segunda-feira, 30 de agosto de 2021


Ruínas de uma Igreja das Missões




A Guerra Guaranítica, ou Guerra dos Sete Povos, foi um conflito envolvendo índios da tribo Guarani e as tropas portuguesas e espanholas, entre os anos de 1753 e 1756, que resultou das decisões do Tratado de Madri a respeito dos limites dos domínios de Portugal e Espanha na América do Sul.

A região em disputa se chamava Sete Povos das Missões e foi ocupada originalmente por padres jesuítas, que levaram os índios do litoral brasileiro para o sul da colônia no intuito de protegê-los da escravidão e iniciar a evangelização. Portugueses e espanhóis disputavam a região para aprisionar os índios e utilizá-los como mão de obra escrava e buscar metais preciosos.

Guerra Guaranítica



Contexto histórico da Guerra Guaranítica:

No início da colonização da América, portugueses e espanhóis tentaram escravizar os índios para trabalhar na agricultura ou na extração de metais preciosos. Os jesuítas eram contra e, no Brasil, levaram os índios do litoral para regiões mais afastadas, quase próximas à fronteira do domínio espanhol.

Longe da perseguição dos colonos, os jesuítas puderam evangelizar os indígenas à parte da lógica exploradora colonial. Porém, em meados do século XVIII, as expedições bandeirantes iniciaram a exploração do sertão brasileiro, alcançando as aldeias jesuíticas. O conflito aconteceu porque os religiosos não entregariam os índios sem resistência.

Em alguns casos, os próprios padres entregavam armas para que os índios os defendessem dos ataques bandeirantes. Esses conflitos próximos à fronteira entre os domínios português e espanhol exigiram um acordo para que os limites fossem demarcados.



O Tratado de Madrid, assinado entre Portugal e Espanha em 1750, tinha como objetivo demarcar os limites de dominação entre os colonizadores. Os portugueses cederiam a região de Sacramento para a Espanha e, em troca, controlariam os Sete Povos das Missões. Pelo tratado, os indígenas e jesuítas que estavam do lado brasileiro deveriam atravessar o Rio Uruguai e se mudar para o lado espanhol.

Esse tratado não agradou a índios e religiosos, porque, além do deslocamento de uma região para outra, os espanhóis eram favoráveis à escravização dos índios. Os jesuítas resolveram, então, armar os índios e lutar pelas suas terras contra os colonos.

Sepé de Tiaraju - chefe indígena



O Tratado de Madri foi a principal causa da Guerra Guaranítica. Os índios e os jesuítas se opuseram às mudanças decididas pelo tratado. O descumprimento das ordens fez com que as tropas portuguesas e espanholas entrassem em confronto contra os indígenas revoltosos.



A Guerra Guaranítica ocorreu entre os anos de 1753 e 1756. Os jesuítas entregaram o controle das missões aos índios, mas o líder indígena Sepé Tiaraju se recusou a fazer a mudança do lado português para o espanhol. O exército espanhol foi acionado para forçar o cumprimento da ordem, sem sucesso. O conflito se alastrou para a região de La Plata. Os espanhóis receberam reforço dos portugueses e derrotaram os índios na Batalha de Caiboaté, em 1756.

As tropas colonizadoras estavam em maior número e com armamento mais potente do que os índios. O saldo da batalha foi a morte de 1511 guaranis e apenas 4 mortes de europeus. Logo após a batalha, o exército português-espanhol ocupou a região das Sete Missões.





Logo após o final da Guerra Guaranítica, portugueses e espanhóis tiveram que fazer outros tratados para substituir as decisões do Tratado de Madri. Em 1777, as duas coroas assinaram o Tratado de Ildefonso, no qual os portugueses devolveram as Sete Missões para a Espanha. Porém, os espanhóis abriram mão da região das missões após o Tratado de Badajós, assinado em 1801.



Fontes:
 
brasilescola.uol.com.br
google.com
mundoeducacao.uol.com.br
wikipedia.org

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