terça-feira, 17 de agosto de 2021

 Vamos falar hoje do romance de Leon Tolstoi, Ana Karenina.



Анна Каренина, em russo começou a ser publicado na revista Ruskii Véstnik entre 1875 e 1877. A primeira edição completa em livro foi em 1877.

Leon Nikolaievitch Tostói nasceu em Iásnaia Poliana, província de Tula em 9 de setembro de 1828 e morreu em Astapova, província de Tambov em 20 de novembro de 1910. Foi um autodidata, cuja instrução veio diretamente dos livros longe das escolas. Estudou em casa com  professores contratados por seus pais.


Tolstoi




Em 1856, após abandonar a carreira militar, Leon Tolstoi passou a viver em sociedade, ampliando suas relações pessoais. Viajou à Europa, visitando diversos países. Ao regressar, isolou-se em sua propriedade rural, determinado a dedicar-se à literatura. Casou-se nesse período com Sofia Bers, com quem teve nove filhos. O objetivo fundamental da natureza de Tolstoi era a busca da verdade, para dar sentido da vida, aos objetivos finais de arte, à felicidade da família -e a Deus. No casamento, sua alma encontrou uma liberação desta busca incessante, e uma vez se aproximando de seu ideal de felicidade de família, Tolstoi entrou no maior período criativo de sua vida.

Em 1865, iniciou a elaboração de "Guerra e Paz", uma das maiores obras literárias de todos os tempos. Trata-se de um extenso romance que aborda as guerras napoleônicas e traça um quadro da sociedade russa do século 19.

A edição que eu tenho é composta de dois volumes com oito partes, da Editora Abril , tradução de João Gaspar Simões de 1979.




No capítulo I da primeira parte começa...."Todas as famílias felizes se parecem entre si: as infelizes são infelizes cada uma à sua maneira."

O romance começa com a crise na família Oblonsky quando Dolly, sua mulher, descobre que seu marido tem uma amante. Anna Karenina, irmã de Sr. Oblonsky, chega para reconciliar o casal e dissuade Dolly de obter um divórcio. Ele tinha um caso amoroso com a governanta dos seus filhos, e ela estava ameaçando deixá-lo. Anna é casada com um destacado oficial em São Petersburgo, e circula nos mais altos círculos da sociedade russa, com a reputação de ser uma mulher charmosa e invejada por sua beleza.





Quando Oblonsky vai à estação de trem para encontrar Anna, ele encontra um certo tenente Vronsky, que está esperando por sua mãe que chegaria no mesmo trem. Eles descobrem que Anna e a mãe de Vronsky viajaram na mesma cabine, e sua mãe gostou muito de Anna. Assim, Vronsky tornou-se fascinado pelo espírito e vitalidade de Ana. Antes que eles deixassem a estação, um guarda ferroviário é atropelado e morto por um trem que estava passando. Diante dos apelos de Anna, Vronsky deixa 200 rublos para a viúva do guarda.

No mesmo dia, Oblonsky encontra seu amigo, Constantine Levin, que acaba de chegar de sua propriedade rural. Levin é um proprietário de terras, socialmente desajeitado, mas de coração generoso, ele é intelectual e filósofo, mas destina o seu pensamento para questões práticas como a agricultura. Ele pretende ser sincero e ter uma vida produtiva em tudo que faz, e se demite do seu cargo no governo local, porque ele a vê como algo inútil e burocrático. Levin é uma figura de proa na novela. Ele está na cidade para ver a cunhada de Oblonsky, Kitty Shcherbatskaya, pois Levin está muito apaixonado pela jovem de dezoito anos. Oblonsky sugere um encontro com Levin mais tarde naquela mesma noite em um parque, onde Kitty costuma patinar no gelo.

Levin vai ao parque. Eles patinam juntos e flerta intensamente com ela, mas ela demonstra sinais contraditórios. Durante o jantar com Oblonsky, naquela noite, Levin descobre que tem um rival no amor de Kitty: o conde Alexis Kirilovich Vronsky. E, de fato, quando Levin se declara a Kitty, ela o rejeita, esperando que Vronsky faça sua proposta em breve.

No baile da noite seguinte, Kitty nota que Vronsky está distraído e desatento a ela. A fonte da sua distração fica clara quando ela observa Vronsky dançando uma valsa com Anna. Os dois estão completamente apaixonados, e o coração de Kitty fica despedaçado. Ela percebe que suas esperanças estão acabadas; Vronsky nunca quis se casar com ela.

A desilusão amorosa de Kitty Shcherbatskaya acaba se manifestando em sintomas físicos. Sua família decide mandá-la para uma estação de águas na Alemanha para que ela recupere sua saúde. A desilusão amorosa de Kitty acaba se manifestando em sintomas físicos. Na estação de águas, na Alemanha, Kitty conhece Varenka, uma jovem e piedosa mulher. Kitty tenta imitar seu senso de profunda espiritualidade e ser caridosa como a jovem. Ela não consegue atingir o mesmo tipo de compreensão com os menos afortunados que Varenka tem, mas passa a se conhecer um pouco melhor quando ela deixa a estação de águas.

Levin a visita, e Dolly sugere que ele proponha casamento a Kitty novamente. A sugestão embaraça Levin. Mas quando ele revê Kitty alguns dias mais tarde, ele percebe que ainda a ama. Kitty dá a entender que ela aceitaria se Levin propusesse o casamento novamente. Ele o faz, e eles começam a planejar o casamento.

Na sua volta para São Petersburgo, Anna começa a circular mais frequentemente nos ambientes onde está certa de encontrar Vronsky. Ela diz a mesma que gosta da atenção de Vronsky, mas logo admite para si que os sentimentos dele constituem a paixão da sua presente existência. O comportamento de ambos rapidamente atinge o reino do socialmente inaceitável.

Karenin, marido de Anna é um homem extremamente preocupado com as aparências, e por essa razão ele confronta Anna. Ela desdenha de sua preocupação, e o casal prontamente se afasta um do outro. Vronsky e Anna consumam seu amor.

Em São Petersburgo, o caso de Vronsky e Ana torna-se rapidamente conhecido. A sociedade local está aguardando ansiosamente pela derrocada de Anna, e a família de Vronsky está ficando preocupada que este romance esteja o impedindo de progredir na sua carreira.

Karenin, marido de Anna, sofre sob as humilhações da opinião pública e uma carreira estagnada. Sua única amiga é a Condessa Lydia Ivanovna, que o encoraja a juntar-se a ela em seu cristianismo emocional. Quando retornam a São Petersburgo, Ana e Vronsky são recebidos com a infeliz notícia de que foram colocados à margem da alta sociedade, especialmente Anna.



"Anna Karenina" é um romance psicológico no qual o uso do "monólogo interior" de todos os personagens é constante. Cada personagem principal, através do auto discurso, expõe sua vida interior recapitulando suas motivações, suas experiências anteriores, seus planos para o futuro. O monólogo interior dá definição verbal para os processos semi articuladas de consciência dos personagens nesse romance.

Outro ponto que merece ser observado neste romance formidável é a descrição que Tolstoi nos oferece dos padrões de casamento sem esperança, na sociedade urbana. Apesar de exibir a união feliz de Kitty e Levin, Tolstoy, em última análise, afirma que os casamentos baseados apenas no clamor do sexo enfraquecem a busca do indivíduo para a "bondade imanente".

O livro não trata apenas de traições e relações extraconjugais, ele fala principalmente das escolhas familiares a serem feitas. Ana é julgada pela sociedade e separada de seu filho e luta entre o amor por Vronsky e de seu filho.

A relação de Ana com Vronsky começa a se deteriorar pois ele parece distante. Ela por sua vez discriminada pela sociedade entra em depressão, usando cada vez mais doses de morfina para dormir.

Numa de suas viagens rotineiras Vronsky recebe uma carta de Ana para que volte imediatamente para casa. Na falta de uma resposta, Ana decide se matar e se joga embaixo de um trem.




Fontes:
wikipedia.org.
google.com
Tolstoi, Leon - Ana Karenina - Ed. Abril - 1979
bonslivrosparaler.com.br
abookholicgirl.wordpress.com
resenhaalacarte.com.br

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