quinta-feira, 13 de julho de 2017

Olá, pessoal !

Hoje vamos falar de Mikhail Aleksandrovitch Bakunin, ou Bakunin. 



"Nós estamos convencidos que liberdade sem socialismo é um privilégio, uma injustiça; e que socialismo sem liberdade é escravidão e brutalidade".



Russo, nasceu em Premukhimo, império russo em 30 de maio de 1814, e morreu em Berna, Suíça em 01 de julho de 1876.

Filho de família rica, com muitas posses, se indispôs desde cedo com o pai autoritário, que queria vê-lo no exército russo.

Foi um teórico político russo, um dos principais expoentes do anarquismo em meados do século XIX. É lembrado como uma das maiores figuras da história do anarquismo e como oposição de esquerda ao caráter autoritário do marxismo, representado este pela atuação do Estado no âmbito de uma sociedade socialista. Ainda hoje, suas ideias continuam como uma referência entre pensadores modernos como Noam Chomsky, (linguista e pensador norte-americano de esquerda) influenciando intelectuais de diferentes matizes ideológicos.

Depois de uma passagem frustante pelo exército do czar russo, Bakunin vai para Moscov, onde começa estudar filosofia, participando de diversos grupos de estudo com outros intelectuais; onde é apresentado à obra de Hegel (filósofo alemão de grande importância no século XIX).

Em 1840 foi para Berlim onde se uniu a movimentos socialistas, especialmente os jovens da esquerda hegeliana.
Em seu ensaio de 1842, A Reação na Alemanha, ele argumentava em favor da ação revolucionária da negação, resumida na frase: 
"a paixão pela destruição é uma paixão criativa"

Preocupado com seu radicalismo, o governo imperial russo ordenou que ele retornasse à Rússia. Diante de sua recusa, todas as suas propriedades em território russo foram confiscadas em dezembro de 1844. Nesta mesma época, Bakunin foi para a cidade suíça de Zurique com Georg Herwegh (poeta alemão)

Em 1844, Bakunin foi a Paris, que então era considerada um dos principais centros do pensamento progressista revolucionário europeu. Nessa cidade, estabeleceu contato com o comunista Karl Marx e o anarquista Pierre-Joseph Proudhon. Este último lhe impressionou prontamente e, com ele, Bakunin estabeleceu fortes laços pessoais. Em Dezembro de 1844, o imperador Nicolau I da Rússia lançou um decreto refutando os privilégios de Bakunin, destituindo-o de seu título de nobre bem como de quaisquer direitos civis, confiscando suas posses na Rússia, e condenando-o ao exílio para o resto de sua vida na Sibéria caso as autoridades russas alguma vez conseguissem pegá-lo.

No outono de 1848, Bakunin publicou seu Apelo aos Eslavos, no qual propunha que os revolucionários eslavos se unissem com os revolucionários húngaros, italianos e alemães para derrubar as três maiores autocracias da Europa, o Império Russo, o Império Austro-Húngaro, e o Reino da Prússia.
Em 1848, uma onda de agitações sociais varreu toda a Europa e Bakunin participa dos levantes na Revolução Proletária na França e na Insurreição de Praga. Publicou “Apelo aos Eslavos”, no qual propunha aos eslavos que se unissem aos húngaros, italianos, e alemães para derrubar as três maiores autocracias da Europa, o Império Russo, o Império Austro-Húngaro e o Reino da Prússia.
Em 1849, organizou a Insurreição na Boêmia e comandou o levante em Dresden. Em 1850 foi feito prisioneiro pelos saxões em Chemnitz e condenado a morte. No ano seguinte teve sua pena anulada e foi entregue ao governo russo. Levado para São Petersburgo e depois exilado na Sibéria foi obrigado a trabalhos forçados.
Em 1861, Mikhail Bakunin fugiu do exílio, passou pelo Japão, chegou à Suíça e em seguida instalou-se em Londres, onde logo se envolveu com a vida politica da capital. Em 1863 foi para a Itália onde se declarou anarquista, desenvolveu intenso trabalho de propaganda e fundou a Fraternidade Internacional, uma organização secreta, que em 1866 já reunia membros de diversos países. Entre 1867 e 1868, participou dos Congressos da Liga da Paz e da Liberdade, para a qual escreveu “Federalismo, Socialismo e Anti-Teísmo”. Entrou em choque com diversos membros da Liga, que não aceitaram o programa socialista proposto por ele.
No Congresso de Berna, em 1868, rompeu com a Liga e fundou a “Aliança Internacional da Democracia Social” que adotou o programa socialista revolucionário. Entrou para a Associação Internacional dos Trabalhadores. Nessa época, escreve diversos artigos e exerce influência em diversos países latinos.
Em 1872, durante um congresso em Haia, quando Bakunin ameaça a liderança de Marx, é então expulso da Associação. Nesse mesmo ano, funda a Internacional Antiautoritária, que criou grupos anarquistas em vários países do mundo. Em 1873 retira-se para a cidade de Lugano, na Suíça. Funda, com alguns estudantes, uma editora onde publica a maior parte de seus livros, entre eles, sua obra mais importante, “Estadismo e Anarquia”. Em 1874 participou de uma tentativa de revolta na cidade italiana de Bolonha. Ao fracassar, retornou para a Suíça.
Para Mikhail Bakunin o estatismo é todo sistema que consiste em governar a sociedade de cima para baixo em nome de um pretendido direito teológico ou metafísico, divino ou científico, enquanto a anarquia é a organização livre e autônoma de todas as partes que compõem as comunas e a sua livre federação, fundada de baixo para cima.
A forma de socialismo concebida por Bakunin era conhecida como “anarquismo coletivista”, no qual os trabalhadores poderiam administrar diretamente os processos de produção por meio de suas próprias associações produtivas. Assim haveria modos igualitários de subsistência, fomento, educação e oportunidades para todos.


"Eu só serei completamente livre, quando todos os seres humanos, sendo homens ou mulheres forem igualmente livres".
"A liberdade de outro homem, longe de negar ou limitar a minha liberdade, é ao contrário uma premissa necessária e fundamental".

Fontes:
wikipedia.org

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