante imagem da palheta de Popeye."(p.7)

"Estranha cor tinha o rosto, lívido exangue, como que visto à luz artificial" (p.7)

- Escute aqui - disse o homem a Popeye - chamo-me Horace Benbow. Advogado, de Kinston. Antigamente eu morava em Jefferson e para lá me dirijo agora." (p.9) 



A história passa-se em Yoknapatawpha (condado fictício) no Mississipi.


O condado fictício de Yoknapatawpha, resume o que restou da sociedade sulista americana após a guerra. Degradação, imoralidade, miséria, fim dos sonhos de dominação e opulência.

O Santuário faz alusão ao casebre onde se desenrola a ação, e onde personagens como Temple, Popeye e Horace representam o espectro daquilo que foi um dia uma sociedade orgulhosa, defensora do ideal puritano e afora degradada.







Os elementos primeiros que integram a história e tornam esta de início viciante e expectante são: a natureza associada a uma casa em ruínas, uma varanda onde se discutem os assuntos importantes, uma mulher constantemente ao fogão com roupas também elas em ruínas, um bebe dentro de um caixote atrás do fogão para não ser comido pelos ratos, o fabrico e a venda de bebidas alcoólicas nesta mesma casa.

Popeye, Temple e Horace



Vários personagens “dançam” por entre esta narrativa, todos eles fortemente caracterizados: Temple Drake é na minha opinião a personagem mais forte de toda a narrativa, é aquela que marca de forma significativa o leitor.

Temple é uma jovem estudante que por mero acaso vai parar à casa em ruínas. A partir daí a sua vida nunca mais será a mesma. Este é um personagem que entra em desequilíbrio. As suas ações e a escrita de William Faulkner estão tão bem descritas; o leitor consegue visualizar o terror e o desespero pelo qual este personagem passa ao longo de toda a história. A decadência deste personagem representa (na minha opinião) a própria decadência da sociedade sulista dos EUA.

Das personagens de Santuário, com certeza as que nos chamam mais a atenção são Temple e Popeye. Popeye por ser uma ambígua incógnita; Temple por ser aterrorizante.  As personagens femininas de Faulkner 

Popeye, representa a força e talvez o equilíbrio da casa em ruínas. Horace Benhow, é o homem justo, que tenta ajudar o outro sem segundas intenções.



Fontes:
O Santuário - Faulkner, William - tradução -Lígia Junqueira Caiuby - Abril Cultural - 1980.
wikipedia.org
google.com
inventario.ufba.com
catalisecrita.wordpress.br
aminhaestante.blogpot.br
panorama-direitoliteratura.blogspot.com
viajarpelaleitura.blogspot.com



sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Era o dia 22 de Outubro de 1872, diversos distintos cidadãos estavam reunidos em volta de uma mesa jogando carteado, no Reform Club, um dos clubes mais seletivos de Londres.



Quando Phileas Fogg, um dos maiores representantes da aristocracia inglesa, aceitou uma aposta de 20 mil liras esterlinas, de quem conseguiria dar a volta ao mundo em 80 dias.




De  Londres- a Suez - paquete e estrada de ferro 7 dias. De  Suez a Bombaim - paquete13 dias. De  Bombaim a Calcutá - caminho-de-ferro3 diasDe  Calcutá a Hong Kong - paquete13 dias. De  Hong Kong a Yokohama - paquete 6 dias De  Yokohama a São Francisco - paquete22 dias. De  São Francisco a Nova Iorque - caminho-de-ferro 7 dias Nova York - Londres: paquete, estrada de ferro 9 dias

'Total: 80 dias"

Junto de seu camareiro, Passepartout, iniciou a aventura naquela mesma noite, viagem que iria durar 80 dias, tendo que retornar dia 22 de dezembro daquele ano às 20:45 horas.








O livro em questão é "Le tour du monde en quatre-vingts jours", ou Volta ao mundo em oitenta dias.


Fontes:
wikipedia.org
google.com
Verne, Julio - Volta ao mundo em oitenta dias

Vamos falar do conto do escritor americano Ernest Hemingway Boêmios americanos em Paris, uma de suas reportagens inserido no livro By-Line, que narra as experiências do autor em Paris na década de 20.




O conto fala da invasão de americanos remediados, que viajaram à Paris para exercer a profissão de artistas (pintores, escultures, poetas e escritores) uns com algum sucesso, outros nem tanto.

A ação se passa no Café Rotonde, um dos lugares preferidos do escritor em Paris. Segundo ele "A escória de Greenwich Village, New York, tem escorrido e feito depósito em grandes golfadas naquele setor de Paris adjacente ao Café Rotonde.



"Só se pode observar um certo número de indivíduos por noite no Rotonde. Quando se atine uma determinada cota, damo-nos conta de que é imprescindível dar o fora." (p.35)


Na sequência ele cita um dos motivos, talvez o principal, do grande número de americanos, de uma classe mais baixa, em Paris. - "O fato do dólar estar a 12 francos atrai os rotondianos e, com eles, muitas outras espécies de gente; mas se o câmbio voltar ao seu nível normal, o mais certo é terem de voltar todos de cambulhada para América." (p.36)


"Mesmo assim, desconfio que Baudelaire deixou a lagosta com a concierge no térreo, colocou o vidro de clorofórmio bem rolhado na pia do banheiro e suou, e lutou, e esculpiu as Flores do Mal ¹, sozinho com suas ideias e seu papel, como todos os artistas fizeram antes e depois dele" (p. 36, 37).


O café Rotonde existe até hoje e fica na Vila de Montparnasse, na esquina do Boulevard Montparnasse e Boulevard Raspail, próximo à Catedral de Notre Dame.




                                                            ¹ - famoso livro de Baudelaire


Fontes:



diariodeviagem.com
google.com
Hemingway, Ernest - Tempo de Viver - Civilização Brasileira - 1967
youtube.com


Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...